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24 de março de 2014

Padaria Brasileira chega a rua Augusta - Blog e-Urbanidade

Fui conhecer a Padaria Brasileira após tantas matérias sobre ela nas últimas semanas. Com váras lojas espalhadas pelo ABC, a nova unidade foi aberta na rua Augusta, quase esquina com avenida Paulista, para o lado do Centro.

Muito bem localizada e com um espaço invejável, dois andares com mesas e pontos de atendimento, parece que o lugar vai concorrer diretamente com a padaria preferida dos baladeiros da cidade, Bella Paulista. Mas, vale lembrar que não está aberta 24h, fecha-se às 22h30. Com várias opções, indo do simples pão na chapa a comida japonesa, o cardápio atende a todos os gostos e tamanho da fome, incluindo o seu carro forte: a coxinha. 

Considerada a melhor coxinha do ABC, fui experimentar e realmente merece o título. Concorre com outras que já elogiei por aqui: Doce & Cia. Também gostei dos assados, como por exemplo, o de filé com queijo cheddar. Para terminar, pedi um sonho de doce de leite que valeu o fechamento. 

Como disse, o que não falta no lugar são boas opções e variedades, agora achei o preço bem salgado. A coxinha custa R$ 4,90 e não é grande. O sanduíche acima sai em torno de R$ 30 e num beirute paguei R$ 27. Realmente, fiquei com a sensação de que os valores foram bem reajustados para vir para essas bandas. 

O lugar é charmoso e vale a pena visitar na hora da fome. São Paulo tem ótimas padarias e ter uma com tantas opções - mesmo que o preço não seja tão convidativo - sempre é bom. Uma curiosidade da padaria é que ela se transformou em franquia e é do Gugu Liberato!

Passe lá e me conte o que achou.

Serviço:
Rua Augusta, 1592 - Consolação - São Paulo
Horário de Funcionamento:  Das 06:40h às 22:20h

19 de março de 2014

A Língua de Eulália - Blog e-Urbanidade

A Língua de Eulália
Sem nenhum planejamento chegou em minhas mãos A Língua de Eulália, o livro do sociolinguista e doutor-professor da UnB, Marcos Bagno. Recomendado para universitários e futuros professores da Língua Portuguesa, a proposta do autor é de levar o leitor a uma análise da pluralidade linguística existente no Brasil, por meio de uma novela envolvendo personagens fictícios.

Resumindo a proposta do livro, Bagno tentou fazer o que Jostein Gaarder conseguiu com competência no Mundo de Sofia, ou seja, desenvolver ideias acadêmicas por meio de uma ficção. Ok, fui muito pretensioso na comparação, reconheço. Bagno não chega aos pés de Gaarder, porque, muitas vezes, o autor é didático e longo demais para desenvolver suas ideias.

A história é assim: três universitárias vão visitar a professora Irene no interior de São Paulo e lá se apegam a uma looooonga discussão sobre a língua padrão e não-padrão brasileira. E cruzam o caminho delas, Eulália, o braço direito de Irene que vai alimentando as discussões pela sua forma não-padrão de se expressar.

Muito interessante toda a discussão e os vários exemplos apresentados pelo autor. Isso faz valer o livro, seu grande atrativo é o de desmistificar o uso da norma culta da nossa língua. Ao falarmos que tal pessoa é caipira ou analfabeta por se expressar de tal forma é, nada mais nada menos, uma fala recheada de preconceito social e cultural.

Esqueça a história que não chega a empolgar, pois fiquei até com pena das universitárias em férias em suas longas discussões e aulas. Apeguem-se aos exemplos e boas discussões propostas. Indo por ai, recomendo muito o livro, mas não para dias de férias! 

17 de março de 2014

Planeta´s para quem estiver com muuuuuita fome - Blog e-Urbanidade


Na minha série de sugestões de restaurantes "ogros", baseado no livro Guia de Culinária Ogra, estava há algum tempo querendo conhecer o tradicional restaurante Planeta´s ali na rua Augusta. Lá fui eu, com muita fome, como já haviam me recomendado chegar.
A casa é simples, sem muitos refinamentos, própria para quem curte boa comida, preço justo e mesa farta. Os pratos são muito bem servidos, normalmente para duas pessoas famintas. Portanto, se não estiver com muita fome, divida por três.

