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29 de janeiro de 2017

Esther Rooftop - Blog e-Urbanidade

Restaurante Esther Rooftop
Esther Rooftop é a mais nova casa do chef Olivier Anquier em São Paulo e traz o conceito do tradicional bistrô francês para o centro de São Paulo.

Veja aqui 7 motivos que podem fazer valer a pena ir conferir Esther Rooftop.

1) Ocupação do centro da cidade.  Localizado à beira da Praça da República, no décimo primeiro andar de um prédio residencial, além de ter um ar deslocado, é mais uma daquelas propostas de fazer com que o paulistano usufrua da sua cidade.

2) Seguro.  Fui à noite e fiquei um pouco inseguro,  mas a casa oferece um estacionamento com seguranças a espreita. Quando chegamos lá, não havia mais vagas no estacionamento. Deixamos na rua, bem próximo, mas os seguranças nos acompanharam tanto na chegada e saída. Nem por isso não deixamos de ver um casal de transeuntes bem animado na calçada.

3) Bar.  Nossa espera durou mais de uma hora e meia, mas seguimos firmes pois estávamos em uma turma grande e a hostess também nos precaveu sobre essa possível demora. No grande balcão que circunda o restaurante serve-se diferentes bebidas, drinks e vinhos, expostos em uma adega aberta no hall. O atendimento foi bem educado em todas as nossas investidas. Ah, achei bem estranho o tal mojito que leva casquinha de sorvete e marshmallow!

4) Entradas.  Não pedimos entrada porque ao chegarmos à mesa, depois daquelas quase duas horas de espera, já nos informaram que a cozinha fecharia em minutos. Mas, as opções pareciam bem interessantes.

5) Os pratos principais.  Nos pratos principais uma opção de risoto, duas de carne de porco (bochecha e barriga), rins e timo, frutos do mar variados, um peixe, cordeiro e, obviamente, um entrecôte. Sinceramente, mesmo gostando muito de restaurantes que possuem menu enxuto (conceito de um bistrô), achei as opções um pouco reduzidas e sem grande empolgação, sem massa e com duas opções de porco.

Como estávamos em uma turma grande, deu para experimentar quase tudo. As duas pessoas que pediram a caldeirada de frutos do mar ficaram um pouco decepcionadas. Minha bochecha de porco estava ótima com um caldo que recebia a carne e as batatas simplesmente divino.

6) Sobremesas.  A sobremesa também foram variadas e acabamos experimentando quase todas. Nota máxima para a torta de chocolate e rabanada (brioche). Nossa amiga que pediu a pavlova ficou com cara de tacho. Não curtiu mesmo! Eu pedi o velho creme brullè que estava ok! Também o que de impacto se espera ao escolher um creme brullé, não?

7) Bom para almoçar e jantar. Várias pessoas nos recomendaram voltar para almoçar tanto durante a semana ou no fim de semana. Durante a semana tem o executivo que custa R$ 69,00 (preço janeiro/2017) e parece bem movimentado.

Devo voltar um dia, porque gostei do lugar, apesar de achar a experiência ok, sem grandes emoções.

Serviço:
Esther Rooftop
Pça. da República, 80, República
3256-1009
Horário de funcionamento: 12h/15h e 18h/23h (sáb., 12h/1h; dom., 12h/18h).
Não tem serviço de valet.
Facebook: https://www.facebook.com/Esther-Rooftop-618432671638652/

28 de janeiro de 2017

Felicidade ou Morte - Karnal conversa com Clóvis - Blog e-Urbanidade

Livro Felicidade ou Morte
Sem dúvida, o historiador Leandro Karnal se tornou a nova Clarice Lispector das redes sociais. Ele está em todos os lugares, com citações, vídeos e conhecimento. Assim, escolhi na bancada da livraria Felicidade ou Morte em que trava um debate com o filósofo Clóvis de Barros Filho sobre, nada mais nada menos, a felicidade.

Com poucas páginas e letras bem grandes a leitura pode ser bem rápida, porém nada rasa. Os dois autores dividem a discussão em cinco temas: 1. O vazio da felicidade; 2. Ser feliz ou ser livre? 3. A infelicidade do outro; 4. Felicidade e Amor; 5. A felicidade aqui e agora.

