Ler o jornal de hoje não foi tarefa fácil. O Correio Braziliense separa cinco páginas inteiras para falar do acidente com o barco que afundou no domingo passado no lago Paranoá. E a matéria conta quem era e quais sonhos tinham as pessoas que perderam a vida na festa que acabou tão tragicamente. Se pensa que parou por ai, nas páginas seguintes relata sobre um acidente de carro em que cinco amigas perdem a vida. Colegas de faculdade, se envolveram em um batida de trânsito horrível.
Foto: Celso Júnior/ER - R7 |
Com tantas notícias tristes e mesmo que e o céu brasiliense, sempre louvado em verso e prosa, esteja límpido e lindo, parece não conseguir tirar do coração aquela sensação de perda e saudade.
Sei que este blog sempre tem assuntos felizes, mas quem já perdeu alguém próximo, principalmente em acidente, não pode deixar de ver esses acontecimento sem que lhe cause uma certa empatia. Para dizer a verdade, quando perdemos alguém tudo nos faz lembrá-la. Aliás, devo dizer que todas as vezes que vou ao cemitério, para enterrar um desconhecido que seja, os sentimentos voltam.
Dia atrás conversava com uma aluna que acabara de perder o pai. Ainda sem cabeça para tocar a vida, fiz o que a gente sempre deve fazer nessas horas: ouvir. Afinal, não existe o que dizer ou mudar. Lá pela tantas, não resisti dizer que a saudade nunca acaba, a gente aprende a conviver com ela. A todo Natal, dia de qualquer coisa parece que falta alguém a mesa. Anos atrás chorávamos, hoje tocamos a vida. Acho que é isso que o tempo faz conosco.
Não gosto de pensar na história de que tudo está no destino. Ver assim é, no mínimo, mais terrível ainda. Mas elas se foram, portanto é preciso viver com essa dor. A gente aprende a conviver com ela. Não se toca tudo facilmente, mas não há o que fazer.
Espero que essas famílias tenham a tão difícil esperança de que o tempo fará com que tudo seja suportável e que nós possamos ser mais cuidadosos a atravessar uma avenida ou alugar um barco para uma festa. Sabe uma coisa que sempre penso, parece maluquice, mas ao atravessar uma rua sem olhar para os lados ou dirigir acima da velocidade penso: não quero que ninguém, principalmente meu pais, sinta a dor que sentimos quando perdemos minha irmã. Não sei fazer juízo de valor sobre tais pensamentos, mas me ajudam a cuidar de mim.
Existem os culpados, os negligentes que atravessaram a rua e nos fizeram perder os nossos queridos parentes. Tem que haver justiça. Mas também sei que nada e ninguém apagará esta dor, afinal essas vidas não voltam mais. Mas é preciso acreditar na vida e tocá-la para frente, mesmo que isso, nesse momento, seja extremamente difícil. Por hora, queridos familiares, chorem e faça aquele movimento simples: expire e inspire. Só o tempo, torna a dor e a saudade mais suportável.
Greetings from Finland. Thus, through a blog is a great get to know other countries and their people, nature and culture. Come take a look Teuvo images and blog to tell all your friends that your country flag will stand up to my collection of flag higher. Sincerely, Teuvo Vehkalahti Finland
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