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31 de janeiro de 2014

O Rei Leão - Blog e-Urbanidade

Musical O Rei Leão
Fui assistir a tão comentada versão brasileira do O Rei Leão em cartaz no Teatro Renaut aqui em São Paulo. Meus comentários serão breves, até porque fui o único que saiu um pouco decepcionado com a montagem. Porém, devo esclarecer que os motivos são unicamente pessoais. Também reconheço que não fiquei num bom lugar na apresentação, o que faz muita diferença no envolvimento. Ah, além disso sempre achei bem chata histórias de animais, ao estilo de National Geografic (comentário desnecessário, não?!).

Muito bem, o espetáculo visualmente é muito bem realizado. A criação da fauna e os efeitos cenográficos são bem feitos e o grande diferencial. Talvez seja uma das produções em musical que melhor consegue esse efeito visual surpreendente, unindo iluminação, cenografia e figurino. Por isso, vale o show. 

Agora, vamos ao que não gostei: 
- Atores extremamente irregulares. Nenhuma grande interpretação, com exceção da angolana Phindile Mkhize. Algumas são bem sofríveis. 
- A música não arrebata. Nem mesmo a clássica e esperada Hakuna Matata chega a levantar a plateia. É curta, rápida e poderia ser muito melhor explorada.

Como disse, acho que sou uma opinião dissonante. Mas, ainda aposto que o melhor musical em cartaz, em São Paulo, é o Madrinha Embriagada, apesar de serem duas produções extremamente diferentes, quanto ao investimento.


20 de janeiro de 2014

Loja de presentes SouQ no JK Iguatemi - Blog e-Urbanidade

Depois do sucesso com as marcas Snoopy, Workout, Restoque e Le Lis Blanc, a empresária Traude Guida, em sociedade com o filho Bento Guida, fundou em dezembro a SouQ, loja de presentes que tem como inspiração os mercados árabes, nos quais se vende de tudo um pouco mas com preços competitivos.

Com projeto de Fabrizio Rollo, a loja possui mais de mil itens importados. Dentre eles, estão acessórios femininos, objetos para decoração, tableware, e papelaria, além de uma pincelada de vestuário.

 “SouQ é uma loja com tanta variedade que você pode entrar apenas para conhecer e sair de lá com presentes, alguns com um certo toque de humor, para a amiga, vizinha ou namorado”, comenta Traudi. “Nosso grande diferencial é a experiência de compra. Não vendemos apenas objetos, vendemos uma ideia, um estilo”, complementa Bento.

Fugindo do tradicional, na SouQ você não encontra prateleiras impecavelmente arrumadas. O conceito é ter os produtos dispostos de uma forma na qual o cliente possa se sentir dentro de uma grande tenda. Confira!

Serviço
www.souqstore.com.br
Shopping JK Iguatemi – Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041 - 3º. Piso Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 14h às 20h

17 de janeiro de 2014

A Madrinha Embriagada - Imperdível e gratuito - Blog e-Urbanidade

 Já havia tentado ir ao musical A Madrinha Embriagada que tem recebido muitos elogios por aí, com apresentação gratuita no SESI Paulista, porém os convites esgotam rapidamente. Então, recebi um convite inesperado e lá fui eu conferir a produção que leva a assinatura de Miguel Falabella, marcando o lançamento do curso de Ator de Musical lançado pelo FIESP/SESI.

Muito bem, resumidamente, posso dizer que se trata de um dos melhores espetáculos que vi nos últimos tempos. Saí arrebatado diante da produção, técnica e texto muito bem adaptado pelo Falabella. Aliás, devo deixar claro que é simplesmente fantástica a ideia do dramaturgo em fazer um paralelo entre a produção americana original de Bob Martin e Don Mc Kellar e uma fictícia montagem brasileira feita em 1928 no Teatro São Pedro, aqui em São Paulo.

Desde a primeira cena somos levados pelo tal Homem da Poltrona pelo mundo mágico dos musicais, numa história divertidíssima, com cortes dramaturgicamente certeiros e um final arrebatador. As duas horas de espetáculo parecem voar e ao terminar a sensação é de que queremos ver tudo de novo.

A divertida comédia brinca com os estereótipos e os canastrões do teatro, nos levando a gargalhada com uma série de chavões e clichês. Por isso, o Homem da Poltrona dá um ar de genialidade a adaptação, com tons melodramáticos ao final.

A produção é refinada, o cenário colossal e a idas e vindas da cozinha do protagonista para o mundo da Madrinha é delicioso. O número de sapateado do noivo com o organizador do casamento, o solo de Stella Miranda e a cena final, a mistura entre os dois mundos - a la o filme A Cor Púrpura do Cairo -, são simplesmente imperdíveis. Vale o show! Kiara Sasso, do musical Evita, é arrasadora. Saulo Vasconcelos, nosso eterno Fantasma da Ópera, é tecnicamente impecável. (Caminho péssimo que resolvi trilhar, falando de alguns do elenco, porque estão todos ótimos. Vou parar por aqui, pois estão incríveis!)

