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24 de novembro de 2015

GRANDMA - uma avó muito bem vivida por Lily Tomlin - Blog e-Urbanidade

Grandma - filme
Uma boa surpresa do Festival Mix Brasil foi ter assistido Grandma, filme com a atriz Lily Tomlin que tinha visto algumas chamadas pela internet. Aliás, dizem, não sei se é de fato, Lily aguarda uma indicação ao Oscar por esse personagem. Apenas sei que a atriz está mesmo com tudo, inclusive pelo já comentado aqui Grace and Frankie no Netflix.

Grandma é um destes filmes com roteiro bem feito, sem muitas palavras e com muitas coisas sendo ditas (e não-ditas) por olhares ou falas cortadas. Adoro roteiros assim, possíveis quando escritos e dirigidos pelo mesmo indivíduo, nesse caso. Paul Weitz que já assinou bobagens, como American Pie - A 1ª Vez é Inesquecível e até o simpático Being Flynn.

Na tela a história de uma avó que recebe sua neta disposta a fazer um aborto, porém sem dinheiro. Assim, elas partem para reunir a grana batendo na porta de antigos amigos à mãe muito bem interpretada por Marcia Gay Harden.

A homoafetividade da avó é apresentada pela recente viuvez de sua parceira e sua tentativa de construir uma nova relação com uma moça bem mais jovem que ela. Muitas sequências são imperdíveis e muito bem construídas, por exemplo: o dilacerante reencontro com o antigo amor Karl (Sam Elliott); a expulsão feita pelo atendente do café (intepretado por John Cho, e gosto muito desse moço!); as cenas entre as neta, mãe e avó; a reaproximação com Olivia; e o climax (ou anti-clímax) na oficina, tudo dito por uma simples lágrima a sair dos olhos de Lily.

O filme ainda não está no circuito nacional, pois espera-se seu lançamento até o fim do ano e meados de 2016 para pegar o movimento dos longa-metragens que vão ao Oscar. No mais é mais que recomendável.

Minha opinião
:)

10 de novembro de 2015

Beira-Mar - Blog e-Urbanidade

Filme Beira-Mar
Beira-Mar é um destes filmes para dias nublados e para quem gosta daquela narrativa poética cotidiana e lenta, sem sobressaltos. Tenho que ser sincero, não gostei do longa-metragem brasileiro dos roteiristas e diretores Marcio Reolon e Filipe Matzembacher.

Criado a partir de um roteiro e interpretações naturalistas, o filme praticamente não acontece na sua primeira hora. Foca-se em imagens até bem feitas, mas fiquei com a pergunta: existe dramaturgia sem conflito? Por exemplo, a história secundária da visita à casa do avô falecido é tão perdida que preciso entender melhor o quer dizer dez minutos serrando uma madeira no quartinho dos fundos de uma casa.

Tudo bem que quando os créditos entram (e você suspira aliviado), dá para compreender um pouco da dramaturgia e da relação do personagem principal com seu pai, diretamente ligada a sua sexualidade. Confesso que já assisti filmes de adolescentes muito mais estimulantes e de espelhamento imediato com a tela, o que não parece ser a tentativa de Beira-Mar.

Alguns andam dizendo que é muito poético. Tudo bem, concordo! É um filme que investe num beira-mar nublado e mar gelado, por isso, talvez, com alguma poesia. Mas o roteiro é bem fraco.

A proposta estética e a câmera focada nos sentimentos expressos pelos rostos dos personagens acabam sendo uma janela interessante para contar a história. Isso é um dos pontos positivos. Também a forma como o personagem do ator Maurício José Barcellos encara a sua homossexualidade é bem construída e sem clichês.

Não vá esperando uma nova versão Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, até porque vi uma divulgação tentando fazer alguma relação. E se ficar apertado para ir ao banheiro ou tiver sede, antes dos dez minutos finais do filme, pode ficar tranquilo, pode sair. Vá e ainda dá para pagar aquele boleto que está atrasado.

Minha Opinião
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