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20 de fevereiro de 2011

O Besouro Verde - Blog e-Urbanidade

O Besouro Verde
Ontem assisti um filme muito interessante. Eu não curto muito as películas cheias de ação e mesmo sendo assíduo pagante de histórias como Batman e Superman, que foram meus preferidos na infância, fujo, quanto posso, dos super-heróis. Sei que com total falta de empolgação, foi ver em 3D o Besouro Verde.

Esperando encontrar muita ação, efeitos especiais e uma história comum: um cara que tem superpoderes e em um momento do filme, fica em crise. E toda aquela lenga lenga interminável entre o eu-herói e eu-humano... Chato, não?! Não acham que os filmes atuais nesse grupo não se resumem a isso? Basta dar uma olhadinha nas últimas versões de Batman, Homem de Ferro...
Encontrei um pouco disso em Besouro Verde, mas sem ser chato. Afinal de contas, reconheço que tenho ficado muito desestimulado a ver os filmes de heróis atuais. Até mesmo Batman, que me animou, e muito, a infância, virou um emaranhado de problemas pessoais que chega a cansar.

Falando de Besouro... digo que é divertidíssimo, a história gira em torno de um anti-herói que já é motivo suficiente para começarmos a rir muito. Certo assistente, que é na verdade o grande cérebro de tudo, faz as maiores tecnologias e encontramos um dos filmes que mistura de forma perfeita boa história com muito humor. Tive ideia que se tratava, na verdade, de uma comédia em que o personagem principal deseja ser herói.

Um elenco muito bem escalado, incluindo Camaron Diaz fazendo a Cameron Diaz de sempre.Ela não chega a impressionar, mas dá um certo glamour a produção, já que os atores principais não são tão conhecidos nosso e não fazem parte dos grandes blockbuster do cinema.

Concluindo, vale a pena, sim. Comprar o ingresso, pegar seus óculos de 3D e se divertir na história de super-herói mais original dos últimos tempos. Esqueça complexos, problemas e as crises existencias que tem sido frequentes nos últimos filmes nesse filão. Sente-se e divirta-se. Tenho certeza que as risadas virão, com certeza.

Boa semana!


18 de fevereiro de 2011

Minha Urbe: Sorveterias de Brasília - Blog e-Urbanidade

Se você é dos meus que adora sorvete, resolvi dar algumas dicas para quem procura bons sabores na cidade, tanto para quem mora aqui ou quem vem passear na cidade.

O primeiro sorvete tipicamente brasiliense – e que já falei dele aqui – é o Saborella. Com duas lojas, uma localizada no Casa Park e outra na 112 Norte, são vários os sabores especiais oferecidos. Eu não deixo de pedir tapioca e açaí. Acho que a mistura é perfeita. Mesmo assim, vale experimentar outros sabores, como o sugerido pelo Rogério, pistache. Já tomei e é uma delícia. No Casa Park também tem um cardápio para café. É bem legal e vale o charme.

Outra delícia são as opções do Sorbê  (também sugestão de Alessandro) e curto muito as propostas de picolés com sabores do cerrado. E fique à vontade, existem milhares e milhares de opções. Uma loja fica na 405 Norte e outra na 210 Sul. Eu sempre fico no picolé e volto a sugerir o de tapioca, mas uma ótima opção é o Romeu e Julieta (sabor queijo com pedaços de goiabada). E aproveite para experimentar aqueles sabores que você nem sabia que existia, tais como, pequi, jenipapo, cagaita... Ah, não deixe de pedir o de cajá-manga e coloque um sal sobre o picolé. É show!

Depois vamos para a mais nova opção brasiliense que é o argentino Freddo (também sugestão de Alf). Para quem já ficou nas enormes filas em Buenos Aires, aqui não é diferente. Nossa única unidade está no shopping Iguatemi, no Lago Norte. E se é dos hermanos as melhores opções são os de doce de leite, certo? Deliciosos!

E para terminar, se você é da moda antiga e que não está nem ai para qual é o sabor, mas adora caldas deliciosas, escolha um dia e vá no Chez Michou que tem uma unidade na 207 Norte que resiste ao tempo. Então, olhe para os lados e peça um cheio de caldas mesmo. Meu preferido é chocolate com chantily e crocante. Minha gente, é uma meleca maravilhosa! É delicioso, mas, como disse, nem se importe com o sorvete.

