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14 de janeiro de 2017

Animais Noturnos de Tom Ford - Blog e-Urbanidade

Animais Norturnos
O que se espera ao assistir um filme de Tom Ford? Obviamente, um impecável cuidado estético com cada cena, desde a fotografia aos melhores enquadramentos, passando por lindos figurinos e locações com belos prédios. Mas, o diretor, mais uma vez, depois de Direito de Amar, traz um história cheia de conflitos psicológicos, sem clichês e forte!

Dessa vez, estrelado pela a atriz do momento Amy Adams e Jake Gyllenhaal, o filme é cheio de camadas e contado em três partes. Na primeira, fio condutor principal da história, Susan (Amy) recebe o manuscrito do livro do seu ex-namorado Edward (Jake), dedicado a ela. A partir daí, são apresentadas as histórias do livro e flash-backs da história do casal.

Por meio de um suspense psicológico, vai sendo descortinado uma relação vigorosa e traumática entre o casal, em que a arte parece ser uma forma de catalizar e expressar sentimentos ditos e não ditos. Isso foi o que mais me impressionou na construção do roteiro, que concorreu ao Globo de Ouro 2017.

A película ainda conta com dois personagens muito bem construídos e interpretados: Ray, intepretado por Aaron Taylor-Johnson que levou o Globo de Ouro 2017 de melhor ator coadjuvante nesse papel e; Michael Shannon, o xerife. Já Amy não me impressiona diante de tantos choramingos - sem dúvida, ela está melhor em A Chegada - e Jake está bem, como sempre, mas sem sobressaltos de interpretação.

O cenário do livro de Edward é centrado em locações áridas do Texas, o que é inesperado ao tratarmos de Tom Ford, contrastando claramente com as belas locações das outras duas histórias. Mas quando os créditos são apresentados, tal escolha é fundamental para a construção de toda história. Isso é brilhante no roteiro.

Alguns momentos são imperdíveis do longa-metragem como a cena de abertura, feita com a dança sensual e contraditória de mulheres gordas que segundo Ford trata-se de uma crítica à sociedade americana; a curta participação de Laura Linney, em uma única cena, hilária e cruel; e a cena final, um anti-clímax..

Com certeza é dos bons filmes do momento e deve aparecer em algumas listas do Oscar de 2017, mesmo não tendo muito êxito no Globo de Ouro. A possibilidade de percebermos a arte como uma forma de expressar, e até mesmo resolver conflitos e dores, é o elemento mais fascinante em Animais Noturnos.

Não deixem de ver!

Minha Opinião
:)

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