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20 de março de 2012

O Livro do Boni - Blog e-Urbanidade

O Livro do Boni
Dizem alguns especialistas que assim como a literatura está para os franceses, o teatro para os ingleses e o cinema para os americanos, a televisão está para os brasileiros. Criada a partir do rádio e tendo com uma das suas grandes fontes de criação a telenovela, que também tem características muito específicas por aqui, acompanhar e conhecer um pouco dessa história é um dos enfoques de O Livro do Boni.

Eu gosto do tema, como podem ver na minha estante do Skoob já li, por exemplo, Chatô, o Rei do Brasil de Fernando Morais, A Holywood Brasileira de Marcelo Alencar, O Circo Eletrônico de Daniel Filho, Autores de Memórias da Globo e vários outros. Sou também um entusiasta e apaixonado pela tevê brasileira e Boni traz nessa autobiografia a sua visão de como a nossa televisão se tornou o que é, percorrendo dos anos cinquenta até os dias de hoje.

É dado ao Boni o título de criador do padrão de qualidade da Rede Globo que ele mesmo divide tal glória com tantos outros nomes em seu livro. Claro, ninguém faz nada sozinho. Mas é do autor-autobiógrafo a busca incessante da criação de uma rede nacional, com programas de relevância para todo o território e com qualidade de imagem, som e produção. Sem dúvida, isso a gente percebe muito fortemente na Rede Globo que mostra sempre uma boa qualidade técnica em seus programas, mesmo que questionemos, em alguns casos, o item artístico.

Nascido no interior de São Paulo e começando muito cedo na publicidade, passando pelo rádio e por fim na tevê, O Livro é uma boa sugestão de leitura para quem gerencia ou quer ser líder em negócios ou instituições. A forma incansável em dar sentido a sua carreira fazendo diferença por onde passa são pontos de destaque nessa história.

No livro encontramos histórias do início da Rede Globo, como Boni e seus parceiros criaram o invejável núcleo de teledramaturgia da emissora e também a Central de Jornalismo. Têm curiosidades interessantes, como a criação de propagandas e jingles usados até hoje pelo Omo, Varig e sabonetes Lux e Gessy. Algumas discussões e brigas são esclarecidas e como foi a relação com o dr. Roberto Marinho. Também, como no livro Jornal Nacional, dá uma rápida explicação sobre a edição do JN no debate de Collor e a campanha de Diretas Já. Tudo muito rápido, mas nada que a gente ainda não tenha lido.

Com 352 páginas a leitura é fácil e sem grandes elaborações nas narrativas. Todo o texto vai sendo criado com uma sequência temporal, mas vários momentos são reapresentados a partir de outro tópico que se proponha a contar. A visão é ampla, sem muitos detalhes. E de capa a capa é nos revelado um Boni simpático e sem histórias picantes. Ouvi falar que ele lançará um segundo volume com algumas revelações bombásticas, afinal nesse primeiro ele é um senhor, às vezes, ranzinza, mas sempre boa gente.

Fique atento:
- Na abertura do livro feita por Regina Duarte. Belíssima história.
- Você sabia que Sílvio Santos trabalhou na Rede Globo? Eu não sabia!
- Já imaginou que Dias Gomes, mesmo após levar a Palma de Ouro com o Pagador de Promessa, estava sem grana antes de entrar na Globo?
- Em Roque Santeiro e em outras produções a Rede Globo chegou a 100% de audiência. Não é share! Ou seja, todo mundo estava vendo a novela. Atenção: todo mundo assistia a novela, mesmo quem não tivesse uma tevê em casa.


Boa leitura!

Ficha técnica
O Livro do Boni
I.S.B.N.: 9788577342266

Idioma : Português
Número de Paginas : 352

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