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26 de dezembro de 2010

Lula - o Filho do Brasil - Blog e-Urbanidade


Lula - o Filho do Brasil
Ontem assisti Lula – O Filho do Brasil. Também não fui ao cinema quando estava passando. E posso garantir que gostei muito do que vi.

A história de Fábio Barreto faz um recorte da relação entre Luis Inácio Lula da Silva, nosso presidente da República até semana que vêm, e sua mãe, interpretada por Glória Pires. Sem entrar em questões políticas, em minha opinião, assistir o filme é uma necessidade de todos brasileiros. É realmente comovente ver que um homem, diante de tantas dificuldades, teimou e chegou lá.

A produção é muito bem feita, destaque para a sonoplastia e as cenas históricas da tevê brasileira quando a família de Lula assiste novela.

O roteiro não é o ponto alto da história, principalmente quando se propões a fazer uma biografia de alguém. Optaram por fazer a apresentação por meio de “mosaicos”, ou seja, breves recortes da história que acaba por não nos pegar emocionalmente. Em minha opinião, a história só emplaca quando começa a história de amor entre Lula e sua primeira esposa, interpretada por Cléo Pires. Mas não chega a nos laçar de vez.

A forma de apresentação não nos deixa nos aproximar do personagem principal, falha que não vemos em alguns filmes que são biográficos. Por isso, talvez, o filme não chegue a uma colocação no Oscar que terá a lista apresentada no final de Janeiro. Até porque também não apareceu na listagem do Globo de Ouro que costuma ser uma prévia do que vêm da Academia americana. Enfim, é um filme bonito, bem executado, mas não chega a ser comovente.

Sobre as interpretações não precisa dizer que Glória Pires está muito bem. Tão bem que chega a incomodar. Se estivéssemos nos EUA, ela levaria o Oscar este ano. Ainda mais quando a vemos em dois papéis tão distintos, como em Proibido Fumar e Lula.

Rui Ricardo Diaz que interpreta Lula dá um show de construção de personagem, principalmente na forma de falar que com o decorrer da história vai mais se assemelhando ao personagem real. Gostei também da interpretação de Juliana Baroni, que vive a atual esposa do presidente, Marisa Letícia. Quanto a Cléo Pires, ainda não gosto muito dela interpretando, me desculpem. Acho que ela está correta, nem mais nem menos.

Se existem falhas no filme, como disse, está na proposta de fazer uma história com muitos recortes e acabar não nos aproximando a história. Mesmo assim, deve ser assistido. É uma bela história! Principalmente pela reconstrução histórica realizada.

E o mais surpreendente são os primeiros créditos do filme ao dizer que foi realizado sem nenhum apoio de verbas públicas. Daí, começa a aparecer um monte de empresas que colocaram seu patrocínio, inclusive a Volkswagem que mostra ser o palco das grandes greves mostradas no filme. Isso pode ser chamado de lobby?

Vale a pena assistir. Faça como eu, não fique sem ver mais esse bom filme de 2010.

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