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22 de fevereiro de 2015

Barbearia Cavalera - cabela e barba com muito estilo - Blog e-Urbanidade

Barbearia Cavaleira
Para quem curte uma barbearia à moda antiga e com bastante estilo, a dica vai para o espaço aberto na Loja Cavalera na Oscar Freire, aqui em São Paulo. O local é comandado por Marinho, músico da banda alternativa Pavilhão 9.

O lugar é charmoso, a espera agradável com direito a água e cerveja à vontade. Dá pra fazer cabelo e barba, naquele bom estilo de navalha e toalha quente. Para quem quiser, obviamente, pode dar uma olhada nas roupas e dar uma mudada geral no visual.

Fui, conferi e gostei. Principalmente do corte. A espera pode ser longa, dependendo do horário, por isso prefira chegar por volta das 11h da manhã, apesar de ter funcionado até 20h no dia em que fui. Mas, começam a negar cliente a partir do momento que a espera possa atravessar o fim do expediente. Fica aberto de domingo a domingo, inclusive feriados.

O atendente me informou que estão abrindo uma nova unidade também no bairro do Bixiga, no mesmo estilo cabelo-barba-bigode-roupas.

Recomendo para quem busca estilo, num lugar de bom gosto, sem preço absurdo. E tem custo especial se o corte ou a barba forem feitas de segunda a quinta-feira. Paguei R$ 50,00 na data desta publicação. E aceitam cartão e débito.

Rua Oscar Freire, 1102
011 3083-5187
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20 de fevereiro de 2015

Sangue, suor e lágrimas no excelente Whiplash - Em Busca da Perfeição - Blog e-Urbanidade

Whiplash
Você se acha uma pessoa persistente? Não responda essa pergunta até assistir a mais um dos concorrentes ao Oscar 2015 de Melhor Filme, Whiplash - Em Busca da Perfeição.

Um dos melhores filmes da temporada, fui assistir meio desmotivado, até porque está, aqui em São Paulo, em apenas duas salas e com dois horários únicos. Absurdo, não?! Mas, é um dos filmes mais emocionantes do quinteto principal da academia americana. 

Foi vencedor do Sundance 2014, concorre em cinco categorias no Oscar: Filme, Ator Coadjuvante (J.K. Simmons), Roteiro Adaptado, Edição e Mixagem de Som. Na telona a história de um estudante de música Andrew Neyman (Miles Teller) que deseja se tornar não apenas um músico, mas uma lenda do jazz. Assim, encontra um professor truculento que deseja, por outro lado, achar a lenda desse mesmo gênero musical.

O roteiro é bem construído e consegue reunir com muita eficiência, boa música, bons diálogos e uma história que prende até a última imagem (ou compasso). Me incomodaram alguns exageros do tal professor, mas a construção feita por Simmons é merecedora da premiação americana. Apesar de ser um homem forte e duro, tem sensibilidade, mostrando diferentes facetas de um personagem que poderia descambar para um tropa-de-elite-osso-duro-de-roer-pega-um-pega-geral.

A direção também é acertada e a trilha sonora, obviamente, é linda. A última sequência talvez seja uma das mais impactantes que tenha visto nos últimos tempos no cinema. Chega a levar a plateia aos aplausos.

Provavelmente leve alguma estatueta. Isso não importa, pois é um filme que deve ser conferido para amantes de um bom cinema e que adoram música, principalmente o jazz.

Minha Opinião
:)

18 de fevereiro de 2015

Os enigmas de O Jogo da Imitação - Blog e-Urbanidade

O Jogo da Imitação
O Jogo da Imitação conta a história do matemático Alan Turing, precursor na criação de uma máquina "que pensa", servindo de inspiração para os computadores como conhecemos hoje.

O filme concorre ao Oscar 2015 em oito categorias, incluindo Melhor filme, Melhor Diretor (Morten Tyldum), Melhor Ator (Benedict Cumberbatch), Melhor Atriz Coadjuvante (Keira Knightley) e Melhor roteiro adaptado.

Sinceramente, não espero que leve o de Melhor Filme, pois concorre com os excelentes Boyhood (meu preferido!) e Birdman (que é muito inovador e bem realizado). O roteiro não tem nada inovador, aliás é bem esquemático, dentro da fórmula denominada de jornada de herói.

