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10 de setembro de 2008

1000 acessos e minhas peripécias no divã - Crônica - Blog e-Urbanidade

Estou ficando feliz com esta história de blog. Depois de tanto tempo fora do mundo diário das notícias curtas, estou quase completando 1000 acesos em menos de quatro meses de veiculação. Só falta ter mais comentários dos visitantes, mas não se pode ter tudo.

Aqui é um lugar pra falar de mim e de todos. E estou em falta em contar que voltei à terapia. Depois de tantos anos fazendo na linha sistêmica – desculpa, minha ex-terapeuta que depois de tantos anos juntos posso não ter nomeado corretamente a sua linha -, decidi por fazer algo mais hard.

Estou fazendo terapia lacaniana e freudiana (e tudo mais que possa ter...). Mas eu tenho um objetivo, desta fez quero ir fundo no tal inconsciente, com direito a tudo, inclusive sentar no divã.

Nas primeiras sessões tive medo. Não usei o móvel. Mas um belo dia, decidi: vai ser hoje. E foi. Fiquei com a sensação de que o mundo é muito maior entre o encosto do divã e a parede. Parecia que o mundo cabia ali, naquele espaço.

Senti solitário, mas Freud estava certo! É realmente perfeito assim.

Tenho concluído algumas coisas sobre a “dinâmica” da terapia. Realmente quando a gente fica ali falando para a parede, ficamos com uma sensação de que somos malucos mesmo e cheios de neuroses. Falamos, falamos, falamos, falamos e que maluquice! Como a gente complica as coisas.

Tenho querido falar menos, sabia?!

Outra coisa, não pode haver erros. Tudo que digo meio atrapalhado vira minutos de reflexão. Por exemplo:

- Como vai fulano de tal?

- Quem? Meu cachorro?

Pronto, fulano que não era um quadrúpede passa a ser o tema de alguns minutos (ou dias). É o tal ato falho. E como descobrimos coisas dali.

Minha terapeuta ainda tem um talento a mais. Adora perguntinhas picantes e emenda:

“Continuamos na próxima sessão?”. Pronto, temos aí mais algumas horas e dias para pensar em tal pergunta.

Estou adorando tudo. Também presencio um processo de vai-ou-racha. Yôga, duas vezes por semana, Terapia, uma vez (por enquanto, ela quer aumentar pra duas), corrida, três e Musculação, duas. O que me falta, agora? Bom, assunto pra outro dia.

Um comentário:

  1. Não digo que as pessoas simples não tenham conflitos mas porque a vida é tão simples que pra essas pessoas, o mais complicado é o dia-a-dia. é mesmo estranho ficar sentado num divã,falando pra parede, ouvindo sua voz ecoando o que tá lá por dentro...mas as pessoas simples vivem o comum,o trivial, o hoje, a sobrevivência urgente, e o complicado é o futuro distante da realidade tão crua.

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