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25 de janeiro de 2016

A Grande Aposta - Blog e-Urbanidade

A Grande Aposta
Não tenho dúvida que o concorrente ao Oscar, A Grande Aposta, seja um dos filmes com roteiro mais criativo que já vi. A fim de narrar a crise americana da bolha imobiliária que aconteceu em 2008, a narração é envolvente e as explicações dos termos centrais do mercado financeiro são feitas de forma divertida e inovadora.

A partir de quatro núcleos, o diretor Adam McKay lança mão dos atores Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling e Brad Pitt para explicar como eles conseguiram perceber a bolha que estava se formando na economia norte-americana e conseguiram se dar bem. Pra isso, além das explicações técnicas, existem muitas críticas ao capitalismo, a cultura contemporânea e ao arrogante e milionário universo dos banqueiros.

Cheio de bons momentos, vira e mexe o público é levado a gargalhada solta pelas explicações feitas, por exemplo, pela cantora Selena Gomez e as caracterizações dos personagens de Bale e Carell. O bom disso tudo é que, apesar da história ser contada a partir do ponto de vista dos que desejam se dar bem com a crise, se lamenta com o ocorrido e suas consequências.

A Grande Aposta é um filme imperdível para quem busca boas histórias, com roteiro divertido e inovador. Na minha opinião, merecer levar o Oscar de Melhor Filme já é um pouco demais, mas é uma das boas surpresas do cinema norte-americano deste ano.

Minha Opinião
:)

Joy: O Nome do Sucesso - Blog e-Urbanidade

Joy: o Nome do Sucesso
Receita pronta: o diretor David O. Russel (O Lado Bom da Vida e Trapaça) com Jennifer Lawrence, Robert De Niro e Bradley. Joy: O Nome do Sucesso conta a história de Joy Morgano reconhecida por uma série de invenções após amargar muitas idas, vindas e maldades dos invejosos.

Mesmo Joy: O Nome do Sucesso sendo um filme que pretende narrar uma história real - como Spotlight -, o roteiro é interessante, com bons momentos e, apesar de esquemático, não chega a ser irritante. Jennifer, apesar de fazer mais uma vez ela mesmo, leva o filme nas costas e seu carisma nos faz apaixonar pela história da moça sofrida. Por isso concorre ao Oscar de Melhor Atriz e já levou o Globo de Ouro.

Ainda sobre o roteiro, ele é construído a partir dos elementos da Jornada do Herói tão comuns, por exemplo, nos filmes da Disney.  Também tem aquela coisa do sonho americano, de basta ser persistente que se chega lá. Irrita um pouco os personagens tão cheios de clichês e uni dimensionados: a irmã má, a madrasta bruxa, o pai folgado, a mãe lunática...

É um filme de sessão da tarde, para ser assistido, quem sabe, ao final de um domingo, para dar uma aliviada ao ver uma história, apesar de tudo, com uma mensagem otimista. No mais, é receita pronta.

Minha Opinião
:]

24 de janeiro de 2016

OSCAR 2016 - OS INDICADOS - Blog e-Urbanidade


Veja a lista completa do Oscar e minhas resenhas:

Melhor Filme 
Mad Max - Estrada da Fúria
O Regresso
O Quarto de Jack
Spotlight - Segredos Revelados
A Grande Aposta
Ponte dos Espiões
Brooklyn
Perdido em Marte

Melhor Diretor 
Alejandro G. Iñárritu - O Regresso
Tom McCarthy - Spotlight - Segredos Revelados
Adam McKay - A Grande Aposta
George Miller - Mad Max: Estrada da Fúria 
Lenny Abrahamson - O Quarto de Jack

Melhor Atriz
Cate Blanchett - Carol
Brie Larson - O Quarto de Jack
Saoirse Ronan - Brooklyn
Charlotte Rampling - 45 Anos
Jennifer Lawrence - Joy - o Nome do Sucesso

Melhor Ator
Bryan Cranston - Trumbo
Leonardo DiCaprio - O Regresso
Michael Fassbender - Steve Jobs
Eddie Redmayne - A Garota Dinamarquesa
Matt Damon - Perdido em Marte

Melhor Ator Coadjuvante
Christian Bale - A Grande Aposta
Tom Hardy - O Regresso
Mark Ruffalo - Spotlight - Segredos Revelados
Mark Rylance - Ponte dos Espiões
Sylvester Stallone - Creed - Nascido para Lutar

