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30 de setembro de 2012

Casa Cor Brasília 2012 - parte 3 - Blog e-Urbanidade

E neste domingão, mais três ambientes da Casa Cor Brasília 2012.

 A arquiteta Viviane Dománico, que participa pela quinta vez da Casa Cor Brasília, assina a Copa. O ambiente traz a tendência Hi-Lo, decoração que une objetos caros com baratos (high e low), e tem como objetivo buscar o conceito de Decoração Memória, que visa revalorizar objetos antigos, criando um link com boas memórias familiares. A Copa conta com dois ambientes de degustação e a decoração traz tons aconchegantes e iluminação agradável. Para fazer relação com as decorações tradicionais das antigas copas, a arquiteta utilizou ladrilho, cimento queimado, pedras e até mesmo madeira de demolição.


 Capricho em revestimentos, louças, toalhas, sabonetes e aromas. O Lavabo é o mais importante cartão de visita da casa e, nesta edição o ambiente assinado pelas designers de interiores Carolina Araújo, Erica Santana e Mariana Jardim, da Casa 3 Interiores, promete surpreender os visitantes. O espaço possui cerca de 14 metros quadrados e as cores predominante são o azul turquesa e o prata, que remetem à tecnologia, requinte e bem-estar. Os destaques do ambiente são o papel de parede com toques aveludados, o pergolado em madeira e os espelhos que dão profundidade e brincam com a ilusão de ótica. O lavabo possui dois ambientes, sendo um de espera, com lavatório para as mãos, e outro, para ser utilizado com total privacidade pelo usuário.



A Suíte do Bebê é um convite à contemplação e ao aconchego. Projetado pela designer de interiores Ana Valéria Valle e pela arquiteta e designer de interiores Vanessa von Glehn, o ambiente é prático e funcional, com  layout diferenciado para atender às necessidades do dia a dia do bebê. Em harmonia com elementos essenciais de uma decoração elegante e sofisticada em uma área de 54 metros quadrados, o ambiente apresenta em seu conceito a integração do estilo neo-clássico e contemporâneo. 

O espaço principal integra o berço, a poltrona com pufê, cama e cômoda, todos em acabamento de laca branca acetinada. O closet com copa integrada, brinquedoteca com bancada de altura adequada a uma criança, pufes artesanais,  nicho para abrigar brinquedos, TV e o destaque principal para o painel de bolhas com iluminação em LED.  Entre as novidades tecnológicas apresentadas no ambiente, o painel Kurve, uma inovação da Finger Planejados, painel de acrílico elaborado com LED (design irreverente em baixo relevo), o painel de bolhas de água em movimento e persianas automatizadas. Vale ressaltar ainda o design do forro de gesso, em formas orgânicas e iluminação em LED, que proporciona um ambiente elegante e confortável.

Para o serviço, clique aqui. 

29 de setembro de 2012

Casa Cor Brasília 2012 - parte 2 - Blog e-Urbanidade

Mais dois ambientes da Casa Cor Brasília 2012

As arquitetas Flávia Amorim e Renata Melendez, do Studio AZ, participam pela primeira vez da Casa Cor Brasília. Na 21ª edição da mostra, a dupla assina o ambiente Ateliê de Estilismo, inspirado em uma designer de moda que mora longe do trabalho e, por isso, transformou seu escritório em um segundo lar, com conforto para trabalhar, receber visitas e até mesmo realizar pequenos desfiles. No ambiente, que foi inspirado nas tendências da Primavera-Verão 2012/2013, a aplicação dos tecidos e as cores da moda são amplamente exploradas. Além disso, também ganha destaque no espaço o degradê de pastilhas de vidro, que reúne todas as cores e remete à famosa cartela Pantone.

