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29 de março de 2012

As dez coisas pelas quais vale a pena viver - Blog e-Urbanidade

O grande cronista Rubem Braga, certa vez, escreveu as dez coisas pelas quais vale a pena viver. Li e não sei tirar nada daí.
São elas:
1ª) Certas comidas da infância: aipim cozido, ainda quente, com melado de cana, por exemplo.
2ª) Sair pela primeira vez pelas ruas de uma cidade estranha.
3ª) Receber uma bola imprevista no meio da rua e responder com um chute perfeito.
4ª) Ler, pela primeira vez, um bom poema.
5ª) Ou uma bela prosa.
6ª) O momento em que um grande amor vira uma grande amizade, e aquele em que uma grande amizade vira um grande amor.
7ª) Desapaixonar-se por uma mulher que apenas lhe causa aflição.
8ª) Viajar.
9ª) Voltar.
10ª) Para um europeu, voltar para Paris; para um brasileiro, voltar para o Rio de Janeiro.

Nos próximos dias vou escrever um post para cada uma dessas melhores coisas, em minha opinião. E para você?

Acompanhem!

Crônica Lost in Chick Lit 2 - Blog e-Urbanidade

Está no ar, no Lost in Chick Lit, a minha crônica desta quinzena:

Simplificar é preciso...

Dia destes uma amiga me chamou para conversar. Tema da noite: a sua recente separação após anos casada. Fiquei um pouco assustado sobre aquele fim repentino. Então, ouvi todos os detalhes daquele término chato, mas necessário para o caso dela. Como não disse o nome da amiga posso revelar o motivo, separaram por causa daquelas coisas mais que esperadas: brigas por causa de coisas triviais, entendimento que nunca chegava e um “cansei!” para encerrar. Perguntei se tem outro, disse-me que tem um caso pintando. Claro que insisti na questão se isso a motivou, ela me disse, de pé junto, que não tinha nada a ver. (continue lendo)

20 de março de 2012

O Livro do Boni - Blog e-Urbanidade

O Livro do Boni
Dizem alguns especialistas que assim como a literatura está para os franceses, o teatro para os ingleses e o cinema para os americanos, a televisão está para os brasileiros. Criada a partir do rádio e tendo com uma das suas grandes fontes de criação a telenovela, que também tem características muito específicas por aqui, acompanhar e conhecer um pouco dessa história é um dos enfoques de O Livro do Boni.

Eu gosto do tema, como podem ver na minha estante do Skoob já li, por exemplo, Chatô, o Rei do Brasil de Fernando Morais, A Holywood Brasileira de Marcelo Alencar, O Circo Eletrônico de Daniel Filho, Autores de Memórias da Globo e vários outros. Sou também um entusiasta e apaixonado pela tevê brasileira e Boni traz nessa autobiografia a sua visão de como a nossa televisão se tornou o que é, percorrendo dos anos cinquenta até os dias de hoje.

É dado ao Boni o título de criador do padrão de qualidade da Rede Globo que ele mesmo divide tal glória com tantos outros nomes em seu livro. Claro, ninguém faz nada sozinho. Mas é do autor-autobiógrafo a busca incessante da criação de uma rede nacional, com programas de relevância para todo o território e com qualidade de imagem, som e produção. Sem dúvida, isso a gente percebe muito fortemente na Rede Globo que mostra sempre uma boa qualidade técnica em seus programas, mesmo que questionemos, em alguns casos, o item artístico.

Nascido no interior de São Paulo e começando muito cedo na publicidade, passando pelo rádio e por fim na tevê, O Livro é uma boa sugestão de leitura para quem gerencia ou quer ser líder em negócios ou instituições. A forma incansável em dar sentido a sua carreira fazendo diferença por onde passa são pontos de destaque nessa história.

No livro encontramos histórias do início da Rede Globo, como Boni e seus parceiros criaram o invejável núcleo de teledramaturgia da emissora e também a Central de Jornalismo. Têm curiosidades interessantes, como a criação de propagandas e jingles usados até hoje pelo Omo, Varig e sabonetes Lux e Gessy. Algumas discussões e brigas são esclarecidas e como foi a relação com o dr. Roberto Marinho. Também, como no livro Jornal Nacional, dá uma rápida explicação sobre a edição do JN no debate de Collor e a campanha de Diretas Já. Tudo muito rápido, mas nada que a gente ainda não tenha lido.

