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20 de junho de 2010

A Vida Sexual da Minha Tia - Blog e-Urbanidade

Uma coisa posso me gabar, nesta confusão toda que encontra minha vida, tenho conseguido ler, mesmo que seja um capítulo enquanto meus olhos tentam se juntar. Tentam porque a insônia me ataca mesmo, em véspera de inauguração do Morar Mais.

Estou com quatro livros na minha cabeceira e acabo de terminar A Vida Sexual da Minha Tia de Mavis Cheek. Para dizer a verdade, o titulo me chamou muita atenção, tratei de anotar e comprar na próxima ida na livraria, pois trata-se de uma grande editora, portanto fácil de encontrar nas bookstores.

Gostei muito do livro, mas apenas o início e fim. Aliás, ao iniciar senti que estava lendo uma daquelas boas autoras que sabem expressar muito bem o cotidiano de uma relação de muitos anos de casamento. Digo que um dos bons que encontrei até hoje, depois do ótimo Vida Conjugal do mexicano Sérgio Pitol. (Os acadêmicos não me detestem por essa comparação).

O livro retrata a vida de uma senhora, chegando aos sessenta anos, que de repente arruma um amante, mais jovem, claro! Daí ela passa a conviver entre a relação segura do casamento e a diabruras sexuais com o rapaz. E para justificar as saídas de casa, uma explicação simples: fora cuidar da tinha velhinha, que aparece nas últimas páginas, dando sentido a tudo e fazendo a história bobinha virar um bom livro.

Acho difícil dizer: corra, você precisa ler! Mas, também não acho que seja ruim. A narrativa é muito lenta, por isso, os amantes de chick lit – classificação que o livro se encontra, apesar de ser nomeado como um hen lit, uma subcategorização do estilo – podem detestar. Mas devo confessar, também não são todas e todos autores do estilo que me agradam.

Mesmo assim, porém, é boa história para quem é casado, principalmente. E cansou de ler os chick lit recheados de moças por volta dos trinta anos, procurando sentido para sua vida. E normalmente, são bem descompensadas. Por isso, obviamente são muito divertidos.

Penso ainda que o livro merecia menos cinquenta páginas, pois é bem interessante no início e muito melhor no final. O meio é tão sem reversão de expectativa que chega a parecer telenovela na década de 80, com as tais barrigas costumeiras.

Agora o fim é bem divertido, apesar de possível. Assim, fica-se com um sensação de tempo perdido que logo passa. A boa escrita da autora e o retrato de uma relação duradoura fazem do livro uma boa pedida. Preste atenção, boa!

Se você procura um livro com uma personagem adulta e sem muitas maluquicer, dos tais chick lit, este é uma boa escolha e quem sabe, é fisgado de vez pelo estilo. Afinal, acho que nisso cada um deve ter o seu preferido.

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