Eu, Mamãe e os Meninos |
Confesso que me diverti em boa parte da história que conta a história Guillaume, um rapaz que está em busca da sua própria identidade sexual, a partir da forte influência da mãe. Sensível, não dado aos esportes, começa a sentir a pressão do mundo, e na sua própria casa, sobre o seu "jeito de ser".
O filme é extremamente autoral, inclusive o título original, Les Garçons et Guillaume, à Table!, vem da forma com a mãe do ator (roteirista e diretor) era chamado para os almoços em casa: Meninos e Guillaume, à mesa!. Assim, se constrói um personagem em busca da sua identidade, com clichês e olhares enviesados presentes no cotidiano do personagem, nas várias sessões de terapia e, por fim, no palco do teatro, onde o autor narra sua própria história. De repente - vou tentar não fazer spoiler -, o personagem muda este fluxo esperado e, o que já era cativante, se torna uma película criativa, divertida e brilhante. Uma pérola rara, como está em um dos cartazes do filme.
Sinceramente, quando o créditos subiram, fiquei ainda com a sensação de que havia entendido algo errado e, que na verdade, o roteirista havia não concluído o filme, ou seja, deixado a decisão do personagem em aberto. Depois de algum tempo, concluí: sem dúvida estava pensando "na caixinha", acabara de ter meu padrão careta de identidade sexual desconstruído. Por isso, esclareço, não é um filme de temática gay. E necessário para todos que gostam de um bom cinema e para professores, psicólogos e quem, de alguma forma, trabalha com adolescentes, por exemplo.
Recomendo muito assistir. Aqui em São Paulo está em alguns cinemas, mas está rodando o Brasil em festivais. Ou encontre em um bom cineclube (se estiver em São Paulo, posso recomendar um bom! Mande e-mail)
Minha Opinião
: D
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