Os ingressos são reservados on-line a partir do dia 20 do mês anterior, porém, existe uma espera que é aberta 15 minutos antes do início. No dia que fui entraram todos e ainda sobraram lugares. A montagem fica até julho.

Vale a pena. Melhor: VALE A PENA! É simplesmente imperdível! E de graça!

Minha Opinião
: D

10 de janeiro de 2014

Madame Bovary - a mulher romântica (e cínica) de Gustave Flaubert - Blog e-Urbanidade

Mia Wasikowska interpretará, em breve,
Madame Bovary em nova adaptação
para o cinema.
Naquela proposta de ler, pelo menos, dois clássicos por ano, investi em Madame Bovary, o célebre livro do francês Gustave Flaubert. Claro que existem muitas resenhas por aí, inclusive havia uma excelente ao final da tradução que peguei, por isso, minha intenção é mais de expor minhas breves sensações do que "resenhar".

É uma leitura simples e fluída, mas, às vezes, cansativa, por causa do relato de muitos detalhes do ambiente. Isso é que me surpreende nos clássicos da literatura internacional, são sempre claros, com muitas peripécias e quase um folhetim (isso é mesmo verdade, pois originalmente a primeira publicação foi feita em jornal, ou seja, com características tais). Pena que alguns clássicos brasileiros são bem chatos de ler, mas não vou polemizar.

Das resenhas e opiniões sobre o perfil de Sra. Emma Bovary concordo com aquela em que afirma que ela seja uma prisioneira da visão de mundo da classe média, ou seja, quer se parecer mais do que é e cheia de recalques românticos. Características mais do que evidentes, por exemplo, se olharmos a nossa classe média atualmente. E principalmente, por mostrar uma mulher amoral, afinal não a vi em nenhum momento em conflito de consciência. Suas doenças e crises veem sempre após ser deixada e nunca durante os encontros extraconjugais.

O marido, Sr. Charles Bovary, é o retrato do homem traído: íntegro, trabalhador, mas bem sem graça. Por isso, em nenhum momento, dá pena deles. A sensação é de que eles estão certos, em cada um dos seus papéis. Aliás, Flaubert é bem compentente em não se colocar desse ou daquele lado, evidenciando que o ideário romântico é pra lá de furado. Não existe casamento perfeito e os homens solteiros - ah, os homens! - só querem mesmo é se divertir.

Agora, sinceramente, achei tudo muito parecido com outro clássico, O Primo Basílio de Eça de Queiroz. Na resenha final é dito que autor português se inspirou na ficção francesa, mas penso que foi muito mais do que isso. Os personagens são muito parecidos, com personalidades muito semelhantes. Além de Madame Bovary ser a própria Luíza, a vilania cínica de Juliana bebe no personagem Lheureux. O que muda é que Flaubert investe mais nas idas e vindas da mulher, mas seu final é certo, como propõe Eça, a tragédia.

Gostei muito, também, da critica ao jornalismo, quando Monsieur Homais se torna forte e começa a usar seu "jornal" para usufruir de força política e favores. Valem também as interessantes discussões entre ele e o padre: a razão e a religião.

Bom, basta dar um Google que tudo isso aqui está dito em outro lugar. Inclusive há várias teses e dissertações acadêmicas sobre a semelhança de Primo Basílio e Madame Bovary. Concluo, recomendando muito a leitura do livro, pois as discussões ali relatadas mostram o retrato de uma época que pode ser analisadas e trazidas para a realidade de hoje. E como diria minha avó: cabeça vazia é oficina do diabo. Não é, Emma?!

Boa leitura.

8 de janeiro de 2014

O Teorema Katherine - Blog e-Urbanidade

O Teorema Katherine
Olha como é o destino. Rascunhei este post no domingo para entrar hoje no blog e sentei ao lado de uma moça lendo O Teorema Katherine no ônibus. Sim, hoje vim de ônibus, para diminuir os efeitos do combustível do meu Gol 1.0 na cama de ozônio. Acredite se quiser. Voltando ao assunto... Porém, não tive coragem de falar com a moça, mas ela estava gostando, pois tinha um ar de feliz nos lábios e nem olhava para a paisagem, ou melhor, para o trânsito da 23 de Março.

Este post é sobre a minha triste estréia no mundo ficcionista de John Green. Comecemos do começo... (sic, sic, sic!) Nestes dias de férias, resolvi buscar alguns livros novos e fui naquela lista de "mais vendidos" da revista Veja. Lá havia ele, John Green, e aparece em várias posições com livros diferentes. Me senti um otário, lunático: como posso não ter lido nada deste sujeito? Sou aquariano! Então, escolhi um tal de O Teorema Katherine. Me parecia o mais divertido, interessante e uma boa porta de entrada.

