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3 de agosto de 2017

Agreste - Teatro - Blog e-Urbanidade

Não dá para se dizer muita coisa após assistir a peça Agreste, o texto premiado do dramaturgo Newton Moreno. Aqui já comentamos duas montagens dele: Imortais e Maria do Caritó. O grande perigo aqui é de fazer qualquer spoiler da história e perder a força da dramatização.

Foto João Caldas - Divulgação
Em cena Juan Alba e Paulo Marcello
Agreste vem sendo montada por diferentes grupos e conferimos a encenação no Teatro Mungunzá, em cartaz até 31/07/2017, com os atores Juan Alba e Paulo Marcello (ator que fez a primeira montagem em 2004).

Assim como nos outros textos, em Agreste Moreno constrói sua dramaturgia a partir do universo sertanejo, onde o casal Maria e Etevaldo vive uma história de amor, relativamente tranquila, até a morte de um deles. A normalidade é quebrada e o preconceito passa a ser a tônica do conflito em cena.

O texto é inspirado em uma história verídica contada por uma amiga ao dramaturgo. Uma das estratégias de narração é o uso da metalinguagem para expressar e detalhar sentimentos e fatos. A troca dos atores tanto para representar personagens como para contar os fatos também é um dos destaques do roteiro.

A montagem de Juan Alba e Paulo Marcello foi capaz de trazer toda potência do texto, principalmente nas nuances dos dois personagens. O cumprimento dos dois atores no início da montagem, marcando o acordo do jogo cênico que vai começar, destacam o quanto nada está definido em Agreste. Porém, a marcação exagerada no posicionamento dos atores tira um pouco da naturalidade da montagem, mesmo acreditando ser uma escolha da direção de Márcio Aurélio.

É preciso ficar atento em novas montagens de Agreste pelo país. Sem sombra de dúvida após assistir a peça é possível entender os prêmios dados a Newton Moreno. Vida longa a ele!

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