Como sempre, Karnal e Clóvis tocam em temas e assuntos bem eruditos, tornando mais palatável com seus bons exemplos e metáforas. Por exemplo, ao comparar a felicidade de um humano e um salmão.

Não quero dar spoiler para quem for ler o livro, mas o que achei mais interesse em toda a discussão refere-se a "pensar" a felicidade, antes de mais nada, como um traço histórico e social. Assim, níveis e tipos de felicidade podem ser alterados em épocas e sociedades diferentes. Também gostei do repúdio ao buscarmos ser feliz na base cristã, ou seja, primeiro sofre-se para chegar ao paraíso.

Um tanto hedonista em algumas conclusões, Clóvis postula "Eu ainda prefiro a alegria de uma semana inteira de trabalho do que happy hour de sexta-feira depois das 18 horas, apenas para fazer uma pequena observação". Tenho falado muito sobre isso com os amigos na mesa do bar!

Recomendo a leitura mesmo sabendo que talvez não encontre a felicidade, mas dará de frente com opiniões fortes, claras e inteligentes. Talvez em alguns momentos os autores nos fazem pensar pelo inverso, ou seja, sobre o que não é felicidade. Particularmente gosto muito quando se pensa racionalmente sobre questões nada racionais. Felicidade ou Morte é uma leitura necessária.

Boa leitura!

Editora: PAPIRUS 7 MARES
Coleção: PAPIRUS DEBATES
Edição: 1
Assunto: Filosofia
Idioma: PORTUGUÊS 
Ano: 2016
Nº de Páginas: 96

25 de janeiro de 2017

La La Land - Blog e-Urbanidade

Filme La La Land
La La Land é um bom musical? É um bom musical. Tem bons atores e direção? Tem bons atores e direção. É bonitinho? É bonitinho. Tem uma história original e até surpreende? Tem, sim. Mas, te empolgou? Não. Saí do cinema bem decepcionado diante de tantos elogios lido e ouvido.  E nem vamos questionar as quatorze indicações ao Oscar 2017, pois já detestei muitos filmes que levaram muitas e muitas estatuetas.

O filme conta a história de um casal muito bem interpretado por Ryan Gosling e Emma Stone em torno da busca da felicidade no amor e na carreira. Contada por meio das quatro estações e termina no inverno, portanto o final pode não ser tão animado.

Eu gosto de musicais em cinema, por exemplo, Moulin Rouge continuará sendo meu preferido. Mas, La La Land tem seus pontos positivos. Além do elenco já falado, da direção do ótimo Damien Chazelle que já tinha gostado bastante em Whiplash, o roteiro é inovador, com algumas sequências muito bem construídas. Também o roteiro brinca com alguns clichês dos filmes musicais, sempre procurando inovar na linguagem.

Mesmo que alguns tenham já se desesperado no plano-sequência de dez minutos na abertura do filme, sinceramente considerei um dos pontos altos do longa. inclusive pelas características técnicas para realizá-lo. Também é muito bem feita a reconstrução da história do casal quase ao final, quando se reencontram. Ajuda a aumentar o suspense sobre o "the end".

O filme não é feito apenas de canções, isso também deve ser levado em conta pra quem detesta musicais, pois há uma boa mistura de sequências de falas e canções. Inclusive, em alguns momentos, entram em cena apenas música instrumental.

Como só elogiei, deve estar se perguntando se não gostei mesmo. Sim, como comecei, é um bom filme. Mas nada demais. Reconheço que Emma e Ryan estão ótimos, a direção impecável. Apenas não torço mais pelo mocinho, pois desde que vi Manchester à Beira-Mar (leia a resenha logo abaixo deste post) aposto em Casey Affleck.

Talvez vale a pena pegar alguma sessão para ter a sua própria opinião e não ficar tão fora do papo em alguma mesa de bar, pois depois de quatorze indicações ao Oscar 2017, sem dúvida, vão falar muito de La La Land nos próximos meses.

Minha Opinião
:]

22 de janeiro de 2017

Manchester à Beira-Mar - Blog e-Urbanidade

Manchester à Beira-Mar chegou a mim após levar o Globo de Ouro de Melhor Ator Dramático, ouvindo Rubens Ewald Filho que Casey Affleck é um péssimo ator e, depois, assistindo Gustavo Chacra (Guga), no Em Pauta do Globo News, dizer que foi um dos filmes mais impactantes e forte que já viu até hoje. Assim, entrei na sessão do longa-metragem e sai, na certeza, que é um dos melhores filmes realmente feito nos últimos tempos.

