Agora a musa do funk carioca estava na capital. E o pior, a esposa do nosso jornalista estava desesperada para conferir o show. E ele, quando pensava naquele monte de gente amontoada, tinha certeza que gostaria de nem aparecer por aquelas bandas. E ele nunca fora fã daquele tipo de música.
Ele pensava numa forma de convencer a esposa a mudar de opinião. Convidou para um jantarzinho à luz de velas, a ida a um novo restaurante, uma passadinha na cada da mãe dela... E nada tirava a ideia fixa da mulher.
"Faça o que quiser", desesperou-se ele, apresentando a última cartada. "Vamos aonde tiver vontade"Ela pensou, preparou e atirou: "Quero ir naquele restaurante...", e deixou um silêncio no ar, suspense, "... no Zuu", terminou ela.
Mais silêncio, ele pensou nas contas e ela também. Sabia que não havia outro jeito: ou ele ia com ela no show ou teria, pelo menos, que buscá-la ao final. Mas há muito tempo eles precisavam curtir um momento a dois, num bom restaurante, com uma boa bebida. Topou! Ela nem acreditou e, finalmente, foi dobrada!
Fizeram a reserva, se arrumaram e passaram no banco para tira as folhas de cheque. Ele pediu a entrada e uma garrafa de champagne. Depois veio o prato principal . Ele pediu o camarão e ela preferiu repetir a entrada, mesmo que parecesse errado, mas não resistiu a mais um pouco de foie grass.
Foram embora, animados! Queriam esticar a noite. Mas o que fazer? "Que tal Tati Quebra Barraco?", ele perguntou. Ela ficou sem ação, apenas sorriu e, claro, preferiu ir pra casa. Conhecia seu marido. Ele não gostava do gênero musical e em poucos minutos ia cair no sono.
Quando chegaram em casa, ela mesma tratou de fazer o show: "Sou cachorra, sou gatinha, não adianta se esquivar, vou soltar a minha fera, eu boto o bicho pra pegar."E o bicho pegou foi... no sono! Ela, que não teve como soltar a fera, dormiu logo depois, tonta. A noite fora perfeita! E vamos combinar: em grande estilo!
Publicado em 07 de abril
de 2005
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