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24 de março de 2013

Amour - o filme- Blog e-Urbanidade

Filme Amor
Finalmente conferi o filme austríaco Amor que concorreu ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Filme Estrangeiro, levando o último prêmio. Para dizer a verdade, estava bem curioso para conferir, pois há muitos anos não via um filme estrangeiro chegar tão longe na disputa ao maior prêmio americano. Aliás, há de se dizer que foi Central do Brasil um dos filmes que teve uma história assim, arrebatadora, concorrendo Fernanda Montenegro como atriz e não levou. Nenhum, nem de filme estrangeiro!

Amor é um típico filme de arte europeu que faz a cabeça dos críticos. A história é simples, mas vai levando o expectador, sem cortes e pena, a uma situação limite e sem saída, expondo cruamente as mudanças sem volta que nosso corpo vai tomando à medida que os anos passam.

Filmado em praticamente uma locação, a casa do casal Georges e Anne, também poucos outros atores entram na história. O filme tem aqueles planos longos, típicos das montagens européias e aposta mais na imagem do que em falas e na sensibilização pela sonoplastia.

Anne, uma senhora ativa e que adora música, tem um derrame e a partir daí é mostrado, em mínimos detalhes, o declínio daquele corpo, incluindo o isolamento gradativo do casal. Georges, o marido companheiro, muitas vezes denominado de general pela própria esposa leva com submissão toda a situação, "pois eu poderia estar no seu lugar", diz algo assim para Anne ao explicar sua atitude.

Como ouvi dia desses, um bom filme é aquele que não nos leva a uma compreensão fácil e rápida da história, ou seja, narrativas bem mastigadas estão para o cinema americano e não para o europeu. Por isso, depois é preciso ficar como a filha do casal na última cena, sentada na sala, revendo tudo para ver se ficou tudo claro mesmo. E, quem sabe, fazer algumas escolhas pessoais sobre o que acredita realmente ter acontecido e, ainda, sobre qual tipo de amor que o diretor e roteiristas nos propuseram. Para terminar, e não tenho dúvida disso, aprovar a opção do marido em uma das últimas cenas.

Para terminar, o filme vale a pena pela interpretação da atriz Emmanuelle Riva e suas complicações físicas com a doença. Reconheço que em alguns momentos fiquei na dúvida se ela realmente não estava passando por aquilo, diante dos músculos falhos. Impressionante! Merecida a indicação ao Oscar, perdida, infelizmente, para Jennifer Lawrence. Penso ser menos injusta do que a de Fernanda Montenegro para a insossa Gwyneth Paltrol! Rancor, fazer o quê?

Minha opinião
: )

17 de março de 2013

Alô, Dolly! - Blog e-Urbanidade

Depois de longo tempo distante daqui, acho que está na hora de voltar. E retornemos em grande estilo. Fui assistir o musical Olá, Dolly!, com Marília Pera e Miguel Falabella em recente estreia aqui em São Paulo.

O melhor da apresentação é que mesmo sendo uma estreia nos palcos paulistas, vem de uma longa temporada de sucesso no Rio de Janeiro. E isso faz toda a diferença pela desenvoltura e segurança do elenco.

Musical Alô, Dolly
A montagem está madura e acertada. Olá, Dolly! é também um grande espetáculo de dança no estilo dos anos 50 e 60, daqueles apresentados em vários filmes americanos. Por exemplo, a cena que acontece no restaurante em Nova York e onde desenrola boa parte do segundo ato lembra muito aqueles filmes como Dançando na Chuva, Cabaret e Sinfonia de Paris.

Marília Pera e Miguel Falabella estão muito bem. Ela, com a necessária graciosidade de Dolly, uma esperta, mas de bom caráter, que deseja de uma vez por todas um casamento com um milionário, interpretado pelo caipira Falabella. Em alguns momentos o ator volta àquele tom de Caco Antibes, mas depois de acompanha-lo em Gaiola das Loucas, por exemplo, reconheço que encontrou o distanciamento e o tom correto em Dolly!.

O espetáculo vale a pena ser visto pela qualidade das músicas, a boa adaptação brasileira, para ver a grandiosidade dos números de dança, a impressionante cenografia e, principalmente, para conferir um elenco tão bem sincronizado.

Bom espetáculo.

Minha opinião
:D