Lee Chandler (Casey Affleck) recebe a notícia do falecimento do seu irmão e volta para Manchester, onde é informado que será o tutor do sobrinho, fazendo com que deixe sua vida em Boston. Nesse retorno encontra e se reconecta com um trauma vivido por ele sua ex-esposa, interpretado por Michelle Williams.

Até uma boa parte do filme - e um breve cochilo no início - concordei com Rubens Ewald Filho sobre Casey Affleck, porém quando o trauma do moço é revelado, tudo muda. É perceptível a contenção emocional do personagem e nisso o roteiro é simplesmente fantástico. Sem contar com falas potentes e de catarse, a grande jornada do herói trata-se da capacidade dele carregar e continuar vivo com seu grande trauma e conflito.

Manchester à Beira-Mar
Na minha opinião as duas cenas de reencontro de Lee e Randi (Michelle Willims) mostram a bela performance do roteiro, diretor e atores na capacidade em fazer cenas sem falas de impacto, mas extremamentes emocionantes. Sem dúvida, imperdíveis!

A fotografia impecável do filme deixa claro esse gelo necessário ao personagem Lee. A direção de Kenneth Lonergan é certeira (e estreia um novo filme, em breve, com Shirley MacLaine, Jessica Lange e Demi Moore),  e o elenco secundário também está impecável e entregue em seus personagens.

Sem dúvida, torço por bons resultados pelo filme no Oscar 2017, mas é mesmo imperdível e um dos filmes mais forte que já vi, também. O drama pessoal de Lee é tão pesado e comovente que nos faz sair do cinema cheio de humanidade e percebendo que muitas vezes a redenção do herói (ou nossa) pode ser simplesmente seguir em frente.

Não deixem de ver.

Minha Opinião
:D

14 de janeiro de 2017

Animais Noturnos de Tom Ford - Blog e-Urbanidade

Animais Norturnos
O que se espera ao assistir um filme de Tom Ford? Obviamente, um impecável cuidado estético com cada cena, desde a fotografia aos melhores enquadramentos, passando por lindos figurinos e locações com belos prédios. Mas, o diretor, mais uma vez, depois de Direito de Amar, traz um história cheia de conflitos psicológicos, sem clichês e forte!

Dessa vez, estrelado pela a atriz do momento Amy Adams e Jake Gyllenhaal, o filme é cheio de camadas e contado em três partes. Na primeira, fio condutor principal da história, Susan (Amy) recebe o manuscrito do livro do seu ex-namorado Edward (Jake), dedicado a ela. A partir daí, são apresentadas as histórias do livro e flash-backs da história do casal.

Por meio de um suspense psicológico, vai sendo descortinado uma relação vigorosa e traumática entre o casal, em que a arte parece ser uma forma de catalizar e expressar sentimentos ditos e não ditos. Isso foi o que mais me impressionou na construção do roteiro, que concorreu ao Globo de Ouro 2017.

A película ainda conta com dois personagens muito bem construídos e interpretados: Ray, intepretado por Aaron Taylor-Johnson que levou o Globo de Ouro 2017 de melhor ator coadjuvante nesse papel e; Michael Shannon, o xerife. Já Amy não me impressiona diante de tantos choramingos - sem dúvida, ela está melhor em A Chegada - e Jake está bem, como sempre, mas sem sobressaltos de interpretação.

O cenário do livro de Edward é centrado em locações áridas do Texas, o que é inesperado ao tratarmos de Tom Ford, contrastando claramente com as belas locações das outras duas histórias. Mas quando os créditos são apresentados, tal escolha é fundamental para a construção de toda história. Isso é brilhante no roteiro.

Alguns momentos são imperdíveis do longa-metragem como a cena de abertura, feita com a dança sensual e contraditória de mulheres gordas que segundo Ford trata-se de uma crítica à sociedade americana; a curta participação de Laura Linney, em uma única cena, hilária e cruel; e a cena final, um anti-clímax..

