O Palhaço - o filme |
Os últimos tempos tenho pensado bastante sobre aquele negócio que se chama entusiasmo em fazer as coisas. A gente vai sendo levado pelo andar do tic-tac e acaba perdendo o brilho no olhar, não é mesmo? E ontem cheguei ao ponto alto dessa reflexão ao assistir o filme O Palhaço.
Dias atrás ao zapear pela televisão, assisti o programa da Xuxa (sim, é um absurdo!) e estava lá Arlete Sales falando sobre sua vida e personagens. Ao fim do papo ela foi perguntada sobre o que é a felicidade e respondeu que era ter entusiasmo por tudo que se faz.
O filme de Selton Melo retrata exatamente sobre isso, o entusiasmo. Muitas vezes a vida, as necessidades, as pessoas, os familiares ou sei lá mais quem ou o que for nos colocam responsabilidades que nos tiram o ânimo. Hora é um ventilador, hora, um sutiã novo, um amor impossível, uma cidade que deve ir, a lona do circo... e ai, isso vai nos tirando a energia e o entusiasmo pela vida.
Benjamim, personagem de Selton, sofre desse mal, até que é necessário desligar-se e encontrar as suas próprias piadas e saber do que mesmo foi criado. Buscar seu próprio entusiasmo. E assim, prosseguir...
Entusiasmar-se pelas coisas que fazemos não é tarefa fácil, mas é a fonte da alegria. Enquanto não encontramos, viramos autômatos, fazendo e refazendo coisas sem sentido e acabamos, como O Palhaço, perdendo o sorriso e alegria de viver e prosseguir.
O Palhaço é uma parábola que retrata sobre isso. Dirigido e interpretado por Selton Melo, no elenco além de atores fantásticos, uma homenagem a vários comediantes brasileiros. Com um ritmo um pouco mais lento do que é normal, temos que ser levados pela emoção da história que não está na ação, mas no olhar.
Fabiana Karla está em uma das cenas mais emocionantes do filme |
Entre as cenas mais bonitas, destaco duas. A primeira delas, a cena de Selton e Fabiana Karla, tão simples e sensível que quando vi, as lágrimas já saiam, ao ver um rapaz pressionado por tantas responsabilidades que nem sabe mais curtir a vida e seus prazeres. E a segunda, o olhar de pai e filho quando Benjamin volta ao circo. E fique de olho na qualidade técnica da última cena feita sem cortes. Linda! E quando a música sobe, com os créditos, a gente consegue entender o filme e a metáfora do ventilador.
Vamos lá, pessoal. Encontrar o entusiasmo da vida.
Minha opinião: :D
O que dizer desse filme?!
ResponderExcluirSimples, singelo, inspirador... diria até motivador!!!
Quantas vezes não nos pegamos com os mesmos dilemas??
Sabemos tanto fazer tal coisa, que esquecemos o prazer com o qual, fazíamos tudo aquilo... e ai, pressionados, precisamos nos reencontrar.
Ri e me emocionei muito no cinema...
as cenas que vc destacou, são excelentes (ainda bem que não li antes, para não me influenciar... rs)...
E a última cena... uau... as lágrimas foram muitas!!!
Enfim... aquele tipo de filme para se rever, qdo nos sentimos perdidos!!!
:)