Um espaço luxuoso e aconchegante é a proposta da arquiteta Circe Milano e da designer de interiores Lívia Ribeiro para a Sala Íntima da Casa Cor Brasília 2012. A lareira dá o toque familiar a esse ambiente que foi desenvolvido para ser o ponto de encontro da família. Nas paredes, quadros que remetem à artistas italianos lembram uma galeria de arte. As profissionais prestam homenagem à jornalista Consuelo Badra. No processo de criação a arquiteta visitou a casa de Consuelo para buscar inspiração. O espaço possui telão que exibirá momentos importantes da vida da jornalista. O ambiente foi totalmente automatizado pela empresa Suporte & Complemento.

Fotos: Clausém Bonifácio

Clique aqui para ver o serviço.

28 de setembro de 2012

Casa Cor Brasília 2012 - Blog e-Urbanidade

E inaugura hoje a Casa Cor Brasília 2012! Eita que vai estar todo mundo lá... menos eu, claro! O evento abre a sua 21ª edição ao público amanhã e fica até 06 de novembro, na QI 19 do Lago Sul (chácaras 02 a 07), com o tema “Moda. Estilo. Tecnologia.”.

São 45 ambientes assinados por profissionais da arquitetura, design de interiores e paisagismo da cidade e  retratam os mais diversos ambientes: adegas, espaços gastronômicos e comerciais, escritórios, lojas e espaços residenciais. Tudo isso disposto em cinco mil metros de área construída dentro de um terreno de 24 mil metros quadrados.

A mostra de 2012 retrata o universo fashion que se faz cada vez mais presente nos projetos de decoração. O tópico sustentabilidade, já incorporado nas últimas edições da marca CASA COR, também está presente em diversos ambientes da mostra.

De hoje e até domingo vou colocar aqui alguns ambientes da mostra.

Home office

É cada vez mais frequente o número de pessoas que optam por trabalhar no conforto da sua residência. Tendência em países desenvolvidos, o home office é um ambiente que pode ser integrado ou ter seu projeto concebido de forma totalmente independente. A designer de interiores Juliana Sarkis, em sua terceira participação na Casa Cor Brasília, apresenta um espaço com inspiração no estilo masculino contemporâneo. Nos 27 metros quadrados, as cores laranja, preto e cinza fazem uma elegante composição de tonalidades. O projeto luminotécnico promove uma coloração suave e pontual para atender às necessidades do espaço. Juliana Sarkis utiliza na parede principal uma colorida tela do artista plástico brasiliense Ralfe Braga. Destaque também para o papel de parede e persiana da Artline.


Inspirado na aviação, o Quarto do Aviador presta uma homenagem aos profissionais que fazem do sonho de voar uma opção de vida. Com detalhes e cores que remetem ao cotidiano desse profissional, o projeto desenvolvido pelas arquitetas Gislaine Garonce, Ju Lima e Val Monteiro, do escritório Gisa Arquitetura e Design, buscou referências nos pioneiros da aviação mundial e nos pilotos da atualidade. O glamour e arrojo típicos da profissão serviram de inspiração para a mescla de opções tecnológicas de ponta com detalhes e peças históricas, criando um contraste harmônico e único. Com a predominância da cor azul marine, o ambiente possui um clima de tranquilidade e aconchego. A utilização dessa tonalidade está presente no vidro da Cinex instalado nos armários planejados pela Evviva Bertolini. Para contrapor o estilo moderno com o antigo, as profissionais lançam mão de objetos de colecionadores e de uma hélice de avião feita de uma madeira especialmente tratada para suportar grandes esforços, com acabamentos metálicos e foi utilizada no início do século XX, nos primórdios da aviação. É uma peça raríssima que integra o acervo do Museu Aeroespacial da Força Aérea Brasileira.



Amanhã tem mais ambientes!