Com certeza é dos bons filmes do momento e deve aparecer em algumas listas do Oscar de 2017, mesmo não tendo muito êxito no Globo de Ouro. A possibilidade de percebermos a arte como uma forma de expressar, e até mesmo resolver conflitos e dores, é o elemento mais fascinante em Animais Noturnos.

Não deixem de ver!

Minha Opinião
:)

10 de janeiro de 2017

Minha Mãe é Uma Peça 2 - Blog e-Urbanidade

MInha Mãe é uma Peça 2
Fui assistir Minha Mãe é Uma Peça 2 no cinema, mesmo não tendo ido na primeira versão, mas, confesso, sempre vejo quando repete a exaustão no Tele Cine. Se tornou um daqueles filmes que paro para assistir, mesmo depois de milhares de vezes, como As Branquelas, O Diabo Veste Prada e por ai em diante.

Sem dúvida, é um longa-metragem criado a partir de um personagem em que transitam várias histórias desconexas mostrando as peripécias de uma mãe, desde a saída dos filhos de casa até as dúvidas e incertezas desses jovens.

Eu ri muito e algumas cenas são muito boas. Os diálogos afiados de Paulo Gustavo são realmente seu ponto forte, mesmo que em alguns momentos chega a dar uma cansada.

Minha Mãe é uma Peça 2 não pode ser dito como um filme com roteiro, pois não existe uma história que liga o filme de uma ponta a outra, com arco dramático e uma visível (ou até invisível) jornada do personagem principal. Tudo isso é bobagem e nem pague o ingresso se esperar por isso. Agora, se quer rir de uma colagem de situações e identificar em algumas, vá, o ingresso vale pela diversão.

Tentando dar uma certa organização nas ideias, pode-se dizer que nesta continuação volta-se a falar daquela mãe operística em que os filhos vão sair de casa para viver suas próprias vidas, em outra cidade. Eles estão começando suas carreiras, no início estão desempregados e em dúvida com várias questões da vida, inclusive a sexualidade. Por outro lado, a irmã que mora em Nova Iorque, interpretada por Patrycia Travassos, volta para visitar as irmãs. Só isso, ela não tem função nenhuma!

Por outro lado, fica meio evidente que, se houver uma terceira continuação, a história terá alguma parte em NY, diante das cenas finais.

É isso e não fique triste se não falei dos filmes do Globo de Ouro e de algo mais pesado, mas se a semana foi cansativa, faça como eu: enfie-se numa sessão de Minha Mãe é uma Peça 2, na sexta-feira, depois do expediente e esqueça dos filmes de arte. A risada pode valer a pena.

8 de janeiro de 2017

Please Like Me - seriado australiano no NetFlix - Blog e-Urbanidade

Divulgação
Férias tem destas coisas, tempo livre para zapear os canais e filmes do NetFlix. Foi assim que cheguei em Please Like Me, seriado da tevê australiana que tem um humor refinado, mesmo tocando em assuntos nada leves, como suicídio, rejeição, separação, morte e preconceito.

O primeiro episódio dá logo o traço principal que seguirá pelas três temporadas que estão disponíveis no NetFlix, a história de um rapaz que chega aos vinte um anos e termina o namoro com uma menina que, além reclamar da falta de comunicação do casal, ela diz que Josh (Josh Tomas) é claramamente homossexual. Josh é fruto de uma família de pais separados, o pai é casado com um tailandesa em uma relação longe de ser afetiva e a mãe acaba de cometer suicídio.

Todos esses temas vão sendo apresentados, como a dificuldade de Josh se auto-aceitar, a relação conflituosa com o "namorado" Geoffrey (Wade Briggs), as inseguranças da sua mãe depressiva, a relação entre religião e amor, muito bem apresentada na cena em que tia Peg (Judi Farr) protagoniza na igreja, após o pastor condenar as relações homo-afetivas. Na minha opinião, um dos pontos altos da primeira temporada. Também é preciso falar que tia Peg protagoniza as melhores e mais deliciosas cenas dessa fase, incluindo o último episódio.

Por que vale a pena assistir Please Like Me, além desta introdução inicial? Primeiro, Josh, protagonista, é também o ator, roteirista e diretor do seriado. Assim, o personagem principal homônimo é claramente autobiográfico, dando aquele mesmo sentimento de proximidade entre ficção e realidade presente, por exemplo, tão fortemente em livros com a série A Minha Luta (Minha Luta 1Minha Luta 2). Isso representa aquela máxima que o local sempre é global, além de uma baita coragem do criador.