O cardápio é variado indo de carnes bovinas a peixes e frutos do mar, acrescentando uma página de massas e seus possíveis molhos. Todos que vi chegarem nas outras mesas eram bem bonitos e fartos. Optei pela dica mais frequente no Foursquare: o filé à Trair e Coçar, composto por um filé à milanesa com molho ao sugo e talharim aos 4 queijos. Perfeito, mesmo! Dividi por dois, ogro ao extremo!

O atendimento do Planeta´s é super elogiado, mas achei normal. Rápido e tudo meio automático. Não chega a ser um atendimento excepcional.

Optei pelo o couvert, pois sou viciado nos pães italianos servidos nas cantinas de SP. Gostei do pão e das torradas quentes que chegaram à mesa. Gostaria, apenas, que viesse mais sardella. Se estiver com fome, vale a pena experimentar.

Tenho que voltar ao restaurante que foi criado em 1972 e é comandado pelo cozinheiro José Antônio desde 1975 - aliás, no livro Guia de Culinária Ogra é dito que para ser considerado "ogro", o restaurante tem que ser comandado por cozinheiros e não por chef´s -, para experimentar alguns pratos bem recomendados nas opiniões de outros comilões que passaram por lá: o espaguete à Araci (de Almeida) – servido com molho à base de manteiga, tomate, alho, orégano, cebola, manjericão e champignon, e o frango à Regina (Duarte) – meio frango grelhado, molho madeira, cebola, cenoura, batatas, ervilhas e arroz. Às quartas e sábados a pedida é a feijoada completa.

Confiram:
R. Martinho Prado, 212 - Bela Vista - São Paulo - SP
Tel: (11) 256-5330

Minha opinão
: D

14 de março de 2014

Exposição Design Brasileiro chega a Rio e Brasília - Blog e-Urbanidade

Cadeira Rio de Carlos Motta

Após temporada na Europa, a exposição itinerante Design Brasileiro – Moderno e Contemporâneo, chega ao Brasil esta semana com mais de 80 obras dos mais importantes designers nacionais.

Entre as peças selecionadas está a emblemática cadeira Rio, assinada por Carlos Motta. Butzke, especializada em móveis para áreas externas, internas e de lazer, participa da mostra que pretende traçar um panorama histórico do design brasileiro de móveis, com acervo clássico do mobiliário moderno e peças contemporâneas.

A exposição, com início dia 13 de março, apresenta cerca de 80 obras assinadas por renomados arquitetos e designers como Oscar Niemeyer.

Ter o Rio de Janeiro como inspiração, lembrar sua doçura, beleza, o cheiro da maresia, as construções coloniais e a alegria do carioca foram a minha fonte para criar esta cadeira leve, atual e moderna, diz Carlos Motta.

Inspirada na geografia da capital fluminense, com linhas simples e marcantes, a cadeira Rio teve sua primeira versão revestida com garrafa PET reciclada. Com apelo sustentável, Rio é confeccionada a partir da madeira de eucalipto, certificado FSC.

Serviços:
Butzke - www.butzke.com.br
Rua Fritz Lorenz, 4879 Timbó – Santa Catarina
Tel: (47) 3312-4000

EXPOSIÇÃO DESIGN BRASILEIRO – MODERNO E CONTEMPORÂNEO
Data: 13 de março a 4 de maio
Endereço: Caixa Cultural Rio – Rua Almirante Barroso, 25
Centro – Rio de Janeiro, RJ

Data: 20 de maio e 13 de julho
Endereço: Caixa Cultural Brasília – Quadra 4 – Lotes 3/4 – Sbs
Asa Sul – Brasília, DF

Informações www.brazilianfurnituredesign.com

12 de março de 2014

Ou Você Poderia me Beijar

I
Casal na juventude (Thiago Carrera e Felipe Ramos)
e na velhice (Roney Facchini e Cláudio Curi)
Foto: Claudinei Nakasone
Confesso que fico muito mais empolgado e curioso quando uma peça de teatro em cartaz aqui em São Paulo recebe elogios e estrelas a mais em sua classificação na agenda semanal, por isso. e outros motivos, fui ver Ou Você Poderia me Beijar. O espetáculo está numa sala pequena, no Núcleo Experimental de Teatro na Barra Funda, com lotação máxima de 60 pessoas, até dia 27/04.