Melhor Atriz Coadjuvante 
Jennifer Jason Leigh - Os 8 Odiados
Rooney Mara - Carol
Rachel McAdams - Spotlight - Segredos Revelados
Alicia Vikander - A Garota Dinamarquesa
Kate Winslet - Steve Jobs

Melhor Roteiro Original 
Matt Charman - Ponte dos Espiões
Alex Garland - Ex Machina
Peter Docter, Meg LeFauve, Josh Cooley - Divertida Mente
Josh Singer, Tom McCarthy - Spotlight - Segredos Revelados
Jonathan Herman, Andrea Berloff - Straigh Outta Comptom

Melhor Roteiro Adaptado 
Charles Randolph, Adam McKay - A Grande Aposta
Nick Hornby - BrooklynPhyllis Nagy - Carol
Drew Goddard - Perdido em Marte
Emma Donoghue - O Quarto de Jack

Melhor Animação
Anomalisa
Divertida Mente
Shaun, o Carneiro
O Menino e o Mundo
As Memórias de Marnie

Melhor Documentário em Curta-Metragem
Body Team 12
Chau, Beyond The Lines
Claude Lanzmann: Spectres Of The Shoah
A Girl In The River: The Price Of Forgiveness
Last Day Of Freedom

Melhor Documentário em Longa-Metragem
Amy
Cartel Land
O Peso do Silêncio
What Happened, Miss Simone?
Winter on Fire: Ukraine's Fight fo Freedom

Melhor Longa Estrangeiro 
Theeb - Jordânia
A War - Dinamarca
Mustang - França
Saul Fia (Son Of Saul) - Hungria
Embrace Of The Serpent - Colombia

Melhor Curta-Metragem
Ave Maria
Day One
Everything Will Be Okay (Alles Wird Gut)
Shok
Stutterer

Melhor Curta em Animação
Bear Story
Prologue
Os Heróis de Sanjay
We Can't Live Without Cosmos
World of Tomorrow

Melhor Canção Original
"Earned It" - The Weeknd - Cinquenta Tons de Cinza
"Manta Ray" - J. Ralph & Anthony - Racing Extinction
"Simple Song #3" - Sumi Jo- Youth
"Writing's On The Wall" - Sam Smith - 007 Contra Spectre
"Til It Happens To You" - Lady Gaga e Diane Warren- The Hunting Ground

Melhor Fotografia 
Carol 
Mad Max: Estrada da Fúria
O RegressoSicario: Terra de Ninguém
Os 8 Odiados

Melhor Figurino 
O Regresso
Carol 
Cinderela
A Garota Dinamarquesa
Mad Max: Estrada da Fúria

Melhor Maquiagem e Cabelo
The 100-Year-Old Man Who Climbed out The Window And Disappeared
Mad Max: Estrada da Fúria
O Regresso

Melhor Mixagem de Som
Ponte dos Espiões
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso
Star Wars - O Despertar da Força

Melhor Edição de Som
Sicario: Terra de Ninguém
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso
Star Wars - O Despertar da Força

Melhores Efeitos Visuais
Star Wars: O Despertar da Força
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
Ex Machina
O Regresso

Melhor Design de Produção 
Ponte dos Espiões
A Garota Dinamarquesa
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso

Melhor Edição 
A Grande Aposta
Mad Max: Estrada da Fúria
O Regresso
Spotlight - Segredos Revelados 
Star Wars: O Despertar da Força

Melhor Trilha Sonora 
Carter Burwell - Carol
Ennio Morricone - Os 8 Odiados
Jóhann Jóhannsson - Sicario: Terra de Ninguém
Thomas Newman - Ponte dos Espiões
John Williams - Star Wars: O Despertar da Força

20 de janeiro de 2016

SPOTLIGHT - SEGREDOS REVELADOS - Blog e-Urbanidade

Spotlight
Spotlight - Segredos Revelados é um filme sem grandes surpresas. Convencional, o diretor Tom McCarthy aposta em uma narrativa linear, sem sobressaltos, para contar a história do jornal de Boston que, em 2001, revelou casos de pedofilia na Igreja Católica.

O grupo de repórteres chamado de Spotlight tem elenco de peso: Mark Ruffalo, Rachel McAdams, Brian d'Arcy James, chefiados pelo editor interpretado por Michael Keaton. Por isso, a expectativa é grande quando se compra o ingresso.

