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18 de setembro de 2011

Uma Manhã Gloriosa - Blog e-Urbanidade


Filme Uma Manhã Gloriosa
Após perguntarmos para alguém a sua opinião sobre algum filme, você já deve ter ouvido aquela expressão: “É bem sessão da tarde”. OK, imediatamente você entende que não é uma grande história e se não tem nada para fazer, pode ser a sua antepenúltima opção. Muito bem, é assim que defino o  livro Uma Manhã Gloriosa de Diana Peterfreund baseado no roteiro do filme de Aline Brosh McKenna.

Tudo bem que eu deveria ter percebido que o negócio não era bom, tendo em vista que o livro fora criado exatamente após o roteiro do filme, e levar compradores incautos – como eu – a gastar sua grana. Tudo a partir da chamativa capa com Diane Keaton e Harrison Ford. Ah, também devo dizer que até li umas críticas positivas por aí.

O livro conta a história de uma executiva de tevê que acorda muito cedo e dirige um dos programas mais falidos da tevê norte-americana. Lá pelas tantas ela fica desempregada e lhe aparece uma única oportunidade em NY – coitadinha! - e numa emissora em que o dono só quer fazer sua derradeira tentativa para colocar algum programa mais lucrativo no ar.

Você é capaz de ler o livro rapidamente. E olha que não ando aquele leitor contumaz e que lê muito.  Mas, consegui fazer toda a leitura em menos de dez dias. Não que a história seja construída cheia de ganchos, te deixando ansioso pela próxima parte. Muito pelo contrário,  é tão simples e o único gancho que encontrei foi: será que ficará melhor em seguida?

Mesmo partindo de uma relação inversa, ou seja, normalmente criam-se filmes a partir de livros, nada empolga muito. Não sei se posso dizer que há clichês demais, mas ando com uma certa impaciência com esses livros de “heroínas” (que os chick lit insistem em repetir) descabeçadas e abobalhadas e são salvas pelos acontecimentos e não por suas próprias escolhas. 

Continuo achando que essas narrativas muitas vezes são desenvolvidas por autores incapazes de criar protagonistas fortes e que mesmo que sejam engraçadas e com características de antiheróis, elas (ou eles) precisam ser capazes de resolver seus problemas e não apenas serem reféns de acontecimentos do destino. Por isso, não gosto mesmo da série de livros  O Diário de Bridget Jones, mas gosto muito de O Diabo Veste Prada. Ah, também Marian Keyes, penso eu, só consegue criar heroínas realmente bem construídas a partir de Férias!. Até antes dona Keyes bebe da fonte dessas protagonistas chatinhas e perdidas. E que infelizmente muita gente repete e repete e repete em vários lançamentos.

Voltando ao assunto... Nem sei mais se quero assistir a versão do cinema de Uma Manhão Gloriosa. (Aliás, deve-se dizer, que o filme também passou rapidamente por aqui.) Mesmo que pareça muito interessante ver na capa tantas estrelas do cinema internacional e gostar deles, não compre o livro. Guarde sua grana e prefira até assistir a sessão da tarde. Seu rico dinheiro será melhor aplicado. 

Minha opinião: ¬¬

Um comentário:

  1. ja assisti ao filme desavisadamente e tive a sensaçao de perder meu tempo. pelo menos perdi 2 horas, e nao 10 dias!
    vou te recomendar um livro que comecei a ler mas, por causa do mestrado, parei e nunca mais continuei: A revolta de Atlas, Ayn Rand. Este livro foi escrito ha um bom tempo, mas dados os últimos acontecimentos no Brasil é até difícil elencar textos que mais se ajustem ao nosso cotidiano.
    se voce vier a Brasilia em breve, pegue emprestado comigo.
    beijao

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