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24 de maio de 2012

Um chute perfeito - Crônica - Blog e-Urbanidade


Eu nunca fui bom de bola, nem de futebol nem de voleibol nem de basquete nem de gude nem... E olha que tentei. Fiz escola naquela idade que todo pré-adolescente entra. Fui sempre um zero a esquerda quando o tema era jogos ou esportes. Tem mais um agravante, não tenho nada, absolutamente nada, daquele negócio de espírito esportivo. Por isso detesto brincadeiras competitivas em geral. 

Como nosso assunto aqui é outro, mas acabei descambando para outro lado, um chute imprevisto no meio da rua nunca foi a coisa mais deliciosa do mundo para mim. Eu sempre que percebia uma bola vinda em minha direção tinha outro sentimento: será que se eu chutar vai chegar ao lugar certo? Se apontar para a direita e ela for para esquerda? Não pense que é pura neurose. Já fiz isso: arrisquei para um lado e foi para outro.  Várias vezes.

Seguindo o raciocínio do Rubem Fonseca, o chute é outro. É aquele perfeito! Aí sim, pode ser a melhor coisa do mundo, principalmente quando você passou alguns anos amargando ser um perna de pau. Imagina, vir à bola, dar aquele nervosismo temporário, chutar e pronto! Vai direto à mão do jogador ou, quem sabe, entra no gol. 

Depois disso você sai feliz, dá aquele sorriso e pensa que todo mundo gostaria que entrasse no time deles, heim? Como tem algo para fazer, se desculpa, até diz que gostaria muito, mas segue em diante. Talvez o melhor de tudo isso seja você ficar imaginando que eles pensam que você é o máximo. Essa é a melhor coisa do mundo no chute perfeito!

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