Até uma boa parte do filme - e um breve cochilo no início - concordei com Rubens Ewald Filho sobre Casey Affleck, porém quando o trauma do moço é revelado, tudo muda. É perceptível a contenção emocional do personagem e nisso o roteiro é simplesmente fantástico. Sem contar com falas potentes e de catarse, a grande jornada do herói trata-se da capacidade dele carregar e continuar vivo com seu grande trauma e conflito.
Manchester à Beira-Mar |
A fotografia impecável do filme deixa claro esse gelo necessário ao personagem Lee. A direção de Kenneth Lonergan é certeira (e estreia um novo filme, em breve, com Shirley MacLaine, Jessica Lange e Demi Moore), e o elenco secundário também está impecável e entregue em seus personagens.
Sem dúvida, torço por bons resultados pelo filme no Oscar 2017, mas é mesmo imperdível e um dos filmes mais forte que já vi, também. O drama pessoal de Lee é tão pesado e comovente que nos faz sair do cinema cheio de humanidade e percebendo que muitas vezes a redenção do herói (ou nossa) pode ser simplesmente seguir em frente.
Não deixem de ver.
Minha Opinião
:D
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