Spotlight concorre ao Oscar em melhor Filme, Diretor, Ator Coadjuvante (Mark Ruffalo), Atriz Coadjuvante (Rachel McAdams) e Montagem. Sinceramente, o filme não impressiona em nenhum quesito, apenas Ruffalo que tem uma interpretação um pouco mais acima da média, mas nada demais e muito focada em colocar tiques no seu repórter.

É um longa-metragem morno, sem grandes cenas e que parece mais focado em denunciar. Em certos momentos achei um pouco confuso. Pode ser o azarão da noite de Oscar, mas, é um filme que deve ser assistido pelas denúncias feitas e da sua importância na história do jornalismo e da Igreja.

Minha opinião
:]

19 de janeiro de 2016

Boi Neon - Blog e-Urbanidade

Cena de Boi Neon
Boi Neon é um filme sem a resolução de um conflito ou drama a ser resolvido do seu herói. Não existe, podemos assim dizer, uma desordem pessoal a ser resolvida pelo protagonista, interpretado muito bem pelo ator Juliano Cazarré. A desconstrução de elementos tradicionais de um roteiro típico de cinema também está presente na proposta do longa-metragem.

Pode ser considerado um filme de arte. Uma ideia na cabeça e uma câmera na mão... Mas é muito bom de assistir, por causa do roteiro com falas divertidas e a interessante história de um vaqueiro que sonha em trabalhar com moda. Daí, se você espera a redenção do rapaz, esquece. Os sonhos são sonhos, nada mais!

O grande trunfo do diretor Gabriel Mascaro é o de propor um filme com belas imagens e fotografia, revelando as contradições do mundo: o vaqueiro costureiro; a mulher motorista de caminhão e mecânica; o boiadeiro de cabelo longos e com chapinha; a mulher de cabelos enrolados; a fábrica moderna na aridez do sertão; a riqueza dos leilões de animais diante da pobreza dos vaqueiros; a imagem do manequim quebrado junto com o esterco de boi; o banho vigoroso e nada sensual dos boiadeiros; o perfume de marca num atoleiro de fezes de animais; a longa transa com a segurança grávida (e que vende perfume)... E por aí vão as cenas controversas e que vão mexendo com as nossas construções maniqueístas.

Por tudo isso, Boi Neon é surpreendente, mesmo depois da tela escurecer e a gente ficar esperando mais alguma explicação. Fiquei com aquela sensação de anti-clímax, já que estamos sempre esperando que tudo-que-eu-quiser-O-cara-lá-de-cima-vai-me-dar. Assim, para os personagens sonho é sonho, realidade é realidade. Ponto final e vamos tocar a vida. Não dá para ficar sonhando acordado.

Boi Neon vale a pena ser assistido pelas belas imagens, o texto divertido e as provocações do diretor. Ah!,também para quem queira ver muitos nus frontais do Cazarré. Mas, não recomendo para quem espera grandes dramas e prefere filmes fáceis e elaborados dentro daquela receitas prontas de roteiro.

Minha Opinião
:)

15 de janeiro de 2016

O Testamento de Maria - Blog e-Urbanidade

O Testamento de Maria
Se tiveres a capacidade de separar as Marias da história e da religião, recomendo assistir o espetáculo O Testamento de Maria em cartaz até 13 de fevereiro no SESC Pinheiros. Numa montagem simples, mas vigorosa e visceral, o texto polêmico que chegou a ser tirado dos palcos da Broadway, estreia pelas mãos do diretor Ron Daniel, com Maria defendida - à unhas e dentes - pela sempre certeira Denise Weinberg.

O texto do escritor Colm Tóibin conta a história de uma Maria humanizada, mulher, às vezes rancorosa e irônica ao contar sobre a vida e morte do seu Filho. Também magoada em perceber que o filho passa a se autodenominar de filho de Deus. Assim, sentada no centro do palco, ela vai contando como os vários acontecimentos foram levando o menino comportado e comum a se transformar num líder.

Algumas frases são corajosas e impactantes na montagem, até mesmo para os mais céticos. Tóibin acredita que os primeiros seguidores do filho de Maria eram desajustados e buscam certo prestígio pessoal ao escrever os evangelhos. Em determinado momento, Maria se revolta com a explicação de que perdera o Filho para um objetivo maior, de garantir uma vida eterna. Ela pergunta: "Quando, nesta vida?" Respondem: "Não, depois que se morrer dessa!" (Impossível não soltar um riso tímido e nervoso!)