Fotos: Clausen Bonifácio

Serviço:
CASA COR BRASÍLIA 2012: 
Local: SHIS QI 19, Chácaras de 02 a 07
Período: 29 de setembro a 06 de novembro
Horários da Bilheteria: de terça-feira a quinta-feira (das 15h às 22h).
Sábados, domingos e feriados (das 12h às22h)
Ingressos: R$ 36,00 – inteira e R$ 18,00 –meia (de terça-feira a quinta-feira)
R$ 40,00 – inteira e R$ 20,00 – meia (sábados, domingos e feriados)
Passaporte: R$ 90,00 *meia mediante apresentação de comprovante de estudante referente ao ano de 2012 Manobristas no local
Mais informações: www.casacor.com.br ou pelo telefone (61) 3248.6902

27 de setembro de 2012

Vamos ouvir esse silêncio - Crônica - Blog e-Urbanidade

Ontem assisti mais uma edição do programa Saia Justa, atração que a um tempo atrás pensei ter se esgotado, mas sempre se renova e traz à tona bons debates e questões. Dedicaram-se, em um bloco inteiro, sobre o tema “o silêncio”.

A partir de uma discussão trazida por uma telespectadora e blogueira (não encontrei o blog dela ainda), falaram sobre o efeito interessante e, muitas vezes, saudável do silêncio que pode ser entendido sobre vários vieses, ou seja, a falta de uma fala, a capacidade de não precisarmos encher vazios com sons, a habilidade de sair de cena quando se deseja articular muito em uma discussão, não ter medo do nada e, por fim, acalmar os pensamentos.

Devo reconhecer, sou do tipo que a primeira coisa a fazer quando se chega em casa é ligar uma tevê ou música. Ficar em casa exige um barulho qualquer, de alguém falando ou de algum cantor. Até mesmo para fazer uma leitura, gosto de tarefa dupla, assistir e ler, com direito a algumas paradas, para não perder nada.

Obviamente refleti um pouco sobre o que foi dito na telinha. E fiquei impressionado com algumas possibilidades e pude deslumbrar uma cena proposta pelo quarteto do Saia Justa: o silêncio de um casal. Sempre fiquei incomodado, por exemplo, com os casais que não se falam na mesa de um restaurante. Claro que preciso tirar desse bloco aquelas duplas em silêncio porque estão lendo jornais ou vendo seu iPhone. Falo daqueles que jantam ou almoçam, em paz, aproveitando da comida e da companhia. Em certa altura, alguém disse no debate que essa necessidade de não ter que preencher o sossego com falas é o ápice da intimidade.

O mais absurdo em tudo isso é que fez certo sentido para mim. Pensava exatamente o contrário, defendia que a ausência de intimidade é que levava a falta de assunto. Que bacana poder perceber a proximidade de dois no silêncio comungado, como fazemos numa igreja ou na morte de alguém querido. Alias, sou daqueles que acha que num velório quando menos se fala, “meus pêsames”, “meus sentimentos” ou “seja forte”, melhor é.

Algumas coisas mudaram em mim a partir do debate de ontem, primeiro, olharei com menos preconceito e burrice para os casais que andam sem falas ou sentam-se à mesa de um restaurante curtindo a sua comida. Silêncio pode ser o retrato de muita intimidade. Também praticarei isso. Outro detalhe é uma meta de vida, tentarei curtir mais silêncios, sozinho, em casal ou em grupo. Não falo apenas de praticar a mudez, incluo a busca por sossego dos pensamentos, porque muitas vezes não dizer nada não significa silêncio. Talvez a confusão interna seja muito mais terrível e barulhenta. Tentei ontem, por milésimos de segundo, fazer isso e com sucesso. Quem sabe eu consiga por mais tempo?!

E para concluir, anexo embaixo a mesma música que fechou o episódio do Saia Justa de ontem:

O SILÊNCIO - ARNALDO ANTUNES

antes de existir computador existia tevê
antes de existir tevê existia luz elétrica
antes de existir luz elétrica existia bicicleta
antes de existir bicicleta existia enciclopédia
antes de existir enciclopédia existia alfabeto
antes de existir alfabeto existia a voz
antes de existir a voz existia o silêncio
o silêncio
foi a primeira coisa que existiu
um silêncio que ninguém ouviu
astro pelo céu em movimento
e o som do gelo derretendo
o barulho do cabelo em crescimento
e a música do vento
e a matéria em decomposição
a barriga digerindo o pão
explosão de semente sob o chão
diamante nascendo do carvão
homem pedra planta bicho flor
luz elétrica tevê computador
batedeira, liquidificador
vamos ouvir esse silêncio meu amor
amplificado no amplificador
do estetoscópio do doutor
no lado esquerdo do peito, esse tambor
(veja o clipe da música no YouTube)

