Cena do filme Álbum de Família |
Álbum de Família já desponta como um dos favoritos do Globo de Outro e, consequentemente, ao Oscar. O roteiro é adaptado da peça de Tracy Letts, que assina também o filme, por isso, a dramaturgia investe na palavra, em longos monólogos que não pesam no ritmo, mas reconheço que tive um pouco de dificuldade de acompanhar nos primeiros quarenta minutos.
Se dá para levantar algum ponto negativo, entre os milhares positivos, trata-se do subaproveitamento de McGregor e Abigail Breslin, dois grandes atores que já concorreram ao Oscar, por exemplo, e fazem cenas pequenas, mesmo sendo importantes para o desenrolar da narrativa. Por outro lado, Julianne Nicholson, Benedict Cumberbatch e Margo Martindale, com seus personagens pequenos, arrasam.
A história conta sobre a reunião de três filhas após o desaparecimento do pai na casa do casal, sendo a mãe (amarga e cruel) uma mulher viciada em drogas e com câncer na boca. Para se juntar a trupe a irmã da mãe, seu cunhado e sobrinho. Com essa turma toda, entre refeições e noites quentes, por causa do calor, uma narrativa realista, pouca maquiagem, fotografia apoiada na aridez da região americana e uma família que quando vista de perto mostra que afinal são todas iguais.
Há muito a se pensar, como a capacidade individual que todos têm de se relacionar (e reagir) diante do seu núcleo familiar. Uns se tornam amargos, outros se firmam numa imagem de empáfia, alguns totalmente displicentes, assim por diante. O importante é se perceber, ver as fotos do álbum de família e seguir em frente, construindo a nossa própria história que nunca deixará de ser um fragmento daquela. Por bem. Ou por mal. Com isso, podemos perceber que àquela dor (ou neurose) nem é nossa e a carregamos desnecessariamente ou dando-a valor demais.
Bom filme.
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