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26 de outubro de 2015

ComCiência - exposição chega ao CCBB SP - Blog e-Urbanidade

ComCiência - 1
 Fui ver a exposição da artista australiana Patrícia Pacinini aberta até dia 04/01/2016 no CCBB daqui de São Paulo. Intitulada de ComCiência, a mostra que ocupa todos os andares do Centro Cultural, é uma viagem a um mundo desconhecido e irreal, mas cheio de boas reflexões para nosso cotidiano.

Obras criadas a partir da manipulação de silicone, fibras de vibro, cabelo humano e outros materiais, nas primeiras salas são apresentados seres simples, criados apenas para a relação sexual, nos levando a reflexão sobre dualidade entre sexo e desejo. É possível ser sexual sem ser sensual?

Nos andares abaixo, Patrícia cria animais repulsivos, mas carinhosos e protetores nos fazendo refletir sobre relação entre a beleza e o amparo. Ali, sugiro se aproximar bem das crianças feitas em silicone, pois os detalhes são impressionantes, mostrando a magnitude do trabalho da artista.

ComCiência 2
Nos andares finais Pacinini apresenta seres (e obras) feitos a partir da relação homem, máquina e primatas. Ali temos máquinas que se amam e pneus que se transformam em seres vivos. Somos levados a pensar sobre um mundo criado na fricção entre seres inanimados (máquinas, pneus, botas, etc...) e o vasto universo biológico que habitamos.

A exposição é bem interessante, pode ser uma ótima opção para quem gostou de Ron Mueck, mas vá com calma, a relação não é imediata a não ser em poucas obras. A criações derivadas de pesquisas de biotecnologia e engenharia genética dá um outro tom a mostra e, algumas vezes, pode assustar.

ComCiência 3
Além de entrada gratuita, o CCBB oferece o serviço de reserva com hora marcada. Excelente iniciativa para quem detesta filas ou já viu algumas exposições terem filas dobrando quarteirões.

CCBB SP - Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
http://culturabancodobrasil.com.br/portal/
Rua Álvares Penteado, 112 Centro
(11) 3113-3651 / (11) 3113-3649
Estação Sé (Metrô - Linha 1 Azul e Linha 3 Vermelha)
Segundas, Quartas, Quintas, Sextas, Sábados e Domingos das 09:00 às 21:00
Vai até dia 04/01/2016

19 de outubro de 2015

Lulu, Nua e Crua - Blog e-Urbanidade

Lulu Nua e Crua
Os filmes franceses sempre nos surpreendem pela sua estética, interpretações e roteiro e isso não é diferente com o Lulu, Nua e Crua que não chega a ser um grande filme, mas é uma boa história para quem procura sair dos clichês cinematográficos.

Lulu é uma mulher cansada da sua rotina e o ponto de partida para sua virada é uma mal sucedida entrevista de emprego. Diante disso, resolve não voltar para casa e nos é descortinado sobre a existência de uma mulher ainda em busca de si mesma e de um amor que realmente lhe faça sentido.

Lulu, Nua e Crua não é um destes filmes de arrepiar, mas aposta na simplicidade e em cenas irreais, mas factíveis, graças ao roteiro enxuto. Lento em alguns momentos, a boa interpretação da atriz Karin Viard nos conecta imediatamente ao drama.

É um filme para ser visto e pensado com certa esperança e humor. Talvez é preciso apenas observar - e não verbalizar - o momento feliz do outro, como fez a irmã de Lulu na divertida, e não factível, cena com os irmãos de Charles (Bouli Lanners). Ou quem sabe, nem sempre vale a pena ser durão, inflexível diante da vida, e assim é melhor assumir os medos e sentimentos para se buscar a felicidade ou a completude pessoal.

Vale a pena, porém sem grandes expectativas.

Minha opinião
;]

8 de outubro de 2015

Rir da desgraça alheia... pode? - Crônica - Blog e-Urbanidade

Dia deste ri, mas ri bem alto da desgraça alheia. Imediatamente prendi o riso solto e me senti culpado. Que feio! Será que a gente não pode mesmo, por algum momento, se sentir com a alma lavada ao ver algum desafeto se dar mal?

Além de perceber que é uma atitude cristã para lá de reprovável, ao ouvir a nossa própria gargalhada vem aquele pensamento de que pode voltar contra si. Em dobro! Em triplo! Mas, poxa, é mesmo uma delícia rir, sem culpa, daquele filho-da-mãe que te deu dedo no trânsito e bateu o carro cem metros a frente! Não é?! Ou daquele... A lista é grande.

Quem nunca se sentiu com vontade de fazer igual a Nazaré, em sambar na cama da Maria do Carmo? Os vilões que tanto amamos servem para isso. Exorcizar nossa culpa diante do mal feito (ou bem feito) alheio.

Perdoem-me os puros de coração, mas após a gargalhada me senti tranquilo. A culpa passou rápido. Afinal é preciso entender que somos humanos e não dá para ficar levando solavanco da vida só sorrindo, cantando de braços abertos sobre a colina como a célebre Noviça Rebelde. É preciso, algumas vezes, sambar como Nazaré.

Tudo bem que daqui a pouco vou segurar um pouco minha vilania, procurar ser o melhor possível e pensar seriamente quantas pedras irão me atirar por este post. Mas, eu posso tirar a qualquer momento, também sem nenhuma culpa. O que importa é que ri e estou mais leve! Experimente!

5 de outubro de 2015

C.O.G - o filme - Blog e-Urbanidade

C.O.G. com Jonatha Groff
Quem, em algum momento, não teve vontade de deixar tudo para trás e começar tudo de novo? E se for igual a mim, que tem hora que está cansado até mesmo de pensar-pensar-pensar, a proposta de Samuel em C.O.G cria identificação automática. A decisão de ir morar numa cidade pequena, com pessoas simples e ganhando a vida profissionalmente sem grandes elaborações cognitivas é a proposta do roteirista e diretor Kyle Patrick Alvarez.

A partir deste ponto e da chegada de Samuel (vivido pelo fofo Jonathan Groff, o mesmo de Looking - HBO) em uma fazenda de colheita de maçãs passamos a ser apresentados a um grupo de situações e personagens sempre marcados pela ruptura.

A fauna e a flora de Alvarez nos fazem pensar numa forma pessimista sobre a vida, afinal estamos sempre fugindo e partindo e, por outro lado, tem gente fugindo (e partindo) da gente. E daí, os motivos apresentados são os mais bem desenvolvidos no roteiro enxuto de media-filme. Vai do amor, sexo à religião.

O filme foi selecionado no festival Sundance de 2013 e está disponível no Netflix. É uma adaptação de um conto de David Sedaris. É um daqueles filmes que quando entram os créditos você fica pedindo mais alguns minutos, com alguma explicação. Mas, desista! Vá pensar um pouco e descubra todas as qualidades desde filme, com menos de 1h30, mas cheio de verdades sobre as rupturas tão necessárias para a nossa sobrevivência, fuga e descoberta de nós mesmos.

Vale pelo filme, pelo elenco e roteiro. E depois de assistir, escreve algo me contando...