21 de setembro de 2012

Um Divã para Dois - Blog e-Urbanidade


Um Divã para Dois
Dias atrás ouvi um jornalista dizer sentir saudade do tempo em que os filmes davam trabalho, era necessário pensar um pouco mais, sem que todas as respostas estivessem expressas e claras nas falas e cenas. Sendo assim, posso dizer que Um Divã para Dois é quase uma dessas películas, um pouco arrastado, com bons atores, texto sem grandes novidades e uma direção correta, nada mais. E mesmo assim, nos deixa com uma ou duas pulgas atrás da orelha e com a sensação de que é preciso pensar um pouco mais para dar conta da “resolução” do conflito.

Para dizer bem a verdade, Um Divã para Dois é um destes filmes obrigatórios para fãs de Meryl Streep e Tommy Lee Jones e, principalmente, pra quem viveu ou vive uma longa relação amorosa, aquele negócio chamado de casamento. Estão lá na tela todos os sintomas oriundos do distanciamento que deveria não ser considerado normal nas uniões: rotinas, diminuição dos beijos e carícias, mágoas guardadas, desejos não ditos, etc e tal.

O texto não chega a impressionar e cansa um pouco as idas e vindas do casal, nos levando a um anticlímax. Isso é, de alguma forma, interessante no roteiro. Os atores principais, inclusive o terapeuta vivido Steve Carell, são econômicos nas interpretações, mas as melhores cenas são as estreladas por Tommy. Seu personagem turrão é uma delícia.
Steve Carell é o terapeuta

Vale a pena sim assistir, apesar de não ser espetacular. Com certeza, encontrará bons atores, uma história simples, mas nada óbvia. E que dá um pouco de trabalho para entender o que realmente mudou naquele homem e naquela mulher após tudo aquilo. E é preciso parar para pensar naquela fala do terapeuta e diz mais ou menos assim: “tem horas que o casal realmente deve se separar, pois não tem nada em comum”.

 Bom filme!

Minha opinião
:]

18 de setembro de 2012

Ponto Chic – um bar na história de São Paulo - Blog e-Urbanidade

Falei há algum tempo aqui na forma como cheguei ao livro Ponto Chic – um bar na história de São Paulo do autor Angelo Iacocca publicado pela Editora Senac. Resumindo, fui assistir uma daquelas conversas gastronômicas na última Bienal do Livro aqui em São Paulo e acabei sendo sorvido pelo universo da boêmia paulista.

Ponto Chic
O escritor convidado para contar essa trajetória pelo do dono da casa, José Carlos Alves de Souza, é conhecido em por outras boas publicações sobre a história de São Paulo, tais como, Conjunto Nacional: a conquista da Paulista, Retratos da imigração italiana no Brasil, Avenida Paulista 120 anos. E talvez esses sejam os pontos mais cativante da obra, a imersão na história da capital desde os anos vinte e como grandes eventos nacionais e locais tiveram como palco o Ponto Chic.

Passam pelo balcão do restaurante grandes eventos culturais como a Semana de Arte Moderna e a ascensão de grandes artistas do teatro, rádio, cinema e televisão brasileira. Também, nasce quase ali a história do futebol e como se torna uma paixão nacional. Tudo isso misturado com a política nacional e paulista, envolvendo golpes militares e os Atos Institucionais. É verdade que em alguns momentos o autor acaba focando muito nos fatos históricos e ficando a própria narrativa do Ponto Chic em segundo plano. Isso pode ser um destaque do livro, mas um ponto fraco se alguém chegar ao volume apenas para encontrar fatos sobre a casa.