Com 352 páginas a leitura é fácil e sem grandes elaborações nas narrativas. Todo o texto vai sendo criado com uma sequência temporal, mas vários momentos são reapresentados a partir de outro tópico que se proponha a contar. A visão é ampla, sem muitos detalhes. E de capa a capa é nos revelado um Boni simpático e sem histórias picantes. Ouvi falar que ele lançará um segundo volume com algumas revelações bombásticas, afinal nesse primeiro ele é um senhor, às vezes, ranzinza, mas sempre boa gente.

Fique atento:
- Na abertura do livro feita por Regina Duarte. Belíssima história.
- Você sabia que Sílvio Santos trabalhou na Rede Globo? Eu não sabia!
- Já imaginou que Dias Gomes, mesmo após levar a Palma de Ouro com o Pagador de Promessa, estava sem grana antes de entrar na Globo?
- Em Roque Santeiro e em outras produções a Rede Globo chegou a 100% de audiência. Não é share! Ou seja, todo mundo estava vendo a novela. Atenção: todo mundo assistia a novela, mesmo quem não tivesse uma tevê em casa.


Boa leitura!

Ficha técnica
O Livro do Boni
I.S.B.N.: 9788577342266

Idioma : Português
Número de Paginas : 352

18 de março de 2012

Hell - uma construção cinematográfica para o teatro - Blog e-Urbanidade

Fui assistir um espetáculo instigante, Hell com Bárbara Paz e com o sem graça Paulo Azevedo. Com adaptação e direção do marido dela, Hector Babenco, o texto original é do livro homônimo da escritora francesa Lolita Pille e mostra como a vida de uma juventude rica pode ser trágica e devastadora.

No palco uma montagem construída a partir de dois elementos básicos: o texto e a Bárbara Paz. Hector criou um espetáculo visual que em alguns momentos lembra a fotografia de cinema, perceptível em momentos como a primeira transa em Hell e Andre e os vários looks vestidos pela moça ao encontrar amigos e a família.

Sem dúvida, o texto é ótimo e coloca a gente de frente com a realidade entre a sempre luta de classes e percebemos a futilidade da ostentação, mesmo que em alguns momentos possamos cair na forma simplista de achar que os ricos sempre são infelizes. Mas, não deixa de nos mostrar que uma vida vazia pode nos levar ao um caminho sem saída.

Bárbara dá um show de interpretação e, sem dúvida, ela termina o espetáculo arrasada diante daquela figura que nos apresenta que se descontrói e se acaba diante do expectador. Fascinante a sua construção física e marcante a cena em que ela fala sobre a la Traviata. O tom acima dado pela direção e as falas sempre ditas num ritmo acelarado marcam a construção do personagem e Paz consegue fazer de forma exemplar.

Fique atento ao figurino de Renata Correa que é realmente de encher os olhos, a transparência da maioria das roupas é marcante e ressalta a "nudez" da personagem e a boa forma da atriz. A iluminação não tem como objetivo dar volume ao espetáculo, mas marca as falas e os vários quadros que são cortados por constantes blackouts.

O espetáculo tem muitos cortes e cansa um pouco. Também não me identifiquei com a personagem, mesmo que não tenha nada a ver com ela, mas um dos grandes sentidos da arte é a gente, de alguma forma, criar uma ligação com o protagonista. Mas, fiquei impressionado e é um espetáculo que vale a pena ser visto por tudo que foi dito acima, mas principalmente pela construção cinematográfica-teatral de Babenco e a entrega fascinante de Bárbara ao personsagem.

Minha opinião: 
: ) Ótimo, saia de casa!


Serviço:
Livraria Cultura - Conjunto Nacional Teatro Eva Herz
Av. Paulista, 2.073 - Bela Vista - Centro. Telefone: 3170-4033.
Aceita os cartões Amex, Diners, MasterCard, Visa. Ingresso: R$ 70.

Não aceita cheques. Não aceita reservas. Tem ar-condicionado. Não vende ingresso pelo telefone. Tem acesso para deficiente. Proibido fumar. Tem local para comer. 168 lugares.
Estac. (seg. a sex., R$ 12 a 1ª h e R$ 6 p/ 2 h mais h adicional; sáb. e dom., R$ 15 p/ 12 h).

