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16 de dezembro de 2015

Califórnia - o filme de Marian Person - Blog e-Urbanidade


Marina Person e seu elenco adolescente em
Califórnia
Devia - e não nego - uma postagem sobre o filme Califórnia da ex-VJ da MTV Marina Person que estreou há duas semanas. Mas, fui bom moço, conforme a diretora mesmo sugeriu, assisti na primeira semana, porque ajudaria a emplacar a película nas salas de projeção. Obedeci e fui recompensado. Na abertura do filme estava a diretora lá, com alguns atores, falando, mais uma vez, da importância do boca a boca... (E cá entre nós, como Marina tem cara de boa gente, né? Parece aquela amiga querida do colégio!)

Califórnia me fez lembrar de uma versão simplificada de As Vantagens de Ser Invisível, ao contar a saga de alguns amigos adolescentes na descoberta da sua sexualidade e amores. Ok?! Não vá esperando encontrar um roteiro tão bem feito como do filme americano, mas tem um pouco deste ambiente.

Saí um pouco decepcionado da sala, confesso! A história é fraca, sem grandes conflitos, apesar de termos um tio, interpretado por Caio Blat, infectado por HIV e morrer de AIDS no início dos anos 80, ou seja, período de muitas dúvidas e da perda de muita gente querida. Mas, nem isso, na verdade, foi aprofundado pelo roteiro. E com alguns clichês: mãe boazinha, pai autoritário, amiga gordinha falante, bonitão lourinho da sala sem vergonha, empregada meio bruxa...

O elenco adolescente é bem fraco e algumas cenas parecem mais coreografias do que atuações, diante das marcas e closes. Faltou um pouco de Fátima Toledo!

Mas, Califórnia é gostoso de ver, principalmente para pessoas que tiveram a sua pré-puberdade e adolescência nos anos de 1980. A reconstrução histórica daqueles anos é extremamente bem feita, principalmente com ajuda das músicas selecionadas. Imediatamente se vê cantando alguma delas. Ah, sem falar que a nostalgia rola solta quando as caixas de fita cassete BASF são abertas - lembrei-me das minhas seleções e gravações! Tempos bons, gente!

Espero ver Marina Person menos autobiográfica em seus próximos filmes. Aliás, dizem que os diretores e escritores vão se distanciando do seu alter ego à medida que vão produzindo mais, pois suas primeiras produções são sempre assim. Dizem... até porque gosto da moça.

Amigos entre 35 a 45 anos, não percam!

Minha opinião
;]

1 de dezembro de 2015

Luc Besson em duas produções fora da curva - Blog e-Urbanidade

Angel - A
Neste último fim de semana assisti dois filmes do diretor Luc Besson em trabalhos bem diferentes das suas tradicionais películas de ação: Além da Liberdade e Angel-A. Recomendo a assistir os dois e vou detalhá-los mais aqui embaixo, pois é difícil encontrar uma linha que revele o mesmo Luc em duas produções tão distintas. Mas, é possível perceber a estética de um diretor minucioso com boas fotografias, belíssimas imagens nos seus planos abertos.

Angel-A é de 2005 e é apresentado em preto e branco. Conta a história de André (Jamel Debbouze) que depois de ser perseguido por vários gangsters, decide se suicidar, encontrando, nesse momento, uma figura inusitada ao seu lado. Conta uma intricada história de amor, com um texto ora óbvio ora bom para reflexão. A produção é muito bem feita, principalmente quando usa locações de pontos turísticos da cidade (e, provavelmente, com boa pós-produção para deixar a cidade sempre vazia). O roteiro tem uma barriga, apesar de curto, e é idealizador demais (minha opinião!). Mas, vale assistir.

Além da Liberdade
Além da Liberdade conta a história da ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1991, Aung San Suu Kyi (Michelle Yeoh), sua luta pela democratização da Birmânia (que até antes deste filme não sabia onde ficava no mapa). A interpretação de Michelle vale cada segundo do longa-metragem, porém me parece que David Thewlis está um pouco equivocado no seu personagem ou construção. Eu gostei do filme e, sinceramente, me tocou muito, mas não posso deixar de dizer que é uma produção esquemática, roteiro raso e cheio de clichês. Por outro lado, é uma boa oportunidade para conhecer a história daquele país e dessa mulher. Recomendo muito a assistir, porém para dias em que não estiver muito sensível.