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3 de agosto de 2011

Sem Pensar - Blog e-Urbanidade


Assisti há pouco tempo a peça Sem Pensar com a atriz Denise Fraga no teatro TUCA em São Paulo. Com temporada que termina em setembro, fui, com uma certa expectativa, assistir o texto que é uma estreia do consagrado diretor de cinema Paulo Villaça ao teatro e também por tratar da tradução de um texto que tem feito muito sucesso em Londres.

A montagem acontece em vários planos, com um palco aberto e mostrando vários ambientes ao mesmo tempo. Tal proposta dá uma certa agilidade a montagem, principalmente nos fins de cada cena, onde é feita a troca de roupas, cenários e peças cenográficas. Uma boa ideia!

Denise Fraga reina absoluta no texto. Não tenho muita dúvida que ela leva o espetáculo nas costas, sendo que os outros atores, principalmente seu marido (Kiko Marques), servem apenas de escada para seus bons momentos, que não são poucos. Não que os outros companheiros de cena não estejam bem construídos, dirigidos ou coisa do gênero, mas o espetáculo é totalmente construído sobre a atriz.

A história é de uma família comum, sem grana, com uma filha, e precisa aceitar a presença de um rapaz alugando um quarto para ajudar nas despesas. O casal briga a todo momento e a garota, uma típica integrante da juventude atual, se apaixona pelo rapaz. Mas não se estresse, ela tem doze anos (e acaba de completar treze) e vai criar apenas confusões medianas, nada demais.

O ponto alto de tudo são as cenas dos casais. A autora inglesa Anya Reiss trabalha no seu texto a partir de uma premissa básica: qualquer coisa sempre vai nos apontar para as nossas dores. É mais ou menos assim, até mesmo a escolha ou não de um café pela personagem principal, vai levar a uma discussão sobre a recente traição do marido. Pode acontecer alguns perdões, mas ela sempre está lá. Exposta!

Quem sou eu para dizer que não é uma grande dramaturgia. E ainda mais fazendo sucesso em Londres? Poderia dizer que se trata de quase uma crônica da juventude atual e também dos casais. Mas fiquei com gostinho de “podia ter algo mais”. Quem sabe, aprofundar mais no conflito?

É perfeito para levar os filhos e também o marido ou esposa. Não chega a ser um grande espetáculo e, como já disse, todo o sucesso se deve a direção, cenografia e a atuação de Denise Fraga. O texto é bom! Nada mais, não consigo achar grandes qualidades, desculpe! (Paulo e Denise, será que não tem bons dramaturgos no Brasil?)

Vão lá conferir e fica até setembro!

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