Antes mesmo que saísse na mídia sobre o livro a A Viúva Clicquot: a história de um império do champanhe e da mulher que o construiu me deparei com o volume na livraria e achei que poderia ser interessante. Não sou muito chegado a vinhos e acho que conhecimento, história e fatos reais nunca incomodam ninguém.
Primeiro, preciso dizer que tenho aprendido muita coisa com a história, até estive visitando a vinícola Casa Valduga, em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, e acabei percebendo algumas coisas do livro lá e o método de produção do espumante, ainda semelhante ao da Viúva Cliquot.
O livro é escrito por uma professora universitária, pesquisadora do tema, e é bom. Porém, devo lhe dizer que não anda me empolgando. Vou terminar, sim. Mas têm horas que falta a autora um pouco de “romance” e menos a sensação de lermos uma dissertação de mestrado. Ah, a crítica especializada adora o livro... Acho que talvez me falte isso.
O início, antes dos momentos glamourosos da champanhe, a autora repete tanto a mesma coisa que chega a incomodar. Eu que não sou “especializado” já sabia – após milhares repetições – do clima quente e frio que fazem estourar as garrafas e bla-bla-bla. Tive vontade de desistir ali, mas continuei.
Claro, que falar que Ruy Castro, por exemplo, que sabe contar como ninguém uma biografia, é chover no molhado. Mas faltou a autora elementos da ficção. Sabe como é, alguma virada, alguns ganchos e, quem sabe, usar um pouco de folhetim para contar a história. Isso não é pecado quando procura-se escrever uma história real.
Bom, acho que é uma boa leitura, pra quem quer saber mais sobre as bolhinhas mágicas, mas não vá esperando uma narrativa marcante, apenas lerá uma bom relato que seria um achado nas mãos de um bom contador de histórias.
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