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30 de junho de 2014

O Enigma Chinês - Blog e-Urbanidade

O Enigma Chinês
Alberque Espanhol foi um filme marcante para a turma dos chegando ou dos chegados aos quarenta anos. Além de mostrar a efervescência cultural e noturna de Barcelona, mostrava um grupo de jovens que buscava se conhecer e encontrar seu próprio rumo, indo do ponto A ao B. Assim, Enigma Chinês chega aos cinemas com o mesmo elenco principal, mostrando por onde andaram e que para alcançar o ponto B o caminho nem sempre é simples, pode ser um enigma, e chinês.

Xavier (Romain Duris) está se separando de Wendy (Kelly Reilly) e não quer deixar de acompanhar seus dois filhos que deixam Paris e vão morar em Nova Iorque. E lá vai ele, com pouca grana, construir uma nova vida do outro lado do Atlântico. Porém, o que mais incomoda o personagem principal é a incapacidade de criar ou trilhar seu próprio caminho, parecendo estar sempre a mercê das escolhas de outros. Esse ar de crise de meia-idade permeia o filme, trazendo identificação imediata com os vários personagens, mas tudo feito em tom leve e delicioso.

O roteirista e diretor Cédric Klapisch aposta no inverso dos clichês, perceptível já quando inicia o filme: Xavier, homem, deixa tudo para seguir os filhos; Isabelle (Cécile de France), mulher, é capaz de qualquer coisa para satisfazer seu libido. Ou seja, o mundo contemporâneo não é tão simples de se entender quando envolvem relações amorosas ou afetivas, ou, quem sabe, tudo é muito mais simples, sim. Afinal, o que importa é o amor e o carinho entre as pessoas.

Uma das melhores cenas do filme!
São vários os bons momentos de O Enigma Chinês mas a cena de Martine (Audrey Tautou) com os empresários chineses vale, por si só, o ingresso. Uma das sequências mais divertidas e memoráveis do cinema que já vi.

Imperdíveis também as cenas em que Xavier conversa com os pensadores Schopenhauer e Hegel. E o encontro dele com o novo marido de Wendy, John (Peter Hermann), no deslumbrante apartamento de frente ao Central Park. Além de humor inteligente, nos faz relembrar das deliciosas gargalhadas um dia entregues ao Albergue Espanhol.

Gosto da capacidade do diretor-roteirista em criar um filme leve, saboroso, com final feliz, mas mesmo assim sem dar muitas respostas e nos levar a algumas boas e certeiras reflexões a respeito da vida, dos amores e de nós mesmos.

Quem viu Albergue precisa ir. Quem não viu, deve assistir, mas recomendo não deixar de pegar em alguma video-locadora (ou baixar na internet) o filme de 2003. E no mais, bom filme e divirtam-se!

Minha opinião
: D

26 de junho de 2014

Orlando de Virginia Woolf - Blog e-Urbanidade

Orlando
Dentro daquela proposta de ler alguns clássicos entre uma leitura e outra e seguindo a sugestão do Clube do Livro da Cia das Letras do Conjunto Nacional SP, atrevi-me a investir em Orlando da autora Virginia Woolf. Há um tempo comprei um daqueles boxes com quatro volumes da autora inglesa e não consegui passar do primeiro. Vendi ao me decidir a desapegar às estantes lotadas e cair definitivamente na onda dos livros digitais do Kindle. Introdução desnecessária feita, o que importa é que li Orlando e não consegui odiar. Até em dias de jogos da Copa me prendi no quarto para finalizar algum capítulo do volume. Ah, também, revi o filme As Horas na tevê a cabo para entender ainda mais o universo desta autora enigmática.

Não vou me atrever a fazer uma resenha do livro, pois melhores estão por ai, até porque Virginia Woolf já foi traduzida no Brasil por nada mais e nada menos do que Cecília Meireles e deve ser tema de muitas discussões em cursos de literatura pelo mundo a fora. Mas, vamos lá: o livro começa a narrar a história de Orlando, um rapaz aristocrata de 16 anos, após a morte dos pais se torna protegido da rainha Elizabeth I. Em seguida, se apaixona por uma princesa russa e vive um romance com todas as tintas, e divagações, necessárias.

