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3 de setembro de 2010

Loucuras pelas letras - Crônica - Blog e-Urbanidade

Você já cometeu uma leve loucura por causa de um livro? Vale tudo, desde ficar na fila para receber um autógrafo ou passar por algum lugar, ao saber que ali andou o tal autor a anos atrás.
Fiz algumas delas, umas bem simples, outras bem estranhas.

Por exemplo, assim que fui trabalhar no Rio há cinco anos, bem no Centro da cidade, uma das minhas primeiras paradas foi na rua do Ouvidor por causa de Machado de Assis. Confesso até que dei uma lida no tal conto do dono da livraria que o autor fala em uma das suas crônicas, antes de passar por lá.

Lembro de ir a Irlanda e fiz questão de conhecer a casa de Oscar Wilde e ver sua estátua no parque da frente. É realmente uma sensação impressionante. Parece que o autor ainda anda por lá.

Em falando dos best-sellers, fiz questão de reler e levar O Código da Vinci numa viagem por Paris e reviver alguns momentos da corrida do mocinho pelo Lovre, por exemplo. Parei até para olhar se as tais grades que existem para separar as câmeras do museu, ditas no livro, existem de verdade. Ah, fui ver a Mona Lisa só mesmo por causa do livro. Nunca vi tanta gente na frente de uma obra de arte. Era o ápice de sucesso do livro.

E para terminar, uma das mais marcantes, foi quando estava uma vez no Rio e encontrei um livro que queria comprar há muito tempo, Cem Melhores Contos Brasileiros do Século. Ao folhear o livro, me deparei com maravilhosos contos. Fiz o que mais curto na minha vida: comprar o livro e lê-lo tomando um café.

Ao ler, me deparei com o conto Amor, de Clarice Lispector. Não resisti. Pensei comigo mesmo: É agora!

Paguei a conta e saí em disparada. Procurei alguns mendigos na rua, quem sabe, se tivesse sorte, até um que mascasse chiclete. Imediatamente, peguei um táxi e fui parar no Jardim Botânico. Lá procurei ler e reler o conto. E assim, pudesse compreender o que seja “Jardim Botânico que por sua beleza fê-la temer o próprio inferno.”

Também alí, parece que a autora sentou ao meu lado e toda aquela sensação que ela tanto mostra nos seus livros, me tocou, mais uma vez, definitivamente. Aliás, devo falar em breve, aqui, como foi a mesa redonda que assisti sobre a Clarice na Bienal do Livro.

É isso aí? Que loucuras já fez por um livro? Ou até por uma música? Eu já até fiz questão de parar na Ipiranga com a avenida São João... E você?

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