Além do levantamento histórico, Angelo investe em algumas entrevistas com personalidades que passaram pelo local e também na iniciativa de tornar o bauru uma iguaria tipicamente paulista. Para quem não sabe a história, o sanduíche recebeu este nome por ser uma “criação” do jornalista Casimiro Pinto Neto e nascido na cidade de Bauru. Assim, acabou sendo pedido pelos outros frequentadores simplesmente como “manda aí um igual do Bauru”. Hoje, simplesmente, bauru. Feito com a mistura de três queijos fundidos é o original e, diga-se de passagem, não tem muito a ver com aquele que fazemos em casa.

Recomendo a leitura do livro para quem quer conhecer um pouco mais da história de São Paulo, aos apaixonados por gastronomia e, principalmente, aos que querem entender melhor a política e a cultura brasileira. Reconheço que fiquei fascinado com tantos detalhes e como fui ficando cada vez mais apaixonado por essa cidade e sua importância financeira e cultura nacional e internacional. E, claro, ninguém termina o livro sem se apaixonar pelo Ponto Chic, lugar que já fui conhecer e adorei.

Fotos: internet

13 de setembro de 2012

A Sabina de antigamente - Conto - Blog e-Urbanidade

Sabina era a típica mulher fatal, deliciosa e se estivesse na mídia receberia algum nome de fruta. Seria uma verdadeira salada de frutas diante da bunda e seios fartos. Não havia um ser vivo, por onde passasse que não parava para vê-la. Os homens tinham desejos lascivos e as mulheres, morriam de inveja. Mas, tudo era feito por ela despropositadamente, apenas sabia que lhe caia muito bem as minissaias, os corpetes sem alças, as calças justas, os saltos altíssimos e um batom extremamente vermelho nos lábios. Era tipicamente uma mulher sensual.  Quente na cama. Levava todos à loucura.

Os rapazes tentavam se aproximar dela, meio assustados diante de tanta exuberância. Namorou vários e não sabia ao certo quando teve um caso de amor duradouro. Muitas vezes, o sujeito até era seguro, tinha certa autoconfiança, mas era só passar com a moça em algum lugar ou ir a uma boate e ao perceber que todos os olhares iam em direção a ela para o castelo começar a ruir. Até os nãos ciumentos começavam a desenvolver algum tipo de neurose e quando menos se esperava, a relação acabava e Sabina ia novamente paquerar em alguma roda de samba ou baile funk. Ser uma mulher fatal talvez não seja tão fácil.

A relação mais duradoura que teve foi com Xavier. Sujeito boa pinta e rico. Adorava mostrar a mulher para os outros que entre uma saída da moça ao banheiro ou coisa do gênero rolava sempre uma cantada dos amigos. Foi quase um ano de muitas idas a festas, lançamentos de carros, inauguração de lojas de grã-fino e ela exposta como se fosse um frango no espeto numa padaria.  Tudo acabou quando a moça viu o namorado se pegando com uma vendedora feinha de uma loja de roupas na Oscar Freire. Foi ali que decidiu, em definitivo, que nunca mais se apaixonaria por algum homem. 

Como o destino sempre gosta de aprontar das suas, foi ali, numa loja de departamentos, desta que se compra qualquer coisa e divide em oito vezes que a moça cravou olhos em um rapaz normal. Obviamente não era rico, porque estava comprando camisas e calças sociais para o trabalho. Também não tinha um corpo malhado em nenhuma academia, pois uma barriga saliente apontava na camisa social. Tinha cara, também, que saíra a pouco de algum escritório por perto, pegaria um trem ou metrô, atravessaria a cidade para voltar à labuta no dia seguinte. 

Olhou o rapaz tão atentamente que chamou sua atenção. Claro, de início, ele imaginou ser algum engano, afinal como tão prodígio da natureza feminina poderia sentir qualquer interesse por ele, um sujeito tão normal? Ela fingiu escolher um acessório qualquer na arara da loja e foram para a fila juntos. Ela não conseguia disfarçar o interesse por aquele rapaz tão comum.