Mesmo assim, a história é interessante e vale a pena ser assistida por tratar-se da biografia de um matemático muito importante e fundamental para o fim da Segunda Guerra Mundial. A direção de Morten Tyldum é presente, mas quem brilha mesmo é o ator Benedict, no papel de Turing. Numa excelente atuação, consegue dar a medida certa ao seu personagem complexo. Torço para que leve o Oscar, mas já me disseram mais de uma vez que, quem leva mesmo, é Eddie Redmayne em A Teoria de Tudo (que não assisti ainda).

Já Keira Knightley é uma atriz que gosto muito (inclusive recomendo ver o gostoso Mesmo se Nada Der Certo), mas não tem nada demais para levar o Oscar de Atriz Coadjuvante. Está bem, consegue ter bons momentos, mas é previsível.

Deixando o Oscar de lado, assistir O Jogo da Imitação é necessário para entender alguns acontecimentos da Segunda Guerra Mundial que ficaram escondidos até poucos anos atrás, tal como a máquina criada por Turing e suas válvulas. Também é extremamente interessante o método do matemático, a partir de análises estatísticas, usado para não chamar a atenção dos alemães sobre a descoberta da chave de decodificação, salvando milhares de vidas. Mesmo diante de tanta genialidade, nem por isso Turing se livrou da homofobia e de métodos cruéis de cura gay, levando-o ao suicídio. E apenas 59 anos depois, foi perdoado pela Rainha Elizabeth, considerado como “um homem excepcional, com uma mente brilhante".

Minha opinião
:)

16 de fevereiro de 2015

Beije minha Lápide - Oscar Wilde em boa dramaturgia brasileira - Blog e-Urbanidade

Beije Minha Lápide
com Marco Nanini
O cemitério de Père-Lachaise, em Paris, recebe as sepulturas de várias personalidades das artes e ciências, como, por exemplo, do irlandês Oscar Wilde. Era comum os visitantes beijarem a lápide do escritor com batom vermelho, assim, em 2011, a família criou uma proteção de vidro para preservar o local. A partir disso, o dramaturgo Jô Bilac, criou uma história interessante: de um sujeito que tenta quebrar esta proteção e vai parar numa prisão.

Beije minha Lápide conta a história de Bala, interpretado por Marco Nanini, e passa a receber a ajuda de uma advogada para tirá-lo de lá. Assim, temos no palco um jogo cênico entre quatro personagens (Bala, a advogada, a filha dele e o segurança da sua prisão) com recortes dos textos, sempre fantásticos, de Oscar Wilde.

Jô Bilac é um dos mais prestigiados dramaturgos brasileiros do momento, com pouca idade, vem sendo indicado a grandes prêmios nacionais de dramaturgia. Por isso, é inevitável encontrarmos um texto inteligente, bem construído, com competentes escolhas de trechos do escritor irlandês.

Outro elemento que torna o espetáculo imperdível é a interpretação de Nanini. Feita durante toda a montagem dentro de uma redoma de vidro, tem o tom certo e encontra um elenco também competente. Particularmente, gostei de ver Carolina Pismel com sua interpretação na medida, sem ser over, muito comum nos espetáculos.

Para ter um boa montagem teatral é preciso um bom texto e bons atores, certo? E fica melhor quando tem uma preocupação visual, perceptível no trabalho do diretor, cenógrafo, iluminação e sonoplastia. E esse conjunto torna esse espetáculo plasticamente muito interessante, como Pterodáctilos, também com Nanini E vamos combinar, poucas montagens têm essa preocupação.

A montagem está no teatro Sesc Consolação até 1 março, de sextas e sábados às 21h. Domingos, às 18h.

Minha opinião
:D


9 de fevereiro de 2015

Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) - Blog e-Urbanidade

Birdman
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) é um dos grandes filmes da safra do Oscar de 2015. Ovacionado em vários festivais e nas mais diversas resenhas profissionais e amadoras (por exemplo, levou cinco estrelas na Revista Veja) é uma produção que vale a pena ser assistida. Decepcionou-me o final, com ares de falta de posicionamento do diretor diante do conflito exposto. Claro, alguns dirão que, na verdade na verdade, é para deixar na mão do expectador a tal decisão. Continuo achando covardia.

