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10 de novembro de 2015

Beira-Mar - Blog e-Urbanidade

Filme Beira-Mar
Beira-Mar é um destes filmes para dias nublados e para quem gosta daquela narrativa poética cotidiana e lenta, sem sobressaltos. Tenho que ser sincero, não gostei do longa-metragem brasileiro dos roteiristas e diretores Marcio Reolon e Filipe Matzembacher.

Criado a partir de um roteiro e interpretações naturalistas, o filme praticamente não acontece na sua primeira hora. Foca-se em imagens até bem feitas, mas fiquei com a pergunta: existe dramaturgia sem conflito? Por exemplo, a história secundária da visita à casa do avô falecido é tão perdida que preciso entender melhor o quer dizer dez minutos serrando uma madeira no quartinho dos fundos de uma casa.

Tudo bem que quando os créditos entram (e você suspira aliviado), dá para compreender um pouco da dramaturgia e da relação do personagem principal com seu pai, diretamente ligada a sua sexualidade. Confesso que já assisti filmes de adolescentes muito mais estimulantes e de espelhamento imediato com a tela, o que não parece ser a tentativa de Beira-Mar.

Alguns andam dizendo que é muito poético. Tudo bem, concordo! É um filme que investe num beira-mar nublado e mar gelado, por isso, talvez, com alguma poesia. Mas o roteiro é bem fraco.

A proposta estética e a câmera focada nos sentimentos expressos pelos rostos dos personagens acabam sendo uma janela interessante para contar a história. Isso é um dos pontos positivos. Também a forma como o personagem do ator Maurício José Barcellos encara a sua homossexualidade é bem construída e sem clichês.

Não vá esperando uma nova versão Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, até porque vi uma divulgação tentando fazer alguma relação. E se ficar apertado para ir ao banheiro ou tiver sede, antes dos dez minutos finais do filme, pode ficar tranquilo, pode sair. Vá e ainda dá para pagar aquele boleto que está atrasado.

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