No palco a história do casal A e B, dois homens que estão juntos há sessenta anos, até que B é diagnosticado com enfisema, em estado terminal. A partir dai, cria-se um jogo com o casal em três momentos da vida: ao se conhecerem, na meia-idade e atual, próximos da morte.

Várias coisas me impressionaram no espetáculo. Primeiro, a dramaturgia a partir de um argumento bem original. A carpintaria textual, completada pela boa tradução, completa o deleite para quem gosta de um bom texto teatral. (Digo ainda que é empolgante - ou até decepcionante -  para mim que um dia tentei ser dramaturgo ou roteirista ao assistir um texto tão bem escrito e criativo!)


Casal na meia-idade (Marco Antônio Pâmio e Rodrigo Caetano)
e personagem curinga (Clara Carvalho)
Foto: Claudinei Nakasone
Agora falemos da direção que é afinada com uma das melhores direção de atores que tenha visto nos últimos tempos, explicitado, por exemplo, com as semelhanças e nuances dos personagens em três fases, muitas vezes com todos em cena. Obviamente, sem um elenco competente isso seria impossível. Não dá para excluir nenhum dos sete profissionais (além do casal - em três versões -, uma personagem coringa feminina costura a narrativa) no completo mergulho ao jogo cênico proposto. Meu mais profundos e sinceros BRAVO! a eles.

Não dá para excluir as também competentes iluminação, cenografia econômica e eficiente, e sonoplastia feita com um piano ao vivo e música gravada, utilizada ora como trilha sonora ora acidentalmente. E se falta falar de algo, desculpe-me, mas como sempre gosto de dizer, Ou Você Poderia me Beijar, antes de mais nada é um espetáculo muitíssimo bem realizado, ou seja, um grande time envolvido.

É sim imperdível e prepara-se, leve lenços! Obviamente está pensando ai, trata-se da morte do integrante de um casal juntos há sessenta anos, não poderia ser diferente, certo?! A emoção não é nada trivial, portanto prepare-se para emocionante cena final e para muitas outras. Por exemplo, fique de olho na ação em que A e B nadam, no início do espetáculo, pois é de uma plasticidade de arrepiar. Também observe os olhares e o espelhamento dos personagens em seus vários momentos.

Vocês não têm mais dúvidas se devem ir, ok!? Então, se organize, compre pela internet www.compreingressos.com (acho uma fortuna a taxa de serviço que cobram nesses sites) ou chegue mais cedo, a bilheteria abre uma hora antes. Eu preferi ir um dia antes e garantir para o dia seguinte, afinal um bom goiano-mineiro nunca perde o trem.

No mais, bom espetáculo! Acho até que vou novamente.

Minha opinião: 
:D

Elenco
Clara Carvalho
Cláudio Curi
Felipe Ramos
Marco Antonio Pâmio
Rodrigo Caetano
Roney Facchini
Thiago Carreira

Ficha técnica
Tradução: Thiago Ledier
Direção: Zé Henrique de Paula
Preparação vocal e direção musical: Fernanda Maia
Preparação de atores: Inês Aranha
Assistência de direção: Thiago Ledier
Cenografia e figurinos: Zé Henrique de Paula
Piano: Fernanda Maia e Rafa Miranda
Iluminação: Fran Barros
Ass. cenografia e figurinos: Cy Teixeira
Vídeo e making of: Herbert Bianchi
Fotos: Ronaldo Gutierrez
Assessoria de imprensa: Patricia Pichamone
Produção executiva: Claudia Miranda
Assistência de produção: Priscilla Oliva
Projeto escola: Alexandre Meirelles

Teatro do Núcleo Experimental 
Rua Barra Funda, 637 Barra Funda - Oeste
(011) 3259-0898
Estac. (R$ 10 p/ 2 h - convênio).
Ingresso: R$ 40. - 56 lugares
De 07/02/2014 até 27/04/2014
Sexta: 21h
Sábado: 21h
Domingo: 19h