Pagaram à conta, ele dividiu a sua em algumas parcelas e, como sabia que ele não tomaria a frente, ela disse que gostou da cor de algumas camisas. Ele agradeceu e antes que fosse embora para o mundo, ela o convidou para um lanche, ali mesmo na praça de alimentação. Inicialmente o rapaz estranhou o convite, mas já que morava por perto e estava de carro – um de qualquer tipo, popular e motor 1.0 - , aceitou. Bateram papo como se fossem grandes amigos. E se despediram com a troca de telefones e um beijo cordial nas faces mútuas. 

Encontraram-se na mesma praça de alimentação e viram as luzes serem apagadas e o shopping sendo fechado por inúmeras vezes. Dias depois deram o primeiro beijo e fizeram sexo algumas semanas depois, ela, como sempre, voraz. Ele, tímido, não sabendo ainda ao certo se era muita areia para o caminhão dele.

Após uma noite longa de sexo, ela acordou, tomou uma ducha e ao voltar para o quarto viu o rapaz ali, estendido, cansado e dormindo. Imediatamente o coração apertou e um sorriso brotou, sem sentido, no rosto. Sentiu-se amando aquele sujeito e precisava dizer isso a ele.

Tocou os lábios dele com os seus e ele abriu os olhos, um pouco assustado, mas se acalmou rapidamente. Ouviu um “eu te amo” em seu ouvido e disse de volta um “eu também”. Se beijaram loucamente, fizeram sexo novamente e ela deitou sobre o seu peito, na certeza de que agora sim era uma mulher completa.

Os próximos dias foram estranhos para Sabina, de repente não sentiu mais vontade de usar suas minissaias e os tomara-que-caia. Começou a comprar, sem perceber, roupas mais largas, pintou os lábios com uma cor mais suave, também o fez com as unhas das mãos e dos pés. E não aguentava passar um dia longe do seu amor. Conseguiu até escrever algumas linhas de amor, mas acabou mesmo foi copiando uma poesia da internet para por no cartão do presente do dia dos namorados.

Aquela mulher visceral foi dando lugar a uma mulher mais calma na cama. De poucas posições, de menos exibicionismo e mais palavras de amor ao pé do ouvido. Não sentia mais vontade de fazer sexo várias vezes ao dia ou todo dia. Encontrar aquele homem diariamente, dormir no seu peito parecia ser o mais importante. E após uma transa, decidiu que definitivamente amava aquele homem e não era mais a Sabina de antigamente. 

Imagem do site Comic House. 

12 de setembro de 2012

Exploflora 2012 - Blog e-Urbanidade

Olha que bacana isso. Acaba de ser lançado na Exploflora, a maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina  que acontece em Holambra neste mês, um vaso que não derrama água e impede a movimentação das flores de corte durante o transporte. E olha mais, existe um sistema de código de barras que permite ao consumidor, com o seu celular, verificar não apenas o preço e a procedência das flores e plantas, mas, também, assistir a um vídeo no qual aprende a cuidar do produto ou confeccionar arranjos.

A história é assim, nem todas as pessoas que adquirem flores sabem como tratá-las para que tenham maior durabilidade ou como utilizá-las em arranjos para que fiquem anda mais belas. Pensando em proporcionar um maior leque de informações ao consumidor, a Fazenda Terra Viva, de Holambra, decidiu usar a tecnologia e incluir também orientações nos códigos de barras de seus produtos que podem ser escaneados e assistidos pela maioria dos celulares e câmaras.

Agora, sobre o vaso que não vaza água e impede a movimentação das flores de corte durante o transporte, tem uma tecnologia simples que facilita o dia a dia. Criado e produzido pela empresa holandesa Pagter Innovations BV, sua comercialização é feita com exclusividade pela floricultura online Flores4all (www.flores4all.com.br), localizada também em Holambra. O lançamento do produto está sendo feito na Expoflora.

Quem quiser ver tudo isso funcionando, veja o serviço do evento logo abaixo. 

