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18 de agosto de 2011

Como o tempo passa rápido... - Crônica - Blog e-Urbanidade


Tenho a sensação que os dias estão passando rápido demais ou não sei se tenho planejado coisas demais pra ele.  Dizem os matemáticos que isso é normal, não se trata do fim dos tempos, podemos pensar, e sim da proporção da vida.

Essa explicação matemática funciona assim: quando você tem dez anos de idade, um dia representa muito mais do que quando se tem quarenta anos. A proporcionalidade de um dia é muito menor. Outro exemplo simples, um ano para uma criança de um ano representa a sua vida toda, já para uma pessoa de vinte anos, representa um vinte avos da sua vida. Entendeu?

Tudo bem que pode parecer matemático demais para quem está procurando  apenas uma passadinha de olhos pelo blog, mas preciso disso para tentar entender um pouco da frivolidade dos últimos dias.

Já andei pensando que é porque me mudei para São Paulo e que aqui tudo demora demais, ainda mais quando você se aventura a pegar trânsito. E segundo pesquisas da Folha de São Paulo, moro espremido nas duas ruas de mais trânsito lento da cidade. Logo, posso demorar mais para ir e vir. Mas isso não é verdade, morei até poucos meses atrás em Brasília e a coisa não era diferente. E vejo todos meus amigos reclamando do mesmo.

Claro que Einstein já disse que a medida do tempo é relativa e isso é verdade. Quando se tem muita coisa para fazer, a tendência é que tenhamos a sensação de que tudo vai rápido mesmo. Mas é impressionante como precisamos saber viver, até mesmo quando estamos com tempo para descansar. Meus poucos dias de férias por ano passam numa rapidez irritante. Por exemplo, hoje já é quinta-feira e nem ainda descansei da semana passada.

Também deve ter um pouco culpa da forma como praticamos o ócio. Por exemplo, nas horas livres nos aprontamos para ir ao cinema, sempre cheio e com uma mega estrutura nos esperando. Ficou para trás aquela cena bucólica de assistir um filme. Agora é preciso chegar cedo, quando não se deve comprar antes, pela internet. Temos que nos preocupar com o estacionamento que fica no último andar de um prédio de garagem. E a pipoca era comprada no carrinho parado a frente da sala? Hoje tem uma fila imensa, com uns copos enormes de refrigerante... Litros e litros. Quando sentamos na sala de projeção, ufa!, estamos cansados de verdade.  

Hoje a gente quer ler bons livros, assistir os filmes comentados, ver quem matou a Norma de Insensato Coração, ser super compentente no trabalho, ter um amor perfeito, em alguns casos ser bons pais, viajar nas férias para um lugar inesquecível e ainda encontrar com os melhores amigos. Fora isso, temos aquelas coisas chatas, como pagar conta, levar o liquidificador para arrumar, dar um bronca na faxineira... Está explicado porque o tempo tem estado tão curto.

Realmente acho que as coisas andam frenéticas mesmo, junta-se tudo no mesmo pacote, as nossas necessidades pessoais, a matemática e o mundo contemporâneo... E está tudo explicado. Mas enquanto buscamos formas saudáveis de vida, precisamos talvez aprender a respirar um pouco mais, já que nem um banho longo, hoje em dia, é politica e sustentavemente correto. Como tem estado difícil viver nos dias de hoje!

Um comentário:

  1. É... realmente a rapidez com que a vida passa, impressiona!!!

    Planos, pensamentos, desejos, amigos, diversão... é uma profusão de coisas e "necessidades".

    Semana passada, estava em Itaituba/PA. Cidade pequena, sem muita estrutura... pessoas caminhando no final da tarde a beira rio... carinhos de pipoca, sorvete, cachorro quente... coisas bucólicas, simples... algo que não temos ultimamente.

    Nessa semana, trabalhando no mesmo ritmo frenético, do escritório em Brasília, pude, após o expediente, realmente aproveitar momento de descanso.

    Deitar na cama, ligar o ar condicionado (senão morro) e ver a novela da tarde... sem nenhum esforço ou grande necessidade de programar algo para mais a noite.

    As coisas simplesmente aconteciam, sem necessidade de esforço... sem filas, trânsito, muitas opções... foi um bom descanso, confesso!!!

    Mas, ainda bem que já estou de volta a Brasília... e a correria diária, que adoro!!!

    Beijo, meu amigo!!!

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