Anote ai os sites:
Saborella: http://www.saborella.net/
@saborella

Sorbê: http://www.sorbe.com.br/

Chez Michou: http://www.chezmichou.com.br/

15 de fevereiro de 2011

Fahrenheit 9/11 - Conto Felizes Para Sempre - Blog e-Urbanidade

Os convites estavam sobre a mesa esperando para serem colocados na carteira e deixá-los enra na pré-estreia.  era o filme. Ela já tinha lido quase tudo sobre o tal documentário e tinha uma certa birra pelo diretor. Mas preferiu não se deixar envolver pelas críticas ao ir, junto com ela que detestava cinema, àquela sessão para poucos.

Enquanto terminava de passar o perfume e pentear o cabelo, dando um toque desajeitado, ela continuava assistindo a novela. Ela odiava cinema e tinha casado exatamente com um crítico da área. "Coisas do amor", repetiam os amigos para explicar aquilo.

Era insuportável pensar na possibilidade de assistir um documentário: americano, logo ela que adorava MPB; falando de 11 de setembro, ela que detestava fins trágicos, de um diretor gordo e chato, ela que só vivia de dieta.

Por isso demorava muito. E ele já estava irritado com aquela lentidão. "Quando é para ir nos shows de MPB, ela fica pronta duas horas antes", sentenciava ele enquanto ela vinha devagar para o banheiro, mas com os olhos na tevê tentando ver uma última cena.

Ele preferiu ir para sala e tentar se acalmar. Ela se aprontou e foram para o cinema. Chegaram em cima da hora e pegaram um lugar péssimo. "Tudo culpa dela. No próximo show que me chamar, ela vai ver", pensava ele. "Agora vou ter que assistir esse filme chato nessa primeira fila!", mais irritada pensava ela, enquanto começava a projeção.

As primeiras cenas vieram e toda a raiva dele foi passando e a dela foi dando lugar a um sono profundo. Ela dormiu! Ele nem viu. Ela adorou quando chegaram os créditos e ele logo se envolveu numa discussão sobre o filme com um colega do jornal que estava na saída. No fim, gostaram de tudo: ele de ter a campanhia dela e de assistir aquele filme tão esperado. Ela de ter descansado umpouco e ter acabado a projeção. Talvez seja por isso que estejam juntos até hoje.

Publicado em 17 de março de 2005

14 de fevereiro de 2011

Viva a democracia - Crônica - Blog e-Urbanidade

 Hoje é um dia especial. Além do meu aniversário, completamos uma semana marcante. Eu tuítei sobre a saída do presidente do Egito na semana e me chamaram até de velho. Não é totalmente mentira, mas a verdade é que realmente considero-me um sujeito privilegiado. Nascido no auge do regime militar no Brasil, passei a assistir momentos históricos referente ao tema democracia. Lembro-me até hoje de passar de ônibus pela Praça Cívica em Goiânia e ver os preparos para o comício das Diretas Já! A partir de então fomos conseguindo grandes avanços em nossa abertura política.

Em seguida veio a eleição de Tancredo Neves sobre Maluf. Lembro-me até hoje do plantão entrar no ar e informar do novo presidente que infelizmente faleceu antes de tomar posse. Outra lembrança foi a de estar sentado na sala de casa, num domingo à noite, e ser informado sobre a morte de Tancredo. Inesquecível foi a entrada de Fafá de Belém cantando o Hino Nacional. Claro que fomos todos as lágrimas.

Vieram ainda os caras pintadas e dois momentos marcantes: a Queda do Muro de Berlim e destruição da estátua de Lénin. Aliás, não deixe de ver o filme Adeus, Lénin que retrata um pouco desse momento. É um filme lindo e sensível.

Querendo ou não alguns regimes totalitários permaneceram. Nesta semana cai o presidente Mubarak do Egito após uma grande pressão popular. E fiquei com uma pergunta, quando chegará em Cuba. Dizem os estudiosos que lá não existe uma população insatisfeita com o regime. O motivo disso se deve ao poder forte do exército, aos preços dos alimentos baixos e à falta da internet. O que é de verdade só o tempo nos dirá.

A grande verdade é que a cada geração, ou momento da transformação dos meios de produção, o mundo passa por grandes transformações e o desejo humano também sofre as suas alterações. Há gerações atrás, com o fim da escravidão, por exemplo, desejou-se um mundo mais justo, sem a necessidade de nenhum trabalho feito de forma tão evasiva. Se isso acabou é uma outra história, mas avançamos.

Agora desejamos a democracia. Votar pelos nossos políticos, tirá-los de lá quando estamos insatisfeitos, mesmo que ache, em alguns casos, que exista uma manipulação da mídia e dos formadores de opinião, porém isso é uma outra história.

Olhemos para o Egito felizes, pois também é fazendo democracia que a gente aprende a ser democráticos. Lastimável foi o povo ter destruído algumas obras da Biblioteca Central, mas é assim que se aprende, infelizmente. Vamos aguardar os próximos capítulos da história, pois sinto que a mudança em Cuba também não está longe de acontecer. Espero também poder ver.

Por hora comemoremos mais um avanço da democracia no mundo.

Boa semana!

E obrigado pelas mensagens, recados nas redes sociais etc etc de feliz aniversário.

5 de fevereiro de 2011

Mais um conto da série "Felizes para Sempre" - Blog e-Urbanidade

Lenny Kravitz

Ela era pura ansiedade. Finalmente ia ver o esperado show, do cantor que tinha todos os discos: Lenny Kravitz. Sabia todos os refrões, todas as letras, rimas e até tinha uma grande foto dele escondida atrás dos lençóis do armário, para que o marido não visse. Ele não fazia nenhuma questão daquele show, mas como ela tinha ido com ele no lançamento daquele filme cabeça dia atrás, não havia escapatória.


No sábado choveu o dia inteiro. “Amor, você não acha que pode pegar uma gripe com tanta chuva?”, tentou ele. Ela nem respondeu, começou a mudar o figurino. A sandália aberta foi trocada por um sapato fechado, a calça na canela por uma comprida. E ele desistiu de buscar por alguma coisa que fizesse mudar de ideia.

Sempre que tentava dizer que não ia ou pensava num discurso definitivo ou até mesmo grosseiro, vinham à mente as palavras de uma amiga dela: “Você é um marido exemplar. Vai até ao show com ela! Queria que seu marido fosse assim!” Pronto aquilo era suficiente para prosseguir naquele programa impossível.

E lá foram eles. Ela, entre as amigas, estava preparada para o show enquanto chuviscava. A multidão a porta, misturada com o cheiro de churrasquinho e pipoca, assustava. Ele ia andando como um animal para o abatedouro. E ela em puro entusiasmo. Veio o show de abertura, mas outro e nada do tal cantor pop aparecer.

Depois de muito barulho, Lenny entrou. A multidão ficou extasiada. Com certeza o marido não suportaria até o fim! Decidiu se enfiar entra as pessoas e procurar por uma cerveja ou até mesmo um copo de água. Explicou a intenção pra ela, ma não foi ouvido. Cantava um dos refrões que mais gostava. Entenderam-se com a linguagem dos sinais mesmo.

Comprou uma cerveja e foi tomando em goles curtos e demorados. Pegou no papo com um marido que também esperava pela esposa. “Incrível que existem outras pessoas como eu”, pensou com os botões. De repente descobriu uma legião deles, mulheres e homens que estavam ali apenas para acompanhar o parceiro, amigo ou quem quer que fosse.

Hora do bis, do mais uma. Começaram a dispersar e o celulares a tocar. “Estou debaixo da barraca vermelha”, “Mais à direita”, “À esquerda do palco”, “Estou te vendo aqui!”. E assim iam se encontrando. A despedida dos companheiros de espera era feita com adeus ou por olhares rápidos.

Finalmente, ouviu: “Amor, não foi maravilhoso! Te amo!”, disse ela, abraçando e dando um beijo longo, meio suado, mas carinhoso. Não dava para dizer mais nada. Demoraram quarenta minutos para sair do estádio e mais cinquenta para conseguir chegar ao carro e sair do engarrafamento.

Eles tomaram um banho quente quando chegaram em casa e dormiram abraçados, ainda com os cabelos molhados. E lá no subconciente ainda ecoava uma das letras do cantor da noite. “Temos que amar e facilitar as coisas”. Are you gonna go my way?

Publicado em 31 de março de 2005.