Outro fator que para mim é fundamental em qualquer seriado: episódios curtos, em torno de 25 minutos. Eu tenho muita preguiça em assistir episódios longos e isso me motiva bastante em seguir em frente, principalmente de ter avançado pelo primeiro capítulo.

Confesso que fiquei um pouco incomodado com a incapacidade do roteiro ser construído sem mergulhar de cara nos conflitos, pois muitas vezes eles são apresentados e tratados de forma rápida. Mas, isso vai sendo desconstruído (e entendido) assim que os episódios vão sendo mostrados. E isso passa ser o ponto alto do roteiro, ou seja, os conflitos são tratados sem linearidade, assim como acontece na vida da gente, afinal muitas vezes a gente tenta fugir deles e vai tocando em frente. E o humor é fundamental para essa forma de ir vivendo e não mergulhando nos conflitos. Com certeza, isso torna o seriado genial. (Digo ainda que me identifiquei com essa "forma" de viver de Josh e sua família).

O seriado foi apresentado na Austrália e Estados Unidos em 2013, primeira temporada, e as sequências seguintes nos anos consecutivos. No Netflix chegou em novembro de 2016 com a apresentação das três temporadas, já com anúncio da quarta nos Estados Unidos.

Please Like Me é um achado para quem gosta de boas histórias, comédia leve, dramas pessoais bem construídos e, de alguma forma, se identificar com os conflitos de se achar estranho em algum momento da vida. Uma mãe depressiva, uma madrasta tailandesa e um filho gay são para lá de um mergulho na diversidade presente no mundo de hoje, e Please deixa claro que não adianta fechar os olhos para isso.

Assistam!




1 de janeiro de 2017

Feliz 2017 - Crônica - Blog e-Urbanidade

E lá se vai 2016 com todo mundo dizendo que foi o ano das tragédias, das notícias tristes e absurdas, das perdas irreparáveis na vida pessoal e na artes. Morreu tantas pessoas incríveis e outras nem tantas, mas uma pessoa é sempre alguém importante onde quer que esteja. Não é a mídia que faz alguém inesquecível, mas sim a sua relação com o outro.

Foi um ano apertado financeiramente, isso é preciso dizer. Estamos com o maior número de desempregados dos últimos cinco anos, muitos amigos e conhecidos perderam seu emprego e nada de receber ligação de volta para uma nova entrevista. Ouvi muito chorôro, inicialmente tudo era culpa da Dilma, agora, que os lados se inverteram, é do Temer e lá se vão muitos "Fora Temer" por ai!.

Também fiquei um pouco abalado quando Hillary dormiu presidente e acordei ouvindo que Trump era o cara mais importante do mundo, inesperadamente. Também teve a morte triste e trágica do time e repórteres da Chapecoense. E olha que já vi tragédias, mas essa foi de lascar.

São sábias aquelas frases ditas por Drummond sobre fatiar-se o tempo emeses e anos. Dá uma certa necessidade de se reinventar, levantar, balançar o pó, acreditar e seguir em frente.

Diante de tantas mensagens no Facebook, WhatApp, etc, também sinto uma necessidade em dizer palavras já ditas por ai, algo do tipo, sigamos em frente, afinal de contas a vida nos brindou com dias a mais. Eu, por exemplo, sou desses que adoro viver e sou otimista por natureza.

É hora de ir em frente, respirarmos mais, olharmos mais nos olhos das pessoas, postarmos menos fotos com amigos no Facebook, mas em contrapartida sair mais com eles. Fazer bons amigos, sorrir com a cumplicidade possível só em família, viver um grande amor (como é bom, não?) e, se der, perder uns quilinhos.

Não acredito que tudo mudará, mesmo que dividamos o tempo, pois o que se plantou há um mês vai nascer inexoravelmente daqui a algum tempo. Mas, quem sabe, que tal olharmos mais para o olho do outro e menos para nosso umbigo? Afinal eu acredito(!) que assim podemos ser importantes em qualquer relação de amor. E amar é um exercício importante e necessário.

E copiando Guimarães Rosa termino dizendo: Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura.

Feliz 2017 (para todos nós que sobrevivemos até aqui)!