Sacha, a princesa russa, o abandona e como forma de fuga, pede para ser nomeado embaixador e segue para Constantinopla. Em seguida, cai num sono profundo e acorda como mulher. Isso mesmo! E como Lady Orlando a autora nos leva a uma série de discussões sobre o papel da mulher e como tudo muda a partir desta "transformação". E para arrematar, ela se apaixona por Shelmerdine, um sujeito sedutor e másculo e, em outra viagem no tempo, acorda em 1928, com 36 anos. Mas, não estranhe, ela viveu exatamente 300 anos.

Mesmo que toda esta história pareça muito estranha, alinhava tudo isso a relação de Orlando com seu livro de poesias chamado de Carvalho. Assim, o que torna o livro realmente muito interessante são os encontros de Orlando, por exemplo, com grandes nomes da literatura e as reflexões do autor - já explico melhor isso - com o tudo que o cerca, desde questões prática da vida às metafísicas, como a vida, vida após a morte, felicidade, tristeza, orgulho e por ai vai.

Virgina se coloca como uma biógrafa da história de Orlando e assim se apresenta várias vezes, inclusive em alguns momentos ela corta a narrativa para mostrar, por exemplo, os jardins ou a natureza, pois a vida do biografado está, segundo ela, sem novidades. Sinceramente, achei isso genial e de um devaneio impressionante!

Sugiro sim a leitura, com paciência e com um marcador na mão, pois são várias as boas e inteligentes reflexões da autora. Seguem alguns:

O pensamento e a vida são como lados opostos. 

Não existe paixão mais forte, no peito humano, que o desejo de fazer outros acreditarem naquilo que se acredita. Nada corta tanto a nossa felicidade pela raiz, ou nos enche mais de raiva, do que o sentimento de que outro desvaloriza o que temos em alta conta.

As ilusões sã para a alma o que a atmosfera é para a terra

Boa leitura!


10 de junho de 2014

Muita tela azul em X-Men e Malévola - Blog e-Urbanidade

O que seria do mundo sem o crhoma key, ou seja, aquela faixa azul que se coloca nos cenários e a partir dai recebe qualquer imagem? Até mesmo num simples episódio de A Grande Família, dia desses, usaram enquanto os personagens andavam de carro, efeito mais que manjado. Pois é, fui assistir aos filmes que não seriam possíveis de existir sem tais efeitos: X-Men - Dias de um Futuro Esquecido e Malévola.

Os blockbusters americanos eram mais que aguardados e não decepcionaram. X-Men é um daqueles típicos filmes de maluco, aliás ouvi isso de vários amigos. Nem por isso, o inverossímil deixa de parecer possível. A estratégia dos heróis é de voltar ao tempo e consertar o passado. Bem, já vimos isso em vários filmes, não é? Mas, a película da franquia dos X consegue uma façanha incrível, zerar a história. Esqueça tudo que passou, essa é a mensagem. Agora, pode voltar todos os personagens, como quiser, em qualquer outra viagem maluca.

Malévola foi minha feliz surpresa cinematográfica dos últimos tempos. Esperava assistir um daqueles roteiros óbvios e cheios de crhoma key . O roteiro trabalha com aqueles elementos básicos de um script da Disney, na busca da construção do herói e passando por todas as suas fases. Porém, a roteirista que assinou outros clássicos como O Rei Leão e A Bela e a Fera, surpreende O mais divertido foi trabalhar com a desconstrução de uma história tão tradicional como a de Bela Adormecida. Adorei o filme!

Muitos ainda virão com a tal telinha azul, onde encaixarão mundos estranhos e universos desconhecidos, mas enquanto houver boas histórias, valerá sempre ir ao cinema assistir os blockbusters americanos.

Bons filmes.

2 de junho de 2014

Obsessão Infinita chega a Sampa - Blog e-Urbanidade

Exposição Obsessão Infinita
Filas e mais filas, é isso que aguarda quem deseja ver a esperada exposição Obsessão Infinita que acaba de chegar a São Paulo no Instituto Tomie Ohtake. Depois de fazer sucesso em Brasília e Rio de Janeiro, as instalações propostas pela artista Yayoi Kusama parecem mexer com os sentidos de quem vai conferir, pelo transtorno obsessivo compulsivo que se manifesta na forma de repetição de um elemento – as bolas.

Quero ver, aliás já até tentei ir uma vez, mas a fila estava dando medo. Mas, vou e conto aqui! 

Instituto Tomie Ohtake 
De 21 de maio a 27 de julho de 2014 
Avenida Faria Lima, 201 (entrada pela Rua Coropés) – Pinheiros
Tel.: 11. 2245-1900
Entrada franca
www.institutotomieohtake.org.br