Ida |
Quando o filme acabou com seus curtos oitenta minutos fiquei procurando sobre o que não entendi. Mas, pra dizer a verdade, é um filme elaborado sobre uma simples ideia. Quem já fez algum curso de roteiro (ou coisa do gênero), sabe que um dos primeiros entraves do escritor é o de estabelecer seu plot e o que quer dizer no seu argumento. Portanto, Ida tem apenas uma pretensão.
Assim, são oitenta minutos de uma fotografia preto e branco impecável, pouquíssimos diálogos e tudo contado com uma austeridade marcante. A postura sempre ereta da futura freira Ida contrasta com a tia "mundana" e seus amigos. Porém, sem dúvida, de alguma forma torcemos para que a moça deixe de prestar seus votos, após conhecer "o outro lado da vida".
E ai, na cena em que experimenta os tais prazeres da carne, um simples diálogo parece dar sentido final ao filme. Claro, isso entendido depois de uns minutos após os créditos subirem e a certa irritação ter passado. Então, Pawel Pawlikowski, o diretor, nos faz perceber que a vida não deixa de ser um grande tédio.
Se não assistiu, talvez valha a pena, sim. Mas, sem grandes pretensões e necessário para quem curte roteiros e boas direções cinematográficas. E claro, a reconstrução histórica (que os americanos adoram) da época de caça aos judeus.
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