Denise já foi tema de um post em As Criadas, por isso, não podia perder. É sempre bom ver bons atores em cena. E nesse ponto, também, Testamento de Maria vale cada minuto. É bom ver uma atriz atuando tão plenamente.

Outro elemento que  arredonda o espetáculo é a participação de Gregory Slivar com sua sonoplastia feita por meio de instrumentos de percussão que dão ritmo a encenação.

Sei que as questões tratadas no palco, sem dúvida, passam por crenças religiosas, mas sempre penso ser interessante a possibilidade de desconstruir para uma nova gênese. Saí impactado, calado, tentando processar todas as informações de um texto que deseja, antes de mais nada, mostrar as angústias e hesitações de uma mulher comum. Tão comum em tantas mães por ai: da rua ao lado, da casa vizinha, da sua mãe e, porque não, dEle?

O Testamento de Maria 
Sesc Pinheiros
Duração: 80 minutos
Local: Auditório (3º andar)

Minha Opinião
:)

9 de janeiro de 2016

Carol - Cate Blanchett e Rooney Mara em cena - Blog e-Urbanidade

Cartaz do filme Carol
Está aberta a temporada dos bons filmes americanos que vão ao Oscar 2016, com prévia, neste próximo final de semana (10/01/2016), para o Globo de Ouro. E dei uma boa largada assistindo o campeão de indicações ao Globo 2016, cinco ao todo, Carol, com  Cate Blanchett e Rooney Mara.

O filme é uma destas impecáveis produções, com presente direção, atrizes espetaculares, construção de época linda e roteiro bem amarrado. Pronto, já usei todos os adjetivos necessários para desmoralizar uma resenha de respeito! Mas, a película vale cada minuto.

Carol conta a história de duas mulheres que se cruzam em uma loja de departamento nos anos de 1950 em Nova York. Nasce um interesse mútuo que vai gradativamente aumentando, pouco a pouco, em olhares e gestos milimetricamente postos, tendo seu ápice em uma cena de amor forte, ardente e - sim! - delicada.

O personagem título é interpretado por Cate que está lindíssima em todas as cenas. Incrível! Por outro lado, Rooney, na pele de Therese, se mostra uma moça insegura, mas curiosa onde tudo aquilo vai dar. Algumas sequências são mesmo de tirar o fôlego. Fiquem de olho: na cena de amor (já comentada); quando Carol está na sala dos advogados com o marido para decidir o futuro da sua filha e; na última, que sem nenhuma palavra emociona e consagra as atrizes e a sutileza do diretor ao contar essa história.

O diretor Todd Haynes não tem muitos filmes, mas na sua maioria são bons. Inclui ai Longe do Paraíso, aquele estrelado por Julianne Moore. O impressionante nesta sua montagem é trabalhar com planos pequenos, tudo milimetricamente enquadrado, com a câmera fechada em mãos e olhares para detalhar a delicadeza dos sentimentos latentes e verdadeiros. Sinceramente, fiquei com a impressão que o diretor trabalha com uma rigidez nas interpretações e enquadramento até a cena de amor entre as personagens para justificar a sutil aceitação de ambas (e do público).

Carol tem estreia prevista para o dia 14/01, mas está em pré-estreia em algumas salas. É, sem dúvida, um concorrente de peso aos prêmios americanos, incluindo filme, direção e atrizes - as duas estão concorrendo ao mesmo prêmio no Globo de Ouro.

Deve ser visto para quem gosta de um bom filme!

Minha Opinião
:D

6 de janeiro de 2016

Catálogos 1 - Comédias - Blog e-Urbanidade

Se você fica perdido diante das opções de filmes do Netflix ou outros sistemas on-line que alugam longas, seguem alguns que assisti nos últimos dias. Quem sabe possa ajudá-lo.

Filme Enquanto Somos
Jovens
Enquanto Somos Jovens é um dos filmes mais originais e inesperados dos últimos tempos, levando em conta que as películas de "circuitão" normalmente são muito óbvias e sem grandes reflexões. Estrelado por Ben Stiller, Naomi Watts - que estão ótimos! - trata da crise pessoal originada na aproximação de um casal vinte anos mais novos que eles. Além de trazer um novo fôlego a eles, cria-se um bom espaço para discutir a maturidade e sobre um mundo que insiste em nos encaixar em modelos prontos. No Now, da Net, é possível alugar.

