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25 de fevereiro de 2016

A GAROTA DINAMARQUESA - Blog e-Urbanidade

Eddie Redmayne está incrível em A Garota Dinamarquesa, ao lado de Alicia Vikander que interpreta sua esposa. Mesmo sendo uma história contada sem sobressaltos e com todas as características inerentes a uma produção tipicamente hollywoodiana, as interpretações vale o ingresso.

Ao contar a história real de Lili Elbe (Redmayne) que nasceu Einar Mogens Wegener, "descobrindo-se" durante uma brincadeira com a esposa (Vikander), o filme retrata a difícil questão da identidade de gênero.

Saí da sala impressionado com as interpretações e torceria para Redmayne levar mais um Oscar de Melhor Ator pela sua construção perfeita da personagem. Mas, é a vez de DiCaprio, certo? Assim, em A Garota foquemos na belíssima fotografia e figurino e quem sabe Alicia leve o Melhor Prêmio de Atriz Coadjuvante?

O roteiro é tradicional e não foge de uma narrativa linear. Gostei também das cenas secas, sem sonoplastia, deixando que a emoção flua das interpretações.

Não acredito que seja, por sua vez, um filme que levanta alguma bandeira, mas traz a questão da identidade de gênero e nos deixa reflexivos, ao percebermos que não se trata de uma novidade. E, também, como avançamos, pelo menos, no âmbito da psicologia no entendimento dessa questão e outras adjacentes.

Não perca o filme!

Minha Opinião
:D

O REGRESSO - Pre-pa-ra! - Blog e-Urbanidade

Filme O Regresso 

O Regresso é um filme para os fortes, são 150 minutos de muito sofrimento. Fiquei com a sensação que o personagem Hugh Glass, interpretado por Leonardo DiCaprio, é quase o Coiote do Papa-Léguas. Quando você pensa que agora vai, lá vem uma avalanche sobre o pobre do rapaz...

Sem dúvida, o diretor Alejandro González Iñárritu acerta mais uma vez e o filme tem todas as condições de levar várias estatuetas do Oscar de 2016. Primeiro, pela produção em si  e sua realização. A proposta de fazer toda a filmagem apenas com luz natural é impressionante e traz vigor aos cinéfilos. Assim, cada cena parece única e sem muitos cortes.

Também a sequência inicial que é feita em apenas um take é impressionante e reforça a linguagem proposta em Birdman que levou o melhor filme em 2015.

Já está claro, e espero não ter surpresas, parece mesmo que DiCaprio leva o Oscar de Melhor Ator este ano. A interpretação dele é boa, mas leva o prêmio mais pela entrega ao personagem. São poucas as suas falas e, sinceramente, para mim Eddie Redmayne, mais uma vez, está muito bem melhor em sua Lili do que Leonardo. Porém, reconheço que chegou agora do rapaz. Ele deu duro!

O Regresso é filmão. Vale a pena ser assistido pela sua magnitude e capacidade plástica. O roteiro é bem amarrado, apesar da sensação Coiote, acima defendida. A interpretação de DiCaprio vale a pena ser conferida. E tem tudo para levar um Oscar, mesmo que a crítica aposte que não leve de melhor filme para não deixar Iñárritu sem lugar para guardar mais uma estatueta.

Minha Opinião
:)

4 de fevereiro de 2016

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos - o musical - Blog e-Urbanidade

Cena do Musical
Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
Assistir o musical Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos é uma imersão em dois universos: primeiro deles, de Almodóvar, por se tratar de um filme lançado em 1988 e que mudou para a linguagem de musical em 2010 nos palcos da Broadway; segundo, de Miguel Falabella que sabe muito bem retratar o universo feminino e tem um olhar caricato da realidade.

Por um palco rotativo as cenas são apresentadas e os núcleos vão se centrando na história de Pepa (Marisa Orth, sempre ótima!), uma dubladora de filmes que acaba de ser deixada por Ivan (Juan Alba). Por sua vez, ele abandonou Lúcia (Totia Meireles, uma boa surpresa do espetáculo) com um filho e após vinte anos ela decide levá-lo à justiça. E para fechar o picadeiro, a melhor amiga de Pepa, Candela (Helga Nemeczyk), se apaixona por uma terrorista.

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos é um espetáculo bonito de se ver que aposta em bons figurinos e na movimentação frequente dos atores. A dramaturgia é boa e os atores defendem seus personagens com competência, cantam e interpretam muito bem. É um excelente entretenimento, porém, não é uma daquelas mega-produções.

Fiquei um pouco decepcionado com a lentidão do primeiro ato, pensei que não conseguiria sobreviver a mais um. Mas, vale a pena esperar pelo segundo ato.

A reflexão sobre a busca, socialmente imposta, da mulher pela felicidade a partir de uma relação amorosa é o ponto condutor do texto. Recomendo assistir para quem realmente quer rever um pouco daquele Almodóvar de anos atrás, sob o olhar de Falabella. Por isso, o clima pastelão para esse dramalhão nos leva a boas gargalhadas. Vale ver!

Bom espetáculo.

Minha Opinião:
:]

MULHERES À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS 
qui. e sex., às 21h,
sáb., às 17h e 21h,
dom., às 16h
14/11 a 20/12 e de 7/1 a 14/2/2016
Teatro Procópio Ferreira, r. Augusta, 2.823.
(11) 3083-4475
 R$ 50 a R$ 200
CLASSIFICAÇÃO 12 anos

1 de fevereiro de 2016

Anomalisa - o filme mais humano do ano - Blog e-Urbanidade

Filme Anomalisa
É bom assistir uma produção que saiba usar de forma contundente e completa todas as potencialidades daquela mídia e linguagem, pois é exatamente o que vemos no média-metragem, feito em animação, do novo projeto do diretor Charlie Kaufman, que concorre ao Oscar de Melhor Animação, Anomalisa. Infelizmente, concorre com Divertida Mente (que deve levar!) e nosso brasileiro, O Menino e o Mundo.

O filme conta a história Michael Stone, um escritor de sucesso especializado em atendimento ao cliente, que ao dar uma palestra em Cincinnati, decide re-encontrar um antigo amor. A partir daí encontramos um Stone atormentado pela mesmice do mundo, procurando encontrar no amor um ponto fora da curva.

Para contar a história deste escritor a beira de uma separação em um casamento com um filho, Kaufman utiliza a técnica de stop-motion, com três tipos de vozes: uma masculina (de Stone), uma feminina (de Lisa) e outra masculina (que faz todos os outros personagens, incluindo os femininos). E aí, esta a genialidade da produção, a uniformização das vozes e dos bonecos, para explicitar a massificação afetiva do personagem.

Anomalisa é um filme para assistir e discutir diante das várias possibilidades apresentadas, inclusive aproveitei para ouvir as interessantes conversas assim que o filme acabou. Aliás, sugiro ficar atento a letra da música após a tela escurecer. pois cabe a ela certo "fechamento" para o roteiro. E ainda, à multidão de vozes, nos levando a perceber as multivozes existentes no mundo, cabendo a nós percebê-las.

Bom filme, recomendo pela qualidade e belíssima história. A única coisa que chateia é concorrer ao Oscar junto com o brasileiro O Menino e o Mundo. Sabemos que é difícil levar o prêmio de Divertida Mente, mas quem sabe...

Minha opinião:
:)