Detestei. Livro bobo, sem história e parei no meio, ou melhor, nos 25%, Não teria como aquilo ficar melhor. Como pode isto, estar na lista dos mais vendidos com tanta tolice?

A história é de um rapaz que levou vários foras de Katherines diferentes e resolve "curar" seu trauma fazendo uma viagem pelo interior dos EUA, com um amigo da escola. Com ares de road book, não sei se é, pois não consegui avançar, como disse acima. Fiquei parado na primeira cidade.  E olha que sempre fui leitor de Marian Keyes, a rainha do chick lit. Enfim, não avancei, apesar de ter achado "legalzinho" as definições e fórmulas matemáticas para explicar coisas como amor, separações etc e tal. E se posso sugerir, escolha outro livro.

5 de janeiro de 2014

Álbum de Família - o filme - Blog e-Urbanidade

Cena do filme Álbum de Família
Sinceramente não há muito a se duvidar de um filme que traz Meryl Streep no elenco, certo? Mas vamos juntar ainda Julia Robert, Ewan McGregor, Abigail Breslin (a garotinha de Miss Sunshine) e por aí vai. Claro que o resultado vai ser um dos filmes mais fortes atualmente nas telas dos cinemas do país. Álbum de Família, título brasileiro de August: Osagem County.

Álbum de Família já desponta como um dos favoritos do Globo de Outro e, consequentemente, ao Oscar. O roteiro é adaptado da peça de Tracy Letts, que assina também o filme, por isso, a dramaturgia investe na palavra, em longos monólogos que não pesam no ritmo, mas reconheço que tive um pouco de dificuldade de acompanhar nos primeiros quarenta minutos.

Se dá para levantar algum ponto negativo, entre os milhares positivos, trata-se do subaproveitamento de McGregor e Abigail Breslin, dois grandes atores que já concorreram ao Oscar, por exemplo, e fazem cenas pequenas, mesmo sendo importantes para o desenrolar da narrativa. Por outro lado, Julianne Nicholson, Benedict Cumberbatch e Margo Martindale, com seus personagens pequenos, arrasam.

A história conta sobre a reunião de três filhas após o desaparecimento do pai na casa do casal, sendo a mãe (amarga e cruel) uma mulher viciada em drogas e com câncer na boca. Para se juntar a trupe a irmã da mãe, seu cunhado e sobrinho. Com essa turma toda, entre refeições e noites quentes, por causa do calor, uma narrativa realista, pouca maquiagem, fotografia apoiada na aridez da região americana e uma família que quando vista de perto mostra que afinal são todas iguais.

Há muito a se pensar, como a capacidade individual que todos têm de se relacionar (e reagir) diante do seu núcleo familiar. Uns se tornam amargos, outros se firmam numa imagem de empáfia, alguns totalmente displicentes, assim por diante. O importante é se perceber, ver as fotos do álbum de família e seguir em frente, construindo a nossa própria história que nunca deixará de ser um fragmento daquela. Por bem. Ou por mal. Com isso, podemos perceber que àquela dor (ou neurose) nem é nossa e a carregamos desnecessariamente ou dando-a valor demais.

Bom filme.

Minha Opinião 
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2 de janeiro de 2014

Fim de Fernanda Torres - Blog e-Urbanidade

Fim - livro de Fernanda Torres
Foto: Botequim Cultural
Quando vi a divulgação do livro Fim da atriz Fernanda Torres não me empolguei muito. Tentei acompanhá-la nas crônicas da Folha de São Paulo e não me identifiquei com o tom político da escritora-atriz. Porém, não resisti aos repetidos elogios e fui conferir o romance de estréia.

Aproveitando os dias de folga, devorei Fim em menos de 48 horas que conta a história de quatro amigos nos seus últimos dias de vida. O que mais me envolveu foi o tom leve da história, mesmo tratando de um assunto que seja levado bem a sério por grande parte de nós. Assim, as relações amorosas e pessoais, medos, inseguranças e glórias são relatadas de forma não cronológica entre os vários personagens.

Com a narrativa localizada no Rio de Janeiro, a autora nos apresenta bons textos, como por exemplo:

Toda amizade masculina carrega um quê de veadagem. Comer as mesmas mulheres não deixa de ser um jeito de se comer entre si. No mesmo ambiente, então, é um passo.

As mulheres cultivam a fantasia de que o verdadeiro amor é capaz de transformar os homens. Quando isso não acontece, e isso nunca acontece, elas perdem o orgulho e viram esses farrapos que a gente vê por aí. 

Me recuso a começar tudo de novo, perdi a ilusão necessária para reinventar os dia.

Além do texto de fácil leitura, Fernanda acerta na construção de vários personagens, textos em primeira pessoa com perfis diferentes, habilidade nem sempre alcançada até mesmo por bons escritores. Assim, realmente percebe-se que se trata de personagens diferentes, com uma veia sempre bem humorada a respeito das suas vidas e o fim dela.

Recomendo e boa leitura!

Fim  - Companhia dos Livros