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8 de outubro de 2015

Rir da desgraça alheia... pode? - Crônica - Blog e-Urbanidade

Dia deste ri, mas ri bem alto da desgraça alheia. Imediatamente prendi o riso solto e me senti culpado. Que feio! Será que a gente não pode mesmo, por algum momento, se sentir com a alma lavada ao ver algum desafeto se dar mal?

Além de perceber que é uma atitude cristã para lá de reprovável, ao ouvir a nossa própria gargalhada vem aquele pensamento de que pode voltar contra si. Em dobro! Em triplo! Mas, poxa, é mesmo uma delícia rir, sem culpa, daquele filho-da-mãe que te deu dedo no trânsito e bateu o carro cem metros a frente! Não é?! Ou daquele... A lista é grande.

Quem nunca se sentiu com vontade de fazer igual a Nazaré, em sambar na cama da Maria do Carmo? Os vilões que tanto amamos servem para isso. Exorcizar nossa culpa diante do mal feito (ou bem feito) alheio.

Perdoem-me os puros de coração, mas após a gargalhada me senti tranquilo. A culpa passou rápido. Afinal é preciso entender que somos humanos e não dá para ficar levando solavanco da vida só sorrindo, cantando de braços abertos sobre a colina como a célebre Noviça Rebelde. É preciso, algumas vezes, sambar como Nazaré.

Tudo bem que daqui a pouco vou segurar um pouco minha vilania, procurar ser o melhor possível e pensar seriamente quantas pedras irão me atirar por este post. Mas, eu posso tirar a qualquer momento, também sem nenhuma culpa. O que importa é que ri e estou mais leve! Experimente!

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