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19 de março de 2014

A Língua de Eulália - Blog e-Urbanidade

A Língua de Eulália
Sem nenhum planejamento chegou em minhas mãos A Língua de Eulália, o livro do sociolinguista e doutor-professor da UnB, Marcos Bagno. Recomendado para universitários e futuros professores da Língua Portuguesa, a proposta do autor é de levar o leitor a uma análise da pluralidade linguística existente no Brasil, por meio de uma novela envolvendo personagens fictícios.

Resumindo a proposta do livro, Bagno tentou fazer o que Jostein Gaarder conseguiu com competência no Mundo de Sofia, ou seja, desenvolver ideias acadêmicas por meio de uma ficção. Ok, fui muito pretensioso na comparação, reconheço. Bagno não chega aos pés de Gaarder, porque, muitas vezes, o autor é didático e longo demais para desenvolver suas ideias.

A história é assim: três universitárias vão visitar a professora Irene no interior de São Paulo e lá se apegam a uma looooonga discussão sobre a língua padrão e não-padrão brasileira. E cruzam o caminho delas, Eulália, o braço direito de Irene que vai alimentando as discussões pela sua forma não-padrão de se expressar.

Muito interessante toda a discussão e os vários exemplos apresentados pelo autor. Isso faz valer o livro, seu grande atrativo é o de desmistificar o uso da norma culta da nossa língua. Ao falarmos que tal pessoa é caipira ou analfabeta por se expressar de tal forma é, nada mais nada menos, uma fala recheada de preconceito social e cultural.

Esqueça a história que não chega a empolgar, pois fiquei até com pena das universitárias em férias em suas longas discussões e aulas. Apeguem-se aos exemplos e boas discussões propostas. Indo por ai, recomendo muito o livro, mas não para dias de férias! 

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