Mas, o filme é ótimo e vale a pena ser assistido porque:

- Tem um roteiro sofisticadíssimo, com falas inteligentíssimas,ora irônico ora cruel e extremamente atual; questões como o mundo das celebridades e a mediocridade da crítica especializada das artes valem o ingresso;

- Elenco afinadíssimo e muito bem preparado, além da escolha de Michael Keaton para viver um personagem levado ao ostracismo após deixar de fazer um super-herói no cinema (bem parecido com o ator na vida real), o elenco de coadjuvantes é muito competente; fique de olho na Emma Stone, pois ela está em quase todas boas cenas; e

- A direção é o grande elemento de Birdman, as longas cenas sem cortes e a câmera posicionada como se fosse o expectador atrás da história tornam o filme palatável e tão instigante, de repente estamos envolvidos pela história na busca de desvendar o próximo acontecimento;

A sinopse está por ai em vários jornais, mas não custa, né? A história é de um ator (ou celebridade?) que após viver um super-herói no cinema, o Homem Pássaro, resolve montar uma peça de teatro, ou melhor, bem teatrão, na Broadway. Divide o elenco um ator cheio de estrelismo (Edward Norton!!!!!), uma atriz insegura que sempre sonhou estar na Broadway (Naomi Watts, it´s ok!) , outra que pega o ator principal (Andrea Riseborough); ainda conta com a produção de um agente sovina (o ótimo Zach Galifianakis), sua filha ex-drogada (Emma) e a ex-esposa do ex-herói.

Vale a pena, apesar do certo anticlímax do final, já falei acima, é imperdível, mas ainda torço por
Boyhood para o Oscar de Melhor Filme 2015.

Minha opinião
:)

5 de fevereiro de 2015

O trajeto de volta - Crônica - Blog e-Urbanidade

A vida é feita de fases - não sei quem disse isso! - mas, mesmo que há quem diga que tudo tem começo e fim, acredita-se que acontecem em espiral e - espera-se - para cima. Assim, hoje, fecharemos um ciclo, aquele mesmo que iniciamos há algum tempo. Lembro-me do trajeto Cumbica-Pinheiros falando ainda da intenção de se mudarem para cá. Meses depois, a mudança definitiva. O papo animado era de quando chegava isso ou aquilo e assim estabelecermos relações em terra firme.

A partir daí iniciamos uma rotina. O venha-aqui-tomar-uma-cervejinha, tem-cuscus-ai?, posso-encher-minhas-garrafas?, vai-no-seu-carro-ou-no-meu, colocou-o-nome-na-lista?, fiz-um-arrozinho-aqui e etc que fizeram parte do nosso dia a dia.

A dor que se inicia no fim desde ciclo não é do cinema que não fomos, dos shows que deixamos de ver juntos ou das peças de teatros que saíram de cartaz sem nossa presença - pois, muitas vezes reclamamos disso - mas, das simples e pequenas coisas que sempre, sempre, sempre esquecemos de valorizar. Assim, nos fizemos mais próximos, vizinhos, amigos, irmãos  ou, quem sabe, até mais do que isso.

Tenho que reconhecer a existência de uma certa revolta egoísta de não ter considerado isso na hora da decisão. Será que não fomos suficientes? Será que no prosaico cotidiano não fomos capazes de mostrar a beleza de tudo? Bobagens! Vamos fazer igual a machucado em criança: sopra que daqui a pouco passa.

Sem dúvida, o clima não é de adeus, pois muitos bons momentos virão. Juntos! Mas, no trajeto Arouche-Cumbica teremos a certeza de que, assim como nos planetas e se um deles mudar de lugar haverá um novo Universo, estaremos diante do fim de uma fase. O início dessa outra e, quem sabe, lá do outro lado, em outra espiral, nos lembraremos com saudade, felizes por tudo que passamos juntos, na certeza de que este tempo não volta mais, na eminência de um novo!

Vão com Deus!

Sigamos em frente!