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12 de março de 2010

Desculpe, por favor, obrigado, com licença... - Crônica - Blog e-Urbanidade

- Bom dia? Como vai?

É educado falar isso, não?

Eu participei, ou melhor, assisti uma situação dessas dias atrás. Uma colega pedia desculpas em público, e acabou em prantos, por terem reclamado dela não dizer o tal “bom dia” para as pessoas.

Naquele momento pensei: “Meu Deus, devem estar me odiando. Afinal, sou a pessoa mais voada e desligada com essas coisas”.

E olha só que droga, me vieram a mente, como flashback de novela das oito, cenas de pelo menos quinze anos atrás, quando fui viajar com uns amigos para a praia. Mais especificamente no Rio de Janeiro e íamos dividir apartamento, eu, uma amiga em comum e outras pessoas desconhecidas.
Depois de uma semana de convívio, minha amiga me chamou no canto e deu-me um sermão. Eu era considerado o chato do grupo.

Eu?! Logo eu, menino educado em pura tradição goiana, com origem mineira que tudo é falado em diminutivo e regado a muita simpatia?! Foi um susto!

Conversa vem, conversa vai, ela me disse: “Você na mesa do café não diz nem um ‘por favor, passe o leite pra mim’”.

Juro que me indignei. E juro que não me sinto na obrigação de ter tanto protocolo numa mesa do café, quando estou com amigos ou antes das dez da manhã. Olha, fiquei até muito chateado comigo mesmo. Mas como não sou boa bisca, decidi. No dia seguinte seria impecável, o melhor dos melhores.

E fui, não tomei mais café nenhum dos dias seguintes com eles. Inventei algo e dormi até tarde. Mandei às favas.

Poxa, gentileza é importante mesmo e legal, mas me incomoda as pessoas que exigem que o natural se torne datado e marcado. E quando não é feito, tem nome: falta de educação. Me incomoda as pessoas que acham que são educadas demais, pois as olho de longe e não vejo tais qualidades.

Opa, não estou mais falando da história da minha colega em que comecei aqui, pois não conheço muito bem ninguém por lá, para poder dizer algo. Porém, me afundei na história de anos atrás e acho pura burguesia as pessoas que detem o poder da boa educação quando dizem “bom dia”, “boa tarde”, “por favor”, nas tarefas simples da vida.

O bom da vida é poder ser econômico com as pessoas próximas, não? Ou, pelo menos, viver naturalmente, sem que um “bom dia” saia. Não acha?

Se não concorda, desculpe qualquer coisa!

3 comentários:

  1. Não concordei com vc , eu acho que nós devemos fazer a nossa parte, e pelo menos fazer a diferença para alguém em algum momento !

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  2. Não importa se o outro não está fazendo a parte que lhe cabe.
    Façamos a nossa !

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