CURTA NOSSA FAN PAGE

4 de junho de 2012

A Estrela Mais Brilhante do Céu - Blog e-Urbanidade

A Estrela Mais Brilhante do Céu
Finalmente concluí mais um livro da Marian Keyes. Ufa! Sou fã de carteirinha de vários dos seus livros longuíssimos, como é o caso de A Estrela mais Brilhante no Céu com 598 páginas, mas não me empolguei muito com essa história. E achei o final irritante.

Keyes é uma das autoras de chick lit que mais aprecio. Suas histórias fogem daquela formulação de moças perdidas que pisam na bola sem parar. Também uma das poucas escritoras que inova em suas narrativas e saem da “receita de bolo de sucesso”. E um caso bem claro disso é essa sua última publicação. Além de não usar o texto só em primeira pessoa – característica elementar do estilo -, suas personagens têm quase quarenta anos e saem das triviais crises dos vinte ou trinta anos.

A história gira em torno de vários personagens que moram no mesmo prédio e se cruzam, também, sentimentalmente. Uma delas Lydia, divide apartamento com dois poloneses e mora em um quarto que mal cabe sua cama. O melhor momento dela, sem dúvida, é ao perceber que sua mãe está doente e decide peregrinar pelos médicos para fazer uma ressonância magnética no cérebro da senhora. O final da moça é decepcionante. É mais ou menos quando um autor de novela não consegue criar uma história de amor convincente de um personagem e, no último capítulo, aparece um rapaz lindo para leva-la à redenção.

No mesmo prédio moram Fionn e sua mãe adotiva, Jemina. Ele muda para Dublin para gravar um programa de tevê sobre jardinagem. Porém, o cara é fria pura, se apaixona por qualquer pessoa que cruze seu caminho. Seu melhor momento é quando tenta não ser tão vulnerável ao se relacionar por Katie, a personagem principal. Também achei desnecessária a história do cachorro de Jemina que várias vezes “fala” na narrativa. Um elemento extremamente criativo que fica perdido e é mal utilizado.

O casal problema é protagonizado por Matt e Mavie. É a história mais bem construída e cheia de surpresas. É divertida a forma como eles agem com os problemas pessoais, utilizando a filosofia de fazer uma atitude do bem por dia. O que é lamentável é o fim da história em que entendemos quem é a tal estrela que percorre todo o livro. Muito ruim mesmo.

E por fim, Conall e Katie são os verdadeiros protagonistas da história. Ele é um sujeito workholic e ela o conhece ao comprar a empresa em que trabalha. A relação é bem semelhante com a do Mr. Big e Carrie Bradshaw de Sex and the City, portanto tudo muito previsível. A gente sempre tem certeza que ele vai pisar na bola daqui a pouco.

Fiquei incomodado mesmo com o fechamento da história. Decepcionante o fim dado ao narrador da história. Um dos piores finais que já vi da autora e me senti extremamente enganado. Também, o livro carecia perder pelo menos 100 páginas. Nas últimas laudas a gente fica patinando em um monte de histórias sem fim.

O que posso dizer é que pode ser considerado um livro bom de ler, pois os primeiros livros de Marian nem consegui chegar a metade. Outros triturei em poucos dias. Por isso, concluo, que se você for um leitor ou leitora voraz – como já fui um dia - , vai se divertir na certa. E nem vai querer arrancar umas duzentas páginas. Se já for aquele leitor de final de noite, algumas páginas por dia, poderá encher o saco. É o meu caso atual. Por isso, se vai tirar uns dias de férias e vai ficar de barriga para cima na praia, recomendo. Ou espere os dias de descanso chegar. Do contrário, poderá sair com a minha mesma sensação: que interminável história!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário.