É verdade que tenho a maior ojeriza a esta onda de que todo mundo quer ser chique. Termos como “vip”, “exclusividade”, “in”, “luxo”... me dão um friozinho na espinha. E os termos em inglês?! Hoje em dia você espera no restaurante num lounge e não numa espera. Se trabalha em casa, tem um home-office...
Acho tudo isso um saco! E torna-se ainda mais chato quando as pessoas que fazem isso, são oriundos da classe média. Aliás, andei lendo dia desses que nessa classe estão os maiores sofredores, pois não tem dinheiro para bancar esta vida de luxo, mas fazem questão de gastar como se fosse. Conclusão: estoura cartão de crédito e não vive uma vida de acordo com suas reais condições financeiras.
Não pensem que sou diferente, amargo mês-a-mês também nessa mesma condição.
Por isso, achei super bacana a matéria da Folha de hoje, no caderno especial de toda segunda-feira , o New York Time, sobre o bar Superdive, recém inaugurado em NY.
Trata-se de um lugar totalmente out. É assim: você pode pular para dentro do balcão e fazer sua própria bebida. Se quer sentar, pode pedir um chope ou um barril, que a atendente vem até a mesa e deixa lá. Algo do tipo “se vira, negão!”.
Se quer ouvir uma música, pegue o piano encostado numa das paredes e pode fazer sua apresentação, com direito a palmas, se merecer. A filosofia do local foge da linha: “exclusivo”, “fila de espera”, “reserva”... Lá o tema é ser amistoso e inclusivo. Todo mundo pode entrar, sentar e curtir.
Parece meio anárquico, mas mostra que tem mais gente de saco cheio, né? Será que este pessoal já conhece o Beirute ou o Bar Ceará?
Superdive
200 Avenue A
(between 12th and 13th)
East Village
New York, NY 10009
646-448-4854
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