Serviço:
31ª Expoflora
www.expoflora.com.br
Data: de 30 de agosto a 23 de setembro, de quinta-feira a domingo
Horário: das 9h às 19h
Localização: Holambra, SP 340, rodovia Campinas-Mogi Mirim, saída 140.
Ingressos: R$ 30,00.
Crianças de até cinco anos de idade, acompanhadas dos pais ou responsáveis, não pagam.
Informações sobre a Expoflora: 19 3802-1421 - expoflora@expoflora.com.br

11 de setembro de 2012

Mercado São Pedro em Niterói - Blog e-Urbanidade

Engraçado como a vida nos surpreende, não?! Dia desses em uma viagem, resolvi revisitar um restaurante querido no Rio de Janeiro e farei questão de não dizer seu nome. Não posso dizer que foi agradável, mas comi pregado em duas mesas em que era ouvido pelos dois vizinhos e também escutava tudo que ambos falavam. Fim da história, gastei muito mais que eu queria, por uma refeição boa, até bem feita, mas nada de impressionante.

Decidi seguir uma sugestão mencionada despropositadamente em uma conversa, dei uma verificada no Google, joguei no GPS e lá fui eu. Gastei menos da metade e foi uma das mais gratificantes experiências gastronômica que já tive. Portanto, decidi criar aqui, no blog, o tag, as dicas BB, ou seja, bom e barato. Como decidi não falar o nome do restaurante que me cobrou uma fortuna por 100 gramas de camarão, devo dar a dica de, quem for ao Rio de Janeiro, não deixe de visitar o Mercado São Pedro em Niterói, considerado um dos melhores mercados de peixe da América Latina.

O lugar é simples, mas muito bem cuidado e limpo. Na parte de baixo tem as peixarias em que é possível encontrar todos os tipos de frutos do mar. No andar superior ficam os restaurantes simples e com comida boa. Pode também comprar o que deseja no piso inferior e levar para ser preparado, no mesmo lugar. O preço fica ótimo e é possível comer como um rei.

Se o interesse for levar para casa, ao lado do mercado algumas lojas vendem caixa de isopor, daí basta seguir o ritual: compre quanto quiser, coloque gelo e leve pra casa. Lembre-se, se for despachar no avião, ainda tem que lacrar no aeroporto. Mas, não foi meu caso.

Adorei o passeio, a comida e o programa. E o melhor, gastei menos da metade do restaurante que me cobrou uma fortuna por um punhado de camarão. Mas, tudo bem, têm horas que algumas coisas valem a pena, só não curti essa mania de alguns restaurantes têm de nos pregar com a mesa do lado.

Serviço:
Horário: a partir das 6 da manhã, de terça a sexta até às 18 horas; aos sábados, até às 16 horas; e aos domingos encerra às 13 horas.
Avenida Visconde do Rio Branco, 55 – Ponta D’Areia, Niterói, Rio de Janeiro.
Telefone: (21) 2620-3446.

6 de setembro de 2012

Cobogós voltam com força total em estilo retrô chique - Blog e-Urbanidade


Você sabe o que é um cobogó? Popularizado no Brasil a partir da década de 50, o cobogó é um elemento com tramas vazias, muito semelhante ao tijolo vazado, que confere leveza e praticidade ao ambiente por melhorar a ventilação e ser uma opção natural de controle de luz.

Os cobogós podem ser utilizados em fachadas, áreas externas, internas, salas, lavabos, dividindo ou delimitando espaços internos. Os cobogós também podem ser uma espécie de coringa na decoração, escondendo um canto não tão bonito da casa.

As possibilidades de aplicação dos cobogós são as mais variadas, principalmente em composições que permitem redesenhar a luz incidente nos espaços. Além disso, a circulação de ar constante confere outra atmosfera ao espaço, deixando-o mais ameno e com uma postura sustentável. Podem ainda ser usados como elementos decorativos devido a enorme variedade de formatos com figuras geométricas, florais, etc.

Olha que interessante, o cobogó data de 1929 e foi patenteado por sócios de uma fábrica de tijolos: o mestre de obra Amadeu Coimbra, o ferreiro Ernest Boeckman e o engenheiro Antônio de Góis. O nome surgiu a partir da junção das primeiras sílabas dos sobrenomes de seus criadores, que utilizaram o cobogó na construção da caixa de água da Sé em Olinda, Pernambuco.

