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24 de novembro de 2014

O Pintassilgo - Blog e-Urbanidade

Capa de O Pintassilgo
Li o contravertido e comentado O Pintassilgo da escritora americana Donna Tartt. Cheguei ao livro por mais uma sugestão do Clube de Livro da Cia das Letras e após vê-lo exposto em algumas livrarias. Apenas fiquei sabendo da "polêmica" da obra após buscar no Google algumas orientações e curiosidades para escrever minha resenha aqui no blog e encontrei um mundo a parte, tão interessante quanto a história de Theo.

A história é longuíssima, são 792 páginas com cenas detalhadas, desde elementos externos a sentimentos do herói. Com cara de épico, conta a história de Theo Decker que sobrevive a uma explosão a um museu de NY, perdendo sua mãe no acidente. No meio da confusão, leva consigo o quadro Pintassilgo do holandês Fibritius (de 1640) que o acompanhará a partir daí.. Sendo os pais separados, fica por alguns dias na casa de uma família abastarda, próximos da falecida mãe, porém é levado inesperadamente para Las Vegas e vai morar com o pai e sua nova esposa. Lá conhece seu amigo para toda a vida, o louco-louco Boris. Adolescente, passa a usar todas as drogas possíveis e imagináveis. Com a morte do pai, volta para o Estados Unidos e passa a morar com antigo amigo, Hobie, dono de um antiquário.

É dado um salto no tempo, agora responsável pela área comercial do antiquário e começa a se envolver em várias "encrencas". Boris reaparece e um casamento ajeitado vem por ai. E assim, acontece a redenção de Theo, diante do seu pessimismo em relação a vida.

Gostei muito das reflexões do personagem, principalmente ao final do livro. A autora nos leva a bons momentos com sua narração que é tocante, muitas vezes. Em certo momento - e antes de ler qualquer resenha - me lembrei de Copperfield de Dickens: o ritmo da narrativa e o pessimismo do personagem central.

Pega um pouco a extensão e o detalhamento de tudo. Tive muita vontade de deixar a leitura pelo meio. Reconheço! Também o personagem principal não realiza quase nada, ou melhor, é simplesmente um reflexo do acaso. Se pensar bem, nada na história ele faz de verdade, sempre está sendo levado pelas pessoas...

Porém, quando terminei de ler O Pintassilgo, agora empolgado com o grand final, partir a procurar algumas coisas sobre a autora na internet e encontrei um outro mundo a parte. Em seu terceiro livro, Donna é considerada por alguns um gênio, por outros, uma fraude. Não tenho condições de entrar nisso, se trata-se, por exemplo, de um romance ou não e blablabla de críticos e literatos. Aliás, sempre a "academia" teve certo problema com livros bem sucedidos.

Não achei a oitava maravilha do mundo, mas é um ótimo livro. Por isso levou o Pulitzer deste ano, vendeu 1,5 milhão de cópias nos EUA e ficou mais de 40 semanas entre os mais vendidos do New York Times. Não deixei o livro porque fiquei curioso em saber o final da história daquele garoto, adolescente e, por fim, adulto Theo. Tocou-me muito a reflexão sobre a vida, a temporalidade, a prisão (retratada na metáfora do pássaro pintassilgo na obra de Fibritius) e o amor. As últimas páginas são mesmo te arrepiar, pena que demoram tanto para chegar, mas vale muito a leitura.


19 de novembro de 2014

Patrick 1.5 - Blog e-Urbanidade

Patrik 1.5
Sabe um daqueles filmes que você está no sofá, começa a passar na tevê, e quando percebe já assistiu mais da metade e torce pelo mocinho, ou neste caso, pelos mocinhos? Foi assim com o esquemático, mas agradável, Patrick 1.5. O senso de humor dos acontecimentos, mesmo diante da adversidade, fazem da película uma boa opção para quem procura uma história com bons ganchos, nada profundos, e final feliz.

A temática é homoafetiva, mas isso é um detalhe porque poderia ser a história de qualquer casal. Ok, vamos a storyline: dois sujeitos, um médico Göran Skoogh (Gustaf Skarsgård), e Sven (Torkel Petersson) querem ter um filho. O último já foi casado e tem uma filha estranha, mas nada disso os fazem desistir de entrar na fila de adoção. Recebem uma carta de que lá vem Patrick 1.5. Eles entendem que se trata de uma criança de 1 ano e meio. Mas, na verdade, bate na porta deles um adolescente de 15 anos. Assim, partimos da rejeição ao aceite da situação, passando por uma crise na relação já um pouco fracassada do casal principal.

