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19 de novembro de 2011

A rede branquinha que todos precisamos - Crônica - Blog -e Urbanidade

Foto na frente da casa dos avós Olavo e Ione.
Goiânia
Dias atrás postei aqui uma crônica sobre os avós, após assistir um programa na tevê que falava sobre o assunto. Além de alguns leitores passarem aqui e deixarem comentários bacanas ou mandarem email, no Facebook, uma prima postou as fotos que copio aqui. Olhei, olhei e é engraçado como a gente se lembra, imediatamente, de estar naquele lugar. Esperando pelo "sorria", "diga x"e ouvir o clique ao final. 

Saudade é a primeira coisa que nos passa, mas sinto certa melancolia misturada com nostalgia. A nossa Língua Portuguesa classifica a palavra saudade com algo que não se volta mais. Sendo uma palavra estritamente portuguesa - afinal, os americanos e outros povos, por exemplo, não conhecem tal termo -, penso que quem melhor expressa seu sentido é Chico Buarque ao dizer que saudade é aquilo que sentimos quando arrumamos o quarto de um filho morto. E já passei por algo parecido, portanto quando vejo essa foto, sinto um pouco de saudade também.

Nostalgia é sempre o que sente quem já viveu, afinal todos pensam que àqueles tempos foram melhores do que esses. Não penso exatamente assim, mesmo sendo feliz, pois daí lembro de Fernando Pessoa naquela poesia: "e a alegria de todos, e a minha, estava certa como uma religião qualquer". É mais ou menos assim, quando me deparo com tal imagem, fico feliz de saber que teoricamente estava tudo no lugar, certo e erámos inteiros. A partir daí, a vida vai nos dando calos e rugas no corpo e no coração. E arranca um bons pedaços. Triste?! Não, feliz! Isso é viver!

Sinto melancolia de pensar naquilo que não disse ou não ouvi, em outro dia e enquanto essa vida rolou. E daí entendemos que a gente perde muito tempo em fazer aquilo que menos queremos, ser infelizes. Por que não vivemos tudo mais facilmente? Sem competições, assumindo nossos medos, inseguranças e limitações. Afinal, o que os anos vão nos ensinando é aquilo que Caetano Veloso diz, poetica e lindamente: "Para quê tanta ambição, tanta vaidade? /Procurar uma estrela perdida... /Se até mesmo sempre está a felicidade /São as coisas mais simples da vida". 

São bons tempos, pois a felicidade era aquela casinha simplesinha, com gerânios em flor na janela e uma rede de malha branquinha e (TODOS) nós a sonhar dentro dela". (Mais uma vez Caetano Veloso).
Os netos:
(Baixo pra cima, esquerda para direita)
 Alessandro e Rosiane.  Eu,
Vovó Ione, Fabiano, Yone, Elaine,
Andrei e, no alto, Gláucia.

3 comentários:

  1. Ai..., mamae, crianças, sabe hj eu sei que poderiamos ter aproveitado mais.

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  2. Que lindo. Saudade do tempo na casa dos avos. Saudade do calor da Família .
    Bruna K. Rodrigues

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  3. Este final de semana me peguei revendo os álbuns antigos, na fazenda dos meus avôs.

    Relembrei os momentos, com riqueza incrível de detalhes... tantos detalhes que as emoções de alegria e tristeza se misturaram.

    Tão bom saber que eu vivi aquilo... era como se eu sentisse o cheio daquele tempo. Aquele tempo em que todos os primos se reuniam para as férias... muitas brincadeiras, comilança, bagunça... tudo longe da vista dos pais.

    A saudade veio e bateu forte...

    E ao mesmo tempo em que a saudade batia, fui me lembrando o quanto já mudei, o quanto já vivi... e em que estou me transformando!!!

    Enfim, a gente segue vivendo...
    com os amores e desamores diários!!!

    E que assim seja...

    :)

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