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25 de janeiro de 2015

A Balada de Adam Henry - Blog e-Urbanidade

A Balada de Adam Henry trata-se da minha segunda imersão ao mundo do autor britânico Ian McEwan, após ler Serena e já nas primeiras páginas fiquei envolvido instantaneamente pela história da juíza Fiona.

Capa do livro
A Balada de Adam Henry
A Balada de Adam Henry nos leva a vida de uma notória juíza divida entre sua profissão, ou seja, suas decisões na vara de família, e o prosaico dia a dia com seu marido. Ele acaba de ter um caso com um moça trinta anos mais nova que ela, e decide sair de casa. Assim, logo de imediatado, somos contaminados pela sensação de realidade daquela juíza, capaz de resolver grandes problemas nos tribunais mas envolvida com seus "pequenos" pecados e desejos numa relação afetiva.

Sem filhos, próxima aos sessenta anos, se envolve em casos marcantes apontados por Ian, principalmente, ao relacionar a vida privada e seu viés com a religião. Por exemplo, fiquei embasbacado diante da capacidade de análise do autor em relacionar a separação conjugal de Fiona com sua decisão separar os irmãos siameses no seu tribunal.

Então, aparece um rapaz, próximo de completar 18 anos, e como Testemunha de Jeová, ele e sua família decidem por não fazer a transfusão de sangue que poderia curá-lo. Ao se aproximar do rapaz, nasce uma relação de admiração mútua chegando ao clímax de um beijo curto e inesperado. Desta forma Ian nos envolve, mais bravamente, no debate dos limites da religião e da razão. " (...) que só pessoas de mente aberta, e não o sobrenatural: podiam dar um sentido para a vida".

O desfecho final da história nem é tão surpreendente, mas como Ian constrói o clímax da história e nos encerra diante das reflexões da personagem, nos fazem perceber estarmos diante de um grande autor, com uma capacidade incrível de apresentar ideias e de mostrar tudo isso diante de um romance muito bem alinhavado e inteligente. E o melhor, tudo de forma curta, sucinta e muitas vezes lírica.


8 de janeiro de 2015

Um pouco de filmes... - Blog e-Urbanidade

Férias são férias, certo? Profundo, não?! Pois é, nos diazinhas que tive fui figura marcada quase diária. Vejam algumas opiniões curtas e rápidas sobre minhas impressões de algumas películas:

Sétimo
Sétimo - Nem todo filme argentino está com a bola toda. Esse tem um bom ator, mas previsível demais. Quase pedi meu ingresso de volta. Fora que algumas coisas, além de óbvias, não se  amarraram no final. Tem suspenses bem melhores por aí.
Minha opinião 
: |









Boyhood
Boyhood - Reconheço que era bom ter quinze minutos a menos de filme, longo! É a história de um garoto contata durante doze anos, porém com os mesmos atores. Assim, vamos acompanhando na tela a mudança da família e do garoto e sua irmã. Bom filme, boas reflexões e ótima realização. Compre um pacote grande de pipoca!
Minha opinião 
: )







Quero Matar meu Chefe - Que filminho ruim, heim?! Pra fazer tanto sucesso nos Estados Unidos, devia ser bem melhor. E ainda a Jenniffer Aniston topou fazê-lo? Sem graça, sem nexo e ainda quer ser cool. Não gaste seu tempo no Netflix.
Minha opinião 
¬¬

Pecado da Carne
Pecado da Carne - Filme seco, sem trilha sonora para emocionar (ponto positivo!) e real. A relação homoafetiva numa comunidade em Jerusalém. Bom, mas não vá esperando final feliz. Tem no Netflix.
Minha opinião 
:]

Acho que por hora é isso!

2 de janeiro de 2015

A Família Bélier - Blog e-Urbanidade

A Família Bélier
O ditado "em terra de cego quem tem um olho é rei" e quando este rei decide ser destronado seria a metáfora que resumiria o filme francês A Família Bélier. A história é assim: Paula é uma garota em plena adolescência, frente ao seu primeiro amor, e descobre-se com talento especial para a música, porém é integrante de uma família com todos os membros surdos (pai, mãe e irmão). Como moram numa área rural e vivem da fabricação de queijo, sua capacidade de ouvir e falar faz o link familiar com o mundo externo. E a possibilidade dela ir embora para Paris, para estudar música, é o ponto de partida para o conflito familiar.

O roteiro poderia parecer óbvio, mas o que torna A Família Bélier um ótimo programa é o de perceber como vários sistemas sociais se alteram naquela família pela capacidade de apenas um dos membros ouvir. Por exemplo, a cena em que a mãe reclama do momento em que descobriu, com Paula ainda bebê, ter a sua audição normal. Existe uma série de bons momentos que o diretor nos leva a essa reflexão.

Um momento feliz do diretor (e é uma das cenas mais lindas) é quando a família vai assistir a apresentação final do coral da escola de Paula e a menina canta o seu dueto. Ao nos colocar no lugar da família, nos faz entender o ponto de vista, nem tão óbvia, na forma de pensar da família Bélier.

Nem tudo são flores no script. principalmente no desenvolvimento das histórias paralelas: o primeiro amor de Paula e a candidatura do pai Rodolphe à prefeitura da cidade. Sem concluí-las ou pouco aprofundadas, porém permitem que os atores Karem Viard e François Damiens (pai e mãe, respectivamente) brilhem e levem a platéia a dar boas gargalhadas.

Uma curiosidade do filme é que a atriz Louane Emera (Paula) foi candidata ao The Voice francês e o que a levou a notoriedade.

Bom filme e não deixem de assistir.

Minha opinião
:)