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1 de janeiro de 2017

Feliz 2017 - Crônica - Blog e-Urbanidade

E lá se vai 2016 com todo mundo dizendo que foi o ano das tragédias, das notícias tristes e absurdas, das perdas irreparáveis na vida pessoal e na artes. Morreu tantas pessoas incríveis e outras nem tantas, mas uma pessoa é sempre alguém importante onde quer que esteja. Não é a mídia que faz alguém inesquecível, mas sim a sua relação com o outro.

Foi um ano apertado financeiramente, isso é preciso dizer. Estamos com o maior número de desempregados dos últimos cinco anos, muitos amigos e conhecidos perderam seu emprego e nada de receber ligação de volta para uma nova entrevista. Ouvi muito chorôro, inicialmente tudo era culpa da Dilma, agora, que os lados se inverteram, é do Temer e lá se vão muitos "Fora Temer" por ai!.

Também fiquei um pouco abalado quando Hillary dormiu presidente e acordei ouvindo que Trump era o cara mais importante do mundo, inesperadamente. Também teve a morte triste e trágica do time e repórteres da Chapecoense. E olha que já vi tragédias, mas essa foi de lascar.

São sábias aquelas frases ditas por Drummond sobre fatiar-se o tempo emeses e anos. Dá uma certa necessidade de se reinventar, levantar, balançar o pó, acreditar e seguir em frente.

Diante de tantas mensagens no Facebook, WhatApp, etc, também sinto uma necessidade em dizer palavras já ditas por ai, algo do tipo, sigamos em frente, afinal de contas a vida nos brindou com dias a mais. Eu, por exemplo, sou desses que adoro viver e sou otimista por natureza.

É hora de ir em frente, respirarmos mais, olharmos mais nos olhos das pessoas, postarmos menos fotos com amigos no Facebook, mas em contrapartida sair mais com eles. Fazer bons amigos, sorrir com a cumplicidade possível só em família, viver um grande amor (como é bom, não?) e, se der, perder uns quilinhos.

Não acredito que tudo mudará, mesmo que dividamos o tempo, pois o que se plantou há um mês vai nascer inexoravelmente daqui a algum tempo. Mas, quem sabe, que tal olharmos mais para o olho do outro e menos para nosso umbigo? Afinal eu acredito(!) que assim podemos ser importantes em qualquer relação de amor. E amar é um exercício importante e necessário.

E copiando Guimarães Rosa termino dizendo: Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura.

Feliz 2017 (para todos nós que sobrevivemos até aqui)!

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