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29 de dezembro de 2014

O Morro dos Ventos Uivantes - literatura de verdade - Blog e-Urbanidade

O Morro dos Ventos Uivantes
Sempre fui resistente a ler os clássicos por aquele motivo idiota de achá-los sempre chatos e duros. Com certeza, porque na escola sempre eramos obrigados a lê-los para entregar um trabalho ou fazer uma prova desnecessária. Pois é, mas mesmo na época de estudante, graças a boa biblioteca da Escola Técnica Federal de Goiás, acabei chegando a excelentes autores (e clássicos), mas confesso já os detestava se apareciam na lista de algum professor de Literatura para um trabalho com data marcada.

Pois é, naquela meta de ler pelo menos uns dois clássicos por ano, peguei O Morro dos Ventos Uivantes e me deliciei com umas das histórias mais bem escritas e cheias de verdeiras peripécias dos seus personagens. Um épico que conta a redenção de um homem que busca a aceitação da sua família e do seu grande amor.

Um belo dia, o patriarca de uma família salva uma criança e a traz para morar com sua família: esposa e dois filhos; no alto do Morro dos Ventos Uivantes. O garoto, Heathcliff, imediatamente faz tudo para ser aprovado por aquela família que o rejeita e se apaixona pela filha mais nova: Catherine.

Catherine casa-se com o filho nobre da fazenda ao lado (Edgar), mesmo com todas as tentativas de Heathcliff em se tornar "menos" bruto. Mas, sua redenção acontece apenas na sua segunda geração, com a filha de Catherine (homônima da mãe) e o bruto Lookwood.

O Morro dos Ventos Uivantes tem várias adaptações ao cinema, que com certeza não podem substituir a leitura, mas podem prolongar o contato com a obra da escritora Emily Bronte. A escritora e suas irmãs foram fundamentais para a literatura inglesa, tema que não me prolongarei por falta de conhecimentos suficientes, apenas adquiridos por poucas leituras feitas aqui ou ali, incluindo o prefácio do tradutor que tive acesso no meu volume.

O que é muito interessante na narrativa são as mudanças de narradores em vários momentos. Tendo um narrador em primeiro momento, sendo alterado pelos vários serviçais da casa - que presenciaram os fatos - com primazia da empregada Ellen. Também é interessante a forma com a autora cria os seus vilões, sendo como seu principal signatário Heathcliff. Porém, nos é mostrado como ele se torna assim (em algumas vezes até o perdoamos) e como vários personagens podem se tornar "brutos" em certos momentos da vida, motivados por isso ou aquilo.

Recomendo a leitura para quem busca uma boa história e deseja acompanhar uma narrativa muito bem escrita, cheia de boas oportunidades para reflexão pessoal. E após acabá-lo poderá se sentir como a mim: por que, muitas vezes, a literatura contemporânea é tão rasa e sem histórias simples?


23 de dezembro de 2014

Mentirosos - quem sabe você pode ser surpreendido?! - Blog e-Urbanidade

Capa do livro Mentirosos 
Em minhas resenhas gosto sempre de falar como cheguei aos livros, Mentirosos vi em algumas estantes em livrarias e folhei um dos volumes, chamando-me a atenção a resenha de John Green. Mesmo não sendo um autor que goste, resolvei levá-lo a sério.

Mentirosos não é um livro ruim, mas decepciona quando você entende a história, até porque já matei a charada antes de ter a revelação final. Penso que pra quem é surpreendido seja uma boa narrativa. Conta-se as peripécias da adolescente Cadence, membro de uma família riquíssima, que sofreu um acidente e sofre de amnésia, daí ela tenta reconstruir sua história a partir das relações conflituosas entre suas tias, mãe e avós, tendo seus primos e um amigo da família, seu namorado, como observadores e vítimas.

A leitura é fácil depois que se acostumar com a forma narrativa da autora americana E. Lockart, doutora em literatura inglesa. Com frases curtas e secas vai sendo contruída uma história verossímil tendo como o mistério principal: o que foi mesmo que aconteceu com Cadence.

Vale a leitura nestes dias de férias, mas sem grandes expectativas.