Onde encontrar? Hoje a minha sugestão é na Ibiza que oferece peças feitas artesanalmente em cimento com acabamento nos dois lados - frente e verso, peças coloridas e diferentes texturas.

Serviço:
Para mais informações entre em contato com a Ibiza Acabamentos no telefone (11) 3061-2780 ou no e-mail vendas@ibizaacabamentos.com.br

Fotos: Divulgação. 

5 de setembro de 2012

Andando pelas histórias - Crônica - Blog e-Urbanidade


 Não sei se isto seja comum, mas após ler algum livro, assistir a um filme ou novela, tenho o interesse imediato de ir naquele lugar. Nunca me esquecerei de estar frente à porta secreta em que James Bond entra às margens do rio Tâmisa, ali pertinho da London Eye. Claro que não existia a tal passagem na vida real, mas foi tudo feito ali, depois de pegar todas as referências da película.

Alguns livros ou autores foram fundamentais em algumas viagens. Por exemplo, uma das vezes que estive no Rio de Janeiro, fiz questão de ir ao Jardim Botânico, sozinho, para ler o célebre conto de Clarice Lispector, Amor. Fiquei ali lendo e tentando apreender todos os sentimentos da autora e, quem sabe, de quebra, ainda fosse levado pela epifania contada em suas linhas.

Se deseja algo mais comercial, fiz questão de encontrar algumas ruas e lugares das histórias de Marian Keys quando fui a Irlanda. Também de entrar na Catedral de Manchester em Londres ou Museu do Louvre de Código da Vinci e, quem sabe, encontrar as personagens de chick lit nas ruas de Nova Iorque ou Londres.

Incluo nisto alguns contos ou textos da literatura brasileira, principalmente ao andar pelo centro do Rio de Janeiro em muitas passagens de Machado de Assis. Digo, inclusive, que com o livro em mão já fui em algumas travessas da Cidade Maravilhosa. Se pensa que acabou, atualmente estou lendo o livro Ponto Chic que conta a história de um dos principais bares boêmios de São Paulo, vira e mexe entro no Google Maps para rever algum prédio ou ponto da cidade em que é narrada a sua gênese nas linhas escritas pelo autor. 

Tive várias inspirações cinematográficas ou da televisão. Quem não caminhou pelo Leblon do Rio de Janeiro sem se lembrar de alguma história de Manoel Carlos? Ou quem sabe, perambulou por Nova Iorque e entrou em suas lojas com ar de Carrie Bradshaw, a protagonista de Sex and the City? Ah, também, por várias vezes, passei na biblioteca Central de NY e disse: aqui foi assassinado o tio Ben Parker (o Homem Aranha) na primeira versão.

Vale usar como referência a música. Por exemplo, dar uma passada pela Ipiranga com a avenida São João e tirar uma foto. Ou parar nos semáforos fechados do Rio de Janeiro e ser levado imediatamente para a canção de Adriana Calcanhoto em que cariocas detestam sinais no vermelho. Ou quem não passa pela Ceilândia em Brasília sem lembrar do Faraoeste Caboclo de Renato Russo?

O importante sempre, na minha opinião, é deixar com que o mundo da ficção nos leve e nos carregue por outros sentimentos e universos. Isso nos empolga e, principalmente, nos aproxima dos autores e dos sentimentos universais que, querendo ou não, alimentam a todos nós e nós fazem, em qualquer cultura, indivíduos quase iguais. Dia desses uma amiga parou em Taubaté para levar sua filha ao museu de Monteiro Lobato. Inicialmente critiquei, mas me arrependi. Assim, como ter lido Clarice no Jardim Botânico teve seu efeito pedagógico, tais imersões são fundamentais. E sem dúvida, terá para todos nós o fim de desenvolver o gosto pela leitura e pelo mundo das artes, mesmo que, algumas vezes, tenha um enfoque comercial. O que você acha?