CURTA NOSSA FAN PAGE

25 de dezembro de 2010

Então é Natal - Crônica - Blog e-Urbanidade

É comum sentirmos uma certa melancolia nos dia do Natal. Acho que é assim com todo mundo. Por ser uma festa tipicamente familiar, a reunião anual representa a contagem dos que sobreviveram e das relações que não ficaram tão afetadas com as confusões comuns entre seres humanos no ano que finda.

É estranho passar pela festa que foi marcada na minha infância com a reunião de uma família grande e diminuí-la aos poucos, a parentes e amigos próximos. Não é uma reclamação! Até porquê o grande segredo da vida é viver sem melancolia com as mudanças que ela nos causam, que muitas vezes podem ser marcadas por parentes queridos que já se foram e outros que vão chegando.

Mesmo assim, porém, um pensamento de melancolia me invadiu este ano, ao ver um pai e seus três filhos andando de bicicleta nova no condomínio em que moro. Imediatamente me veio a imagem da minha infância e como dia 25 era especial, data em que experimentávamos nossas bicicletas, brinquedos e o que mais de divertido possa ter nos ocorrido.

Diante da cena familiar, fiquei pensando: onde será que tomamos a rua em que nos distanciamos daquela alegria infantil? Uma resposta é óbvia, crescemos! E isso faz toda a diferença, a ingenuidade e aquele certo frescor de que já transformou em verso, de Fernando Pessoa, de que a alegria era quase uma religião, acaba mesmo com o decorrer dos anos.

Não, não culpo ninguém. Até porquê tenho me distanciado dessa história de certo e errado. Não existe isso, há escolhas. E elas levam por esse ou outro caminho, nada de certo ou errado. E também, chega de culpar os outros, ando cada vez mais adepto de quem faz a sorte da gente, é a gente mesmo.

Voltando ao assunto da família e as bicicletas, fiquei pensando onde foi que nos distanciamos daquelas pessoas que andamos de bicicleta lá trás? E acho, meu caro leitor, que nós adultos, pais ou mais maduros, temos certa responsabilidade em buscarmos a união. Quantas vezes reclamamos do sobrinho que ainda não chegou para a ceia e, quando estamos juntos, sorrimos parecendo que o mundo é perfeito?

Nós adultos temos uma responsabilidade dupla de trazermos a alegria aos nossos filhos e não deixar que os nossos complexos e medos sejam hereditários, afinal isso um dia nos distanciará e ira nos dar este clima de saudade de momentos que parecem não voltar mais. Ter filhos, ou melhor, ser adulto quando crianças convivem com a gente é uma responsabilidade.

Então, Feliz Natal para vocês. E acredito que quando buscamos algo melhor, sem dúvida nasce uma fagulha de um mundo melhor. E olha que sou bem agnóstico...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário.