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19 de julho de 2011

Mudar... - Crônica - Blog e-Urbanidade

Mudar não é uma tarefa das mais fáceis. Digo isso porque já o fiz algumas vezes. Uma vez de cidade, indo de Goiânia para Brasília e agora, Brasília para São Paulo. Também mudei de casa várias vezes, principalmente em Brasília. E olha que quando era criança, tive verdadeiro medo de sair da nossa primeira casa, para um apartamento no centro da capital goiana.

Mudar tem lá seus atrativos, mas exige um pouco de coragem e por consequência ganhamos um pouco de estresse, já dizem os especialistas. Exige uma faxina, jogar muitos papeis fora, se livrar de móveis antigos, contratar o caminhão de mudança e encontrar alguns objetos queridos quebrados na residência nova.

Exige fazer novos caminhos, diferentes daqueles que estava acostumado. Claro, que isso faz um certo bem para a cognição, pelo menos é o que diriam os psicólogos comportamentais, cognitivos. Estou certo? Bom, mas não vou entrar nesse ponto, mas para não causar confusão, procuro sentar em lugares diferentes na sala de aula,  tomo banho em banheiros diferentes na academia... Bom, nunca faz mal precaver, assim como chupo caroço de romã no réveillon!

A história na verdade é que as mudanças fazem bem, exigem um novo olhar sobre tudo. Quando somos turistas as coisas sempre tem um certo clima de nostalgia ou de “vou aproveitar, afinal sei lá quando poderei ter novamente”. Quando estamos por aqui, as coisas talvez percam um pouco o seu fascínio. Acho que isso é normal com todo mundo.

Mesmo assim, porém são muitas as tarefas quando se muda. Colocar móveis no lugar, esperar por técnico do gás – aliás, é quase uma novela ter um fogão novo em cidade de gás encanado, recebi tanto técnico pra fazer tanta coisa no pobre do eletrodoméstico que na próxima vez vou comprar um elétrico. E o melhor, são os tais porteiros, faxineiros e quem mais vá te atender no dia a dia. Tem dos escatológicos – "isso vai demorar vinte dias para chegar" – aos que dão jeitinho para tudo, pagando uma boa grana, claro.

O que tenho a dizer que mudar é bom, mas não é fácil e dá um frio na barriga. É comum nos perguntarmos: será que estou fazendo a coisa certa? Mas é melhor não pensar nisso. Sempre o ideal é tocar pra frente, talvez ao som de Almir Sater: "Ando devagar/
Porque já tive pressa/
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais". (Antes que alguém se assuste, não ando chorando. E também não mudei totalmente).

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Calebe deixou um recado ótimo no post anterior. Vale a pena ler, gostei muito: ''sonhar grande dá o mesmo trabalho de sonhar pequeno''.

De Almir Sater para Fernando Pessoa e fechamos com chave de ouro, então:

Para ser grande, seja inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Seja todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

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