O que incomoda em Patrik 1.5 - com ar de Sessão da Tarde - são os dramas pouco aprofundados, como a carência de Sven, a filha problemática de Sven, a ex-esposa invejosa, os vizinhos homofóbicos e o garoto também homofóbico e problemático. Com tantas coisas assim, o filme poderia ser mais denso, mas a diretora aposta numa história leve e mais voltada para a comédia: a espera de um bebê trocada por um delinguente adolescente.

O filme é sueco e recomendo, apesar de toda a leveza dada ao tema. Não deixa de ser uma boa diversão.

7 de novembro de 2014

Vinil Burguer - bom hambúrguer com preço fixo - Blog e-Urbanidade

As hamburguerias viraram mesmo moda e boas são as opções encontradas, como por exemplo o Vinil Burguer instalado em Pinheiros. O lugar é pequeno, como poucos lugares para sentar  e sempre com fila, mas vale a pena pela qualidade do hambúrguer, das opções e do atendimento.

O preço é único, R$ 19,00 (preço de 07/11/2014), e você escolhe os complementos, tais como, cebola caramelada e desidratada, picles e bacon, queijo cheddar, muçarela, prato ou provolone mais salada. Recomento pedir, para acompanhar, a maionese e o katchup feitos na casa. São deliciosos.

O hambúrguer, é o que interessa!, é delicioso e bem servido, feito em uma grelha circular na entrada do restaurante. Os garçons são bem simpáticos, mas incomoda os poucos lugares para sentar e o layout do local que deixa tudo mais com sensação de apertado.

Como os proprietários são importadores de cervejas, o Vinil tem à disposição uma variedade de cervejas importadas bem interessantes. Recomendo pedi-las enquanto espera seu pedido, acompanhado das fritas com propostas diferentes, para dias também diferentes. Elas podem ser rústicas, chips ou palito. Também fique de olho nos sucos gaseificados à venda.

Vá com paciência, fique na fila, procure um lugar para sentar, mais um pouco de paciência, espere chamá-lo e bom apetite. Vale a pena!

Vinil Burguer 
Rua Padre Carvalho, 18 - Pinheiros
(11) 3032 1442

4 de novembro de 2014

Relatos Selvagens - mais um incrível filme argentino - Blog e-Urbanidade

Capa do filme
Relatos Selvagens
Fantástico! É tudo o que eu tenho a dizer sobre o filme argentino Relatos Selvagens em cartaz nos cinemas brasileiros. Com seis histórias curtas, cheias de humor negro, antes mesmo de entrar os créditos inicias, ao fim do primeiro relato, provavelmente você já dirá que valeu o ingresso. Viva os
hermanos!

Os relatos mostram seres humanos tornando-se selvagens, assim, muitas vezes você rirá das situações, mas, bem na verdade, vai estar rindo de você mesmo, pois já esteve à beira de fazer (ou querer fazer) ou isso ou aquilo, conforme os loucos personagens.  Por isso, não pense que exista alguma história menos interessantes, todas são ótimas e algumas excepcionais.

Quem não gostaria de dar um bom fim para todos seus desafetos? O que você faria se visse aquele maldito sujeito que fez seu pai se suicidar jantando no restaurante que você serve? Qual seria sua reação se um sujeito com um carro caindo aos pedaços não deixasse seu Audi ultrapassá-lo numa estrada estreita? E se seu carro fosse rebocado injustamente e fosse atendido por um funcionário público frio e irritante? Se seu filho, fraco e inseguro, acidentasse uma mulher grávida e o advogado só pensasse em ficar rico as suas custas? E, por fim, na hora do casamento, você descobre que a amante do seu noivo está sentada ali, em uma das mesas?

Pronto, o circo está pronto e prepare-se para um dos filmes mais deliciosos do momento, Dirigido por Damián Szifron, traz no seu elenco o ótimo Ricardo Darín (O Segredo dos meus Olhos,  Nove Rainhas e outros) além do elenco bem regular e alguns atores conhecidos de outras produções argentinas, Conta ainda com produção de Pedro Almodóvar.

Corra e divirta-se com a realidade nua e crua deste nosso lado selvagem.

Minha opinião
: D