Filme
Sob o Mesmo Céu
Para os domingos terminarem mais leves, sugiro Sob o Mesmo Céu, que tem um elenco espetacular, entre eles, Bradley Cooper, Emma Stone, Rachel McAdams, Bill Murray, John Krasinski e Alec Baldwin. Conta o reencontro de Brian (Cooper) e Tracy (Mc Adams) que foram namorados há anos e tiveram a relação muito mal acabada. Ela, casada com dois filhos, e ele, recém-apaixonado pela capitã Ng (Stone), buscam uma forma de conviver e, quem sabe, restaurar as mágoas antigas. Na minha opinião, o filme é bem confuso na história do lançamento do satélite, motivo que leva Brian ao Havaí, onde tudo acontece. Nem por isso, deixa de ser um filme simpático, muito bem defendido pelos atores. A típica comédia romântica americana. Está disponível no Netflix.

Amor e Turbulência
Amor e Turbulência é uma comédia romântica francesa e, por incrível que pareça, se lambuza em clichês, o que é meio decepcionante. Porém, os filmes franceses sempre são interessantes, tanto pelas interpretações quanto pela realização. Os personagens de Ludivine Sagnier e Nicolas Bedos, também ex-namorados, se reencontram num voo de volta a Paris, saindo de NY. Lado a lado, começam a dar os seus pontos de vistas sobre as situações que os levaram ao fim dramático há três anos.  O roteiro é interessante ao expor acontecimentos similares sobre o olhar de cada personagem. Mas, em alguns momentos, chatinho, com uma certa "barriga" no meio. Mas traz uma boa reflexão sobre como tratamos nossos medos diante das relações sentimentais que, muitas vezes, são até mesmo de auto-boicote. Está disponível no Netflix e pode ser uma boa.

3 de janeiro de 2016

Minha Luta 1 - A Morte do Pai - Blog e-Urbanidade

Capa do livro Minha Luta 1 - A Morte do Pai
Karl Ove Knausgard é autor da triologia Minha Luta, considerado como o novo fenômeno mundial de literatura. Livros enormes com 300 a 600 páginas, em cada volume, o escritor norueguês é realmente uma boa revelação para quem curte boas histórias.

O autor tornou-se este fenômeno inesperado por algumas características bem interessantes, na primeira delas a forma de se colocar no livro, em primeira pessoa, sendo Karl Ove o próprio personagem principal. A sua forma corajosa de se mostrar e se revelar é generosa e nos conecta imediatamente com a sua humanidade. Muitas vezes você se emociona por sentir aqueles sentimentos latentes em você.

Também vale a pena a forma como o autor apresenta alguns temas. No seu primeiro volume, em Minha Luta 1 - A Morte do Pai nos leva a pensar sobre a morte, as relações amorosas e familiares, a paternidade e a criação literária.

Em Minha Luta 1, lançado em 2013, no Brasil, Karl conta sobre seu pai, desde sua relação conflituosa na adolescência até a sua morte, onde os preparativos para seu enterro fazem com que o personagem entre em um universo de lembranças e de descoberta de si mesmo.

Se tem uma coisa que incomoda em Karl é seu proselitismo e detalhismo em alguns momentos, por exemplo, no reveillon que passará com alguns amigos e a faxina feita na casa do pai após sua morte. Os dois acontecimentos são narrados em várias folhas (com até 100 páginas!) com extremo detalhismo no ambiente, nas pessoas e nas consequências psicológicas. Algumas vezes repetitivo, mas após a leitura fica-se com a impressão de que cada página era mesmo necessária para aquela construção literária.

Li apenas o primeiro volume, porém o segundo já está aqui Minha Luta 2 - Um Outro Amor, agora focado em nas suas experiências amorosas. O novo volume de 600 páginas parece também interessante, tendo em vista que o autor já dá alguns bons recortes dos seu relacionamentos no primeiro tomo.

Recomendo muito a leitura para quem busca boa literatura, história bem escrita, honesta e uma boa reflexão para vida.

Minha Luta 1 - A Morte do Pai
Companhia das Letras
402 páginas