Laerte-se na NetFlix
Disponível no NetFlix, Laerte-se, realizado por Eliane Brum e Lygia Barbosa da Silva, é um olhar delicado e intimista sobre as transformações do cartunista Laerte Coutinho. É notória, principalmente pela mídia, a mudança do artista desde os anos 2005, com a morte do seu filho, em se vestir como mulher.
O que o documentário deixa muito claro é que esse novo reconhecimento de Laerte é, antes de mais nada, uma construção pessoal, sem muitas certezas e cheia descobertas diárias. Não existe na tela um cartunista construído e finalizado, muito pelo contrário, ele escancara alguns medos, traumas e até certezas feitas por caminhos nada lineares.
A documentarista de Laerte-se não tem a preocupação de ser invisível na tela. Sua interação expõe um clima de bate papo com o cartunista.
Além da exposição do caminho e do estranhamento do artista desde sua infância até a sua exposição como travesti aos sessenta anos de idade, nas relações familiares entre pais e filhos, o documentário aponta para temas diversos, como a arte, o momento político (impeachment de Dilma), os movimentos LGBT(x) e sua relação com a mídia.
Pode-se sinalizar para dois pontos altos da produção, como o paralelo feito entre a narrativa documental e os cartoons de Laerte, na transformação do seu personagem Hugo em Muriel em suas tiras. E, por fim, as cenas da nudez de Laerte deixando exposta a questão do que seja ser mulher, ou seja, é uma questão de autorreconhecimento ou está ligada aos órgãos genitais?
Vale a pena assistir para quem busca compreender melhor os caminhos e as dificuldades inerentes na questão de gênero de forma documental e realista.
Durante a semana postarei sobre Transparent, disponível no Brasil pela Amazon Prime Video.
O que o documentário deixa muito claro é que esse novo reconhecimento de Laerte é, antes de mais nada, uma construção pessoal, sem muitas certezas e cheia descobertas diárias. Não existe na tela um cartunista construído e finalizado, muito pelo contrário, ele escancara alguns medos, traumas e até certezas feitas por caminhos nada lineares.
A documentarista de Laerte-se não tem a preocupação de ser invisível na tela. Sua interação expõe um clima de bate papo com o cartunista.
Além da exposição do caminho e do estranhamento do artista desde sua infância até a sua exposição como travesti aos sessenta anos de idade, nas relações familiares entre pais e filhos, o documentário aponta para temas diversos, como a arte, o momento político (impeachment de Dilma), os movimentos LGBT(x) e sua relação com a mídia.
Pode-se sinalizar para dois pontos altos da produção, como o paralelo feito entre a narrativa documental e os cartoons de Laerte, na transformação do seu personagem Hugo em Muriel em suas tiras. E, por fim, as cenas da nudez de Laerte deixando exposta a questão do que seja ser mulher, ou seja, é uma questão de autorreconhecimento ou está ligada aos órgãos genitais?
Vale a pena assistir para quem busca compreender melhor os caminhos e as dificuldades inerentes na questão de gênero de forma documental e realista.
Durante a semana postarei sobre Transparent, disponível no Brasil pela Amazon Prime Video.
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