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23 de junho de 2015

Urinal - o musical - Blog e-Urbanidade

Urinal - O Musical
Fica em cartaz até 06 de julho a peça Urinal, o Musical no espaço do Núcleo Experimental, na Barra Funda. A sala é pequena, mas o espetáculo é um dos mais bem produzidos e dirigidos no momento.

A comédia tem texto dos americanos Greg Kotis e Mark Hollmann e a direção é de Zé Henrique de Paula. No elenco atores conhecidos de outras montagens da cidade e não pode deixar de ser visto.

A qualidade técnica dos atores, o cuidado da direção e a preparação artística são impressionantes, perceptíveis já nos primeiros minutos da encenação.

Urinal tem apresentação um pouco diferente para quem está acostumado com o cenário padrão, ou seja, pode ser visto de sexta a segunda (!). Inclusive,às sextas a entrada é gratuita.

6 de junho de 2015

Ida - o filme - Blog e-Urbanidade

Ida
Sou um pouco resistentes aos filmes estrangeiros que concorrem ao Oscar, apesar de já ter dito boas surpresas (e muitas decepções, também!). Me animei quando percebi que os argentinos poderiam levar mais um prêmio, com Relatos Selvagens. Mas, isso não aconteceu e levou a estatueta americana, em 2015, o longa-metragem polonês Ida.

Quando o filme acabou com seus curtos oitenta minutos fiquei procurando sobre o que não entendi. Mas, pra dizer a verdade, é um filme elaborado sobre uma simples ideia. Quem já fez algum curso de roteiro (ou coisa do gênero), sabe que um dos primeiros entraves do escritor é o de estabelecer seu plot e o que quer dizer no seu argumento. Portanto, Ida tem apenas uma pretensão.

Assim, são oitenta minutos de uma fotografia preto e branco impecável, pouquíssimos diálogos e tudo contado com uma austeridade marcante. A postura sempre ereta da futura freira Ida contrasta com a tia "mundana" e seus amigos. Porém, sem dúvida, de alguma forma torcemos para que a moça deixe de prestar seus votos, após conhecer "o outro lado da vida".

E ai, na cena em que experimenta os tais prazeres da carne, um simples diálogo parece dar sentido final ao filme. Claro, isso entendido depois de uns minutos após os créditos subirem e a certa irritação ter passado. Então, Pawel Pawlikowski, o diretor, nos faz perceber que a vida não deixa de ser um grande tédio.

Se não assistiu, talvez valha a pena, sim. Mas, sem grandes pretensões e necessário para quem curte roteiros e boas direções cinematográficas. E claro, a reconstrução histórica (que os americanos adoram) da época de caça aos judeus.