Quando: sexta e sábado: 21h.
domingo: 19h.
até 15/4

16 de março de 2012

Brincando com Fogo - Teatro - Blog e-Urbanidade

O cenário é uma casa à beira-mar. Lá, um casal é obrigado a confrontar-se com os vícios e as dinâmicas de poder que regem sua relação. Eis aí, grosso modo, o enredo de Os Credores, um dos mais reverenciados textos de August Strindberg. Mas a mesma sinopse também serviria para dar conta de outra obra, menos conhecida, do dramaturgo sueco: Brincando com Fogo, espetáculo que entra em cartaz hoje, no Sesc Pompeia.

Poucas vezes encenada - e inédita no Brasil -, a peça é uma das raras incursões do autor pelo universo cômico. Na atual montagem, assinada por Nelson Baskerville, o humor insinuado no original merece reforço. O absurdo ganha contornos mais nítidos. O ridículo das desavenças amorosas parece amplificado.

É curioso como, seja na comédia seja no drama, Strindberg manipula basicamente os mesmos temas. E, mais intrigante ainda, como essas questões persistem quase como enigmas insolúveis. "As dificuldades de se relacionar continuam e só se acirraram", observa Baskerville.

O ano de 2012 marca o centenário da morte do autor. Ainda hoje, porém, sua ficção continua a servir de subsídio para as reflexões que tecemos sobre os enfrentamentos entre os sexos, sobre as práticas de dominação e submissão que regem situações sociais e privadas.

Serviço:
BRINCANDO COM FOGO - Sesc Pompeia. Rua Clélia, 93, 3871-7700. 6ª e sáb., 21h30. Dom., 19h30.
Ingressos: R$ 20. Até 8/4.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

12 de março de 2012

W.E. - o Romance do Século - Blog e-Urbanidade

W.E. - O Romance do Século
Até que ponto somos capazes de viver ou “pagar” por um grande amor? Essa é a pergunta que permeia o novo filme da multimídia Madonna, W. E. – O Romance do Século. Mesmo que eu tenha me surpreendido com a película e pense que seja uma ótima realização, a crítica não tem se empolgado muito e muitas pessoas saíram da sala do cinema antes do fim. Para dizer a verdade acho que é pura impaciência e depois ficam babando ovo pelo O Artista que eu detestei... Bom, isso é outro assunto.

Madonna conta a história de duas mulheres que vivem uma coisa em comum: a busca pelo amor. E muitas vezes, essa busca pode nos salvar, mas também nos abafar. Na tela, em primeiro plano, o amor do rei Edward e Wallis, a que levou o rapaz a deixar o trono inglês para viver seu romance com uma mulher americana e casada. Seria isso uma dádiva ou uma prisão?

Para contar esta história, outra moça, nos dias de hoje, sofre com seu casamento com aquelas questões triviais, ou seja, deseja realizar o sonho do príncipe encantado, vivendo com um psiquiatra que só pensa em trabalho e não a procura mais sexualmente por medo de engravidá-la. Entra as idas e vindas, nasce um amor tranquilo – e talvez mais fácil de se viver – com o segurança da exposição de Wallis e Edward.

O filme é bem bonito, boa fotografia, figurino espetacular e com linguagem de videoclip. Reconheço que perde um pouco o ritmo em alguns momentos pelos excessivos cortes e aquela sensação de que estamos chegando ao fim e não se chega. O roteiro é um pouco inseguro, não sabemos o que aquela moça busca ao se aproximar tanto da história de amor de W. E.. Não fica muito claro o que liberta a mocinha para viver o seu amor, após ler as cartas de Wallis e, sinceramente, o que ela encontra são mais elementos do perigo de se viver um grande romance e, por isso, fugir dele talvez fosse melhor solução.

Maldito ou bendito amor? Essa é a grande questão do filme. É preciso saber que caminho trilhar, pois muitas vezes uma dessas histórias ao invés de ser uma grande dádiva pode ser uma prisão. E como já dizia Vinícius de Moraes e que poderia aparecer nas palavras finais do filme: “Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor”

Recomendo, mas vá com calma. Aprecie as imagens, a música e veja como um lindo romance moderno. Fique de olho nos detalhes da filmagem, hora nas alianças, nas mãos, nos olhares... Não exija muito do roteiro e saia pensando no grande amor da sua vida.

Minha opinião:
:] Bom! Pode ser…