8 de março de 2014

A Invenção das Asas - Blog e-Urbanidade

A Invenção das Asas
Assim como Doze anos de Escravidão está para o cinema,  A Invenção das Asas está para a literatura no universo cultural de 2014. Os dois tratando do tema da escravidão americana, narram histórias emocionantes que trazem de volta um tema que envergonha a toda uma geração por sua forma de conceber as diferenças étnicas. A película ganhadora do Oscar de melhor filme ainda não fui ver, mas acabei o livro de estreia da norteamericana Sue Monk Kid e considerei uma boa leitura.

O livro ficou um ano e meio na lista dos mais vendidos em NY e chega ao Brasil também com boa receptividade. Conta a história de Sarah Grinké que existiu na vida real como uma importante abolicionista e lutou pelos diretos da mulher nos Estados Unidos. Ao completar seus doze anos, a sinhazinha recebeu uma garota negra para servi-la. Tendo esse o ponto de partida, Sue cria uma história emocionante que mistura fatos reais com ficção. Ambas lutando pela sua própria liberdade: do papel passivo da mulher e da escravidão, respectivamente.


A autora intercala a história de Sarah e Encrenca - a escrava - paulatinamente, com ares de épico. Contado em primeira pessoa, o livro impressiona por investir na tal polifonia de Bakhtin encontrada em Dostoievski. Assim, toda as vezes que um autor se propões a trabalhar com essas vozes diferentes, sento com muito prazer e fico procurando falhas (inveja pura, mesmo!). Não as encontrei! As construções e pontos de vistas realmente são muito bem amarrados e me senti, de verdade, frente a frente,  a duas personagens diferentes.

Em minha opinião, a narrativa é lenta e um pouco cansativa quando as personagens são jovens. A luta de ambas parece não sair do lugar e demora-se em detalhamentos desnecessários. Mas, penso, após concluir, que a ideia da autora seja essa mesma: elas estavam imersas num sistema rígido e difícil de sair.

Recomendo muito a leitura, principalmente quando li as explicações da autora sobre a construção da sua narrativa e suas escolhas para conceber uma ficção a partir de fatos reais. Considerei esse o momento mais interessante e valioso de toda a leitura. No mais, compre logo e leia.

6 de março de 2014

Philomena - Blog e-Urbanidade

Fhilomena
O Oscar 2014 e o Carnaval passaram. Eu não vi nenhum dos dois programas na tevê, porque eu estava com o pé na jaca no Carnaval esse ano. Inverti quase todos os dias pela noite e aproveitei muito. Acabado, é meu status hoje, mas isso não vem ao caso, certo?! O que importa é que antes da festança fui conferir o Philomena, filme estrelado pela competente Judi Dench em um história real, de roteiro adaptado e com algumas possibilidades de levar o Oscar 2014.

Como o Oscar já passou e torcia mesmo era por Cate Blanchett em Blue Jasmine (felizmente, levado!), Judi merecia a indicação, pois consegue mostrar outras facetas sem assemelhar-se com suas personagens de A Rainha e da série 007.

Na tela a história de uma mulher que ao comemorar os cinquenta anos do seu filho, resolve revelar-se, ou melhor, sair em busca desta criança que foi vendida no convento, local em que foi deixada pela família assim que se tornou mãe solteira. Dai em diante, ela e um provável escritor desta sua história partem pela Irlanda, Inglaterra e Estados Unidos com o objetivo de encontrar essa criança.

O filme é emocionante, bem adaptado, tudo de bom e reúne boa produção, realização e história. Os acontecimentos têm um tom de denúncia dos atos da Igreja Católica, porém sem ser panfletário. Também gostei das boas tiradas do roteiro sobre american life quando a dupla chega aos Estados Unidos.

Elogio por sua duração "normal" até porque o cinema americano anda exagerando demais em longas e longas e longas histórias, como, por exemplo, em Trapaça e O Lobo de Wall Street.

Portanto, não deixem de assistir. Recomendo.

Minha Opinião 
:)