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27 de outubro de 2011

Caminhos ou atalhos - Crônica - Blog e-Urbanidade

O que fazer quando não se tem nada para fazer? Tarefa difícil de responder, pois mesmo no ócio estou sempre envolvido com alguma coisa, tais como assistir um filme pra escrever no blog, ler o jornal - dai foco mais no caderno de Cultura do que em outros - , jogar videogame - que tem sido meu mais novo vício - ou, quem sabe, encontrar algum amigo.

Sou do tipo que tem dificuldade em dizer não para trabalho. Sinto-me "o folgado". Por isso, sempre fiz milhares de coisas ao mesmo tempo. Reconheço que dia desses tive que negar uma função e fiquei sem saber ao certo se era o melhor. Neguei, me senti culpado e algumas horas até me pego pensando: e se tivesse ficado?

Não sou destes que tem medo de ficar sem isso ou aquilo, até me pego pensando se não podia ter um celular mais simples, com um pacote mais barato. Ou que, sabe, tevê a cabo sem tantos canais que só estão lá pra zapear e poder dizer para os outros. Pra quem?

Sei que este meu papo pode configurar em livros ou palestras que podem ir desde autoajuda à discussão religiosa. Mas sempre fui mesmo batalhador e tenho uma certa paúra de gente que não é assim. Mesmo que em alguns momentos tenha uma pouco de inveja e fiquem pensando: como eles são corajosos!

O que sei é que preciso aprender a não só trabalhar. Talvez olhar da varanda do apartamento por alguns minutos seja uma boa estratégia. Talvez uma refeição sem pensar no que terá que fazer daqui meia hora... Quem sabe, fazer coisas diferentes. Ah, dia desses fui assistir uma partida de futebol. Escolhi até torcer por um time, coisa que quem me conhece era impossível.

Penso que essa conversa também tem aquela história de que fazemos muita coisa para nos distanciar de nós mesmos. Acredito em parte, pois também tenho minha hora de terapia. Na verdade, acredito que pra ser feliz cada um cria ou seu caminho. Ou atalho.

Um comentário:

  1. Devo confessar que compartilho com vc o mesmo defeito (ou não, depende do ponto de vista!).

    Sempre estou atolado em trabalho. Sempre muitos projetos ao mesmo tempo... família e agora uma sobrinha, que tem me alegrado a cada dia!!!

    Já me peguei algumas vezes, e até já conversamos sobre isso... sobre essa necessidade que temos em sempre achar que podemos, e devemos, fazer mais, mais e mais...

    Sempre achamos uma brecha, para mais um trabalho, para mais uma ajuda... enfim...

    Dia desses, em meio as minhas muitas viagens a trabalho, tirei uma semana de folga e me mandei para São Paulo.

    Sim, amo essa cidade e mesmo com toda loucura, consegui me recarregar... caminhei pela Paulista, vi filmes fantáticos (coisa que em Brasília, não tem chegado), fui ao show do Eric Clapton, contemplei a chuva pela janela sem me preocupar com o horário do trabalho, caminhei a passos calmos, tomei café, li...

    Fiz coisas que adoro, mas não tenho conseguido ultimamente...

    E assim, acho que vou seguindo meu caminho!!!

    Beijo, meu amigo!!!

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