Você sabia que amar é uma arte? Um exercício? Eu já havia ouvido (e lido) coisas do gênero, tanto na literatura e nas palestras do terapeuta Flávio Gikovate e na entrevista de Marisa Monte ao lançar o disco Verdade, Uma Ilusão há alguns anos. E essa é a teoria, também, do psicalista Erich Fromm no seu livro A Arte de Amar da Editora Martins Fontes.
No primeiro e segundo capítulo o psicanalista discute sobre as teorias do amor, partindo do pressuposto que seja o elemento fundamental da existência dos humanos, assim que saem da barriga da mãe. Simplificando, a busca daquele conforto é a mesma procurada no amor.
A partir desta introdução, em seguida, são apresentados os diferentes tipos de amores, são eles, entre pais e filhos, irmãos, erótico, a si mesmo e a Deus. Assim, vamos entendendo as nuances e as especificidades de cada um deles.
Antes do capítulo final, ainda há uma análise da desintegração do amor ocidental contemporâneo, e assim, na parte quatro, Fromm traz sua teoria final: o amor é uma prática. É preciso aprender um grande número de outras coisas - que muitas vezes parecem não ter nenhuma relação com ela -, antes de atacar a arte propriamente dita (p. 137).
Tarefa fácil não é e isso é claramente dito pelo autor, assim como a leitura nem sempre é tão leve desta obra. Precisei ir e voltar algumas vezes em algumas partes. Mas, sem dúvida tal assunto merece uma boa investigação, mas para mim, concluindo, Fromm torna verossímil tal busca. Para amar é preciso exercitar e nos dias de hoje grande parte das pessoas espera que ele aconteça como mágica, em